8 de julho de 2015

Governo vai propor tornar crime fraudes com próteses e órteses

O governo vai encaminhar para o Congresso Nacional um projeto de lei que torna crime as fraudes no fornecimento, aquisição e prescrição de próteses e órteses no País. A proposta é uma recomendação de um grupo de trabalho, criado em janeiro, depois de denúncias sobre irregularidades praticadas nesse setor. O texto classifica como estelionato a fraude ou a obtenção do lucro ou vantagem ilícita na comercialização, prescrição e uso de dispositivos médicos implantáveis. A pena prevista na proposta para tais crimes é de um a cinco anos.
 
Além disso, a Polícia Federal vai criar uma divisão especial de combate à fraude e crimes contra saúde. O ministro interino da Justiça, Marivaldo Pereira, afirmou que a portaria deverá ser publica esta semana para a formação da nova divisão. As duas iniciativas fazem parte de um grupo de medidas que serão adotadas pelo governo para tentar inibir a prática de fraudes na área. "Queremos virar esta triste página da história brasileira", afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
 
O setor de próteses e órteses movimentou cerca de R$ 4 bilhões em 2014, o equivalente a 20% de todo mercado de produtos médicos. As fraudes ocorrem de várias formas: indicação desnecessária do implante ou troca do produto, cobrança de preços abusivos e de "comissões" para médicos e hospitais. De acordo com o grupo de trabalho, a média recebida irregularmente pelo profissional. era de R$ 3,5 mil. A média recebida por hospital, por procedimento, é de R$ 3,9 mil. Os problemas ocorrem tanto no sistema público como no setor privado.
 
"Não sabemos ainda qual o valor do prejuízo para os cofres públicos", disse. De acordo com o ministro, simultaneamente ao diagnóstico feito pelo grupo de trabalho, auditorias estão sendo realizadas para identificar fraudes e pedir ressarcimento. As medidas anunciadas pelo governo abrangem várias áreas, além da responsabilização penal: a criação de um sistema para gerenciar informações sobre produtos e procedimentos, preços compatíveis no mercado interno e externo, regulação para garantir a concorrência de mercado e uma indicação de uso dos produtos.
 
Neste último caso, a ideia é ter um instrumento mais rígido que o protocolo por meio do qual serão definidos quando e quais implantes podem ser usados para pacientes. Tais documentos deverão ter informações tanto para procedimentos de emergência quanto os eletivos, aqueles marcados com antecedência. Médicos e hospitais ligados aos Sistema Único de Saúde terão de respeitar as indicações ali contidas. Caso contrário, o pagamento do procedimento não será feito pelo governo.
 
"É uma forma de proteger o paciente, de proteger a instituição e o médico", disse Chioro. Essa padronização não precisará, a princípio, ser seguida pelos hospitais da rede privada. "Mas há uma recomendação para que a Agência Nacional de Saúde Suplementar oriente sua rede a seguir o modelo", completou Chioro.
 
Os setores de cardiologia e de ortopedia foram os que mais problemas apresentaram, durante a avaliação do grupo de trabalho. "Isso não significa que outras especialidades também não serão contempladas", disse Chioro. Os resultados do estudo serão entregues ainda hoje para deputados que participam da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre órteses e próteses.
 
Será criado também um registro nacional de implantes, que permitirá o acompanhamento dos implantes médicos desde a sua fabricação, distribuição, até o uso no paciente. No SUS, pacientes que receberem a prótese deverão receber, em suas casas, uma carta informando que o procedimento era gratuito. "É uma forma de garantir transparência e fazer com que o paciente também ajude a fiscalizar", avaliou Chioro.
 
O ministro reconheceu não haver medidas únicas que consigam enfrentar de forma permanente o problema das fraudes na área de implantes de produtos médicos. "Temos de adotar medidas estruturantes que permitam enfrentar essa situação", afirmou o ministro, ao anunciar a decisão.
 
Na área de regulação econômica, serão preparadas propostas para tornar mais ágil a importação e também para aumentar a produção nacional. O objetivo maior é a redução de preços. Um grupo, formado por integrantes da Casa Civil; Ministério da Saúde, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; Justiça e Fazenda deverá fazer uma proposta e submeter, dentro de 30 dias à consulta pública. "Temos de ter muito zelo para não destruir a indústria nacional", disse o ministro.
 

49º Congresso da SBPC/ML vai debater a integração para o diagnóstico

“Integração para o diagnóstico” é o tema central do 49º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (49º CBPC/ML), que será de 29 de setembro a 2 de outubro de 2015, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Como parte da programação, no dia 30 de setembro vai ocorrer, no mesmo local, o 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial (1º CBIL). Ambos são realizados pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML).
 
A programação científica do 49º CBPC/ML compreende mais de 100 palestras que cobrem 16 áreas de conhecimento: Biologia molecular, Bioquímica, Gestão, Hematologia, Hormônios, Imunologia, Institucional, Líquidos biológicos, Microbiologia, Parasitologia, Pós-analítico, Pré-analítico, Qualidade, Testes Laboratoriais Remotos, Toxicologia e Urinálise. Os palestrantes são especialistas do Brasil e de outros países.
 
Na seção de resumos de tema livre estarão expostos cerca de 400 trabalhos em pôster físico e eletrônico – esta forma de apresentação permite que os congressistas também consultem os trabalhos em telas de LCD. 
Uma comissão analisadora selecionará e premiará os melhores resumos de tema livre. Os prêmios podem ser em dinheiro, inscrição e passagem para o próximo congresso da SBPC/ML, em 2016, no Rio de Janeiro, e também menção honrosa.
 
