21 de maio de 2019

HospitalarMed aborda liderança na saúde 4.0

Liderança foi o tema escolhido pelo Congresso HospitalarMed para dar início às atividades da 26ª Hospitalar Feira + Fórum, que acontece de 21 a 24 de maio no Expo Center Norte, em São Paulo.

Francisco Balestrin, presidente da International Hospital Federation (IHF), ministrou a palestra “Liderança na Saúde 4.0” e destacou a importância dos novos gestores se inovarem em meio ao mercado. “A inovação de processos e gestão de pessoas é fundamental para a sustentabilidade da saúde que estamos construindo para o futuro”.

Na sequência, Fernando Torelly, diretor executivo do Hospital Sírio-Libanês, abordou as características de um líder de alta perfomance apresentando os resultados obtidos no hospital após mudanças no modelo de gestão.

“Nosso objetivo é desenvolver uma equipe com vantagens competitivas, onde cada indivíduo é responsável pelo seu resultado, protagonista de sua própria perfomance. Para isso, é preciso ter líderes que atuam de modo inspirador, que aprendem, evoluem, compartilham e colaboram não só pelo seu bem estar, como também dos colegas de trabalho e da organização como um todo”.

Afastamentos

Torelly destacou ainda a necessidade das empresas olharem a saúde emocional de seus colaboradores.

“A maior causa de afastamento são doenças emocionais e o burnout é uma delas. Estamos desafiando as equipes impondo metas e resultados sem se preocupar com o emocional das nossas equipes. É fundamental dizer o que deve ser dito, mas, para isso, é preciso se preocupar com a pessoa a quem estamos dizendo para agirmos de modo assertivo, sem causar algum dano que pode ser irreparável no futuro.

 

Por Rebeca Salgado

 

Tecnologia auxilia no engajamento do paciente

Prestar um atendimento de qualidade com base na experiência do paciente é uma realidade que todas as instituições de saúde pretendem alcançar. E a tecnologia pode contribuir para aumentar o acesso à assistência médica, melhorar a adesão aos tratamentos e proporcionar ao usuário autonomia sobre sua saúde e mais qualidade de vida.

Esta foi análise dos especialistas que participaram do debate promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos (Abimed), na tarde desta terça-feira (22), na 26ª Hospitalar.

“A tecnologia é perecível e as necessidades do paciente são perenes. Por isso, a tecnologia só faz sentido quando é integrada à jornada do paciente de forma que a torne mais fluida”, afirmou Scott Whitaker, CEO da AdvaMed, de Washington (EUA).

“Normalmente os pacientes ficam mais satisfeitos quando se sentem participantes ativos no atendimento, recebendo mais informações sobre o seu diagnóstico e o acesso ao tratamento e aos remédios”, comentou Lívia Cunha, fundadora da Cuco Health – startup responsável pelo desenvolvimento de um aplicativo para ajudar os pacientes na adesão ao tratamento.

Para o presidente do Hospital Albert Einstein, Sidney Klajner, a tecnologia tem de estar integrada ao paciente, ser capaz de personalizar sua experiência do paciente. “Nos últimos anos, hospitais têm se tornado cada vez mais adaptativos e inovadores, investindo em tecnologias e contribuindo para a eficiência dos procedimentos médicos. Estes recursos agregam valor ao paciente, melhoram o desempenho dos serviços de saúde e trazem impacto positivo para o desenvolvimento econômico do setor”, afirmou, reiterando que o futuro é a mudança no modelo atual hospitalocêntrico para assistência personalizada fora do hospital. “A inovação tecnológica vai proporcionar uma mudança nos papéis do médico e do paciente, e o hospital será para atendimentos de alta complexidade. Essa é a próxima fronteira que iremos cruzar.”

 

Por Fabiane de Sá

Simpósio discute transformação digital

O Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde – CBEXs promoveu, no dia 21 de maio, seu simpósio durante o primeiro dia de Feira Hospitalar 2019, realizada no Expo Center Norte, capital paulista. Com o tema “Transformação digital na saúde”, o evento trouxe painéis abordando o tema sob diferentes visões.

Para tratar sobre a telemedicina e os desafios para os gestores de saúde, uma mesa redonda trouxe para discussão o chefe da disciplina de Telemedicina da Faculdade de Medicina da USP, Chao Lung Wen; o CEO da Amil, Daniel Coudry; e o diretor Grupo NotreDame Intermédica, Massanori Shibata Jr., contando com moderação do professor titular da disciplina de Radiologia da FMUSP, Giovanni Guido Cerri.

“A telemedicina é uma ferramenta de investigação médica utilizando a tecnologia. É uma extensão de um conceito de medicina conectada”, destacou Wen. Já para o professor Guido Cerri, a telemedicina “é uma necessidade para a população brasileira. E pode ser um instrumento para se reduzir custo”.

Também foi tratado no simpósio, entre outros assuntos, a “Saúde 4.0: a revolução dos dados”. Os participantes destacaram que os processos de inovação devem atingir não só os departamentos de tecnologia da informação das organizações, mas sim todos que fazem parte dela. Concluíram ainda que a transformação digital também pode servir como ferramenta para melhorar a experiência do pacientes.

A FEHOESP patrocinou institucionalmente o evento.

 

Da Redação

Envelhecimento: conquista que precisa ser bem administrada

Num país em que o envelhecimento da população vem se mostrando um dos grandes desafios para a saúde, a economia e a sociedade, é preciso aperfeiçoar os padrões de atendimento aos idosos. Essa foi a discussão do workshop “Cuidador 2.0, Como as transformações na sociedade brasileira influenciarão os modelos de cuidado do idoso?”, com Martha Oliveira, diretora de Estratégias e Novos Negócios da Qualirede. “O envelhecimento é uma conquista da sociedade, mas é preciso que seja com qualidade e com resultados razoáveis em saúde para a qualidade de vida. O problema é que nosso modelo encarece o atendimento, pois o idoso vai muitas vezes aos serviços”, destaca ela.

De acordo com Martha, o país está fazendo uma transição demográfica, mas não fez transição dos serviços de saúde. “O modelo brasileiro está ainda alinhado com o perfil das décadas de 60 e 70, voltado para doenças agudas infecto contagiosas e hoje predominam as doenças crônicas, que precisