16 de março de 2017

Decisão sobre PIS/Cofins tira R$ 20 bi por ano da União

A União perdeu no Supremo Tribunal Federal uma disputa que se arrastava há 20 anos sobre a inclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e da Cofins. A decisão vai impor uma perda de R$ 20 bilhões por ano na arrecadação federal. O prejuízo poderá ser maior se o entendimento for válido também para o passado, o que ainda não está definido. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional vai apresentar recurso pedindo que o Supremo “module” os efeitos de sua decisão para tentar impedir a devolução do que foi recolhido nos últimos cinco anos. Essa conta chegaria a R$ 100 bilhões.

 

A decisão, por maioria de votos, acompanhou posicionamento da Corte em julgamento de 2014, que ficou restrito à empresa Auto Americano. Desde então, a composição do Supremo mudou e, por isso, havia expectativa de que o resultado poderia ser alterado. O caso concreto julgado ontem envolve a Imcopa Importação, Exportação e Indústria de Óleos e o processo foi analisado em repercussão geral. Portanto, a decisão vai orientar as demais instâncias da Justiça sobre o assunto. Há mais de dez mil processos parados que aguardavam a definição do tema no STF.

Em seu voto, o ministro Gilmar Mendes afirmou que a decisão gera consequências perversas para o sistema tributário nacional e ao financiamento da seguridade social — com a busca por novas formas de custeio ou aumento de alíquotas. De acordo com o ministro, poderá haver reflexos também na base de cálculo de outros tributos. Na prática, afirmou, a decisão representou uma “reforma tributária judicial”, sem medir suas consequências. Segundo Gilmar Mendes, ela “implode” o sistema tributário brasileiro e deverá incentivar novas “teses tributárias criativas”.

Coube ao decano da Corte, ministro Celso de Mello, o voto que definiu o julgamento. O magistrado destacou que o Supremo é o garantidor da integridade da Constituição e deve impedir que seu significado seja deformado por motivos de pragmatismo governamental ou mera conveniência de alguns grupos.

Engajamento é fundamental para a gestão

Funcionários totalmente conectados com os valores das empresas e dotados por elas de recursos para inovar são fundamentais para trazer bons resultados para as organizações da área da saúde. “Investir no engajamento e na liderança não é custo, mas investimento, pois traz resultados", afirma Eliana Guglielmoni, executiva da empresa Korn Ferry Hay Group, responsável pela Pesquisa de Clima Organizacional Hospitais Anahp.

De acordo com o estudo, que incluiu 10.607 participantes de 185 empresas, quando a liderança contribui para o clima organizacional, o impacto sobre toda a empresa é de 70% de adesão aos valores dela. Quando são as equipes que atuam para o clima organizacional, a influência para o restante da organização é de 30%. “Os gestores que atuam engajados alavancam comportamentos que resultam na melhora dos relacionamentos e resultados. São exemplos dessas atitudes estabelecer clareza de papéis e estimular inovação e capacidades do colaborador”, explica ela. 

O levantamento foi apresentado no evento "Desafios da Eficiência no Setor Hospitalar" dentro do Hospital Summit Anahp na feira South America Health Exhibition (Sahe), dia 14 de março. Um exemplo citado na pesquisa da Anahp foi o resultado obtido no Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido: com a melhora no clima organizacional após várias ações foi registrada uma queda de 40% nos erros médicos.

Como resultado final, o estudo de clima organizacional mostrou que 53% dos colaboradores de hospitais estão efetivamente engajados. Isso representa 11% a mais que em 2014 na última pesquisa, que registrou 42% de envolvimento.   

O evento foi composto pelas mesas redondas "O que os hospitais que se destacam em aspectos essenciais da gestão de pessoas podem nos ensinar" e "Como construir eficiência na equipe assistencial no setor hospitalar" complementadas por talk shows sobre clima organizacional e especialização na assistência. 

 

 

Por Eleni Trindade

Foto: Leandro Godoi 

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