Ainda como parte da programação científica, estão programados dez cursos pré-congresso, todos no dia 28, véspera da abertura do 49º CBPC/ML.
 
O 1º CBIL concentra-se nas diversas abordagens da Tecnologia da Informação voltada ao laboratório clínico, que inclui novas tecnologias e soluções em informática, segurança do paciente, TI na Saúde Suplementar, certificação digital de laudos, entre outros temas. Ao longo do dia 30 haverá palestras e debates com especialistas do setor. 
 
“A escolha do tema central dos dois congressos da SBPC/ML reflete a visão atual da medicina laboratorial, na qual a integração com os clínicos e especialistas se faz prioritária em nossa prática”, explica o patologista clínico e presidente dos congressos, Tadeu Sobreira.
 
Ele destaca que as diversas modalidades de integração tornam-se possíveis graças ao auxílio e a aplicação dos recursos da tecnologia da informação, fundamental para o bom funcionamento dos laboratórios clínicos.
“Isso trouxe a oportunidade de realizamos também este ano o 1º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial, o que representa um marco nos eventos da SBPC/ML”, acrescenta Sobreira.
 
Novidades para laboratórios
Durante o congresso será realizada a Exposição Técnico-científica, com a participação de aproximadamente 100 empresas nacionais e estrangeiras que mostrarão novidades em equipamentos, produtos e serviços para laboratórios clínicos. A exposição, tradicional nos congressos da SBPC/ML, é reconhecida como a principal vitrine de novidades do setor de medicina laboratorial da América Latina.
 
Em janeiro, quando foi aberta a reserva de estandes, bastaram 15 dias para serem ocupados 70% dos espaços disponíveis. Hoje, ela está lotada e existe uma fila de espera de empresas que desejam participar.
A exposição estará aberta de 29 de setembro a 1º de outubro, das 10h às 19h. Não funcionará no dia 2.
 
Lançamento de publicações
Durante o congresso serão lançadas duas importantes publicações técnicas para o setor laboratorial.
 
No estande da SBPC/ML será apresentada a segunda edição, revista e atualizada, do livro “Diretriz para a Gestão e Garantia da Qualidade de Testes Laboratoriais Remotos (TLR) da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial”.
 
Também conhecido como Point-of-Care Testing ou POCT (na sigla em inglês), TLR é uma tecnologia cada vez mais utilizada nos serviços de saúde, principalmente quando é necessário obter uma resposta rápida, como ocorre com frequência nas unidades de emergência. No ambiente ambulatorial, os testes laboratoriais remotos também têm conquistado seu espaço no controle e acompanhamento do paciente. Um exemplo é seu uso para controlar a anticoagulação oral. Os congressistas poderão retirar um exemplar gratuito.
 
Outro lançamento, que faz parte da programação do 1º CBIL, é a edição 2015 de “Tecnologia da Informação em Medicina Laboratorial – Posicionamento da SBPC/ML”. Publicado em versão eletrônica e disponível logo após o lançamento, ele apresenta artigos assinados por especialistas em TI que abordam os temas: Big Data, a tendência do Mobile Health (M-health) para a medicina, seus aplicativos e dispositivos e a interoperabilidade em laboratórios de apoio.
 
O Posicionamento de TI 2015 faz parte de uma sequência de publicações eletrônicas sobre esse tema, lançadas anualmente pela SBPC/ML em seus congressos, desde 2011. Todas estão disponíveis para download gratuito em www.sbpc.org.br/timl.
 
Inscrições com desconto
As inscrições no 49º CBPC/ML e no 1º CBIL são independentes e, portanto, devem ser feitas separadamente. Até o dia 3 de agosto elas devem ser feitas pela Internet, com a vantagem de parcelamento no cartão de crédito e desconto em relação aos valores de inscrição local (durante o congresso, no Centro de Eventos do Ceará).
 
Quem fizer inscrição antecipada também receberá convite para a festa de confraternização, que vai acontecer na noite de 1º de outubro, no Crocobeach, complexo de entretenimento localizado na Praia do Futuro, em Fortaleza.
 
Mais informações no site www.cbpcml.org.br, onde também devem ser feitas as inscrições antecipadas.
 
 

Governo discute liberação de reajuste para planos de saúde individuais

O governo Dilma Rousseff discute medidas para incentivar a venda de planos individuais de saúde no país. Empresas privadas pressionam setores da administração para que o reajuste de preços desses planos, hoje controlado, seja liberado. Alegam que só assim seriam estimuladas a aumentar a oferta dessa modalidade de serviço.
 
Alta cúpula
Hoje deve ocorrer mais uma reunião na Casa Civil, em Brasília, para tratar do tema. Devem participar integrantes da cúpula do Ministério da Saúde e o presidente da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar ), José Carlos de Souza Abrahão.
 
Sou contra
Uma eventual liberação de reajuste de preços poderia atingir os 11 milhões de brasileiros que já têm planos individuais – hoje, eles são regulados e definidos pela ANS. O presidente da agência se manifestou contra a possibilidade de mudança.
 
Rota certa
Já estão em estudo formas de alteração das atuais medidas normativas dos planos, por meio de projetos de leis e também de mudanças em normas da ANS.
 
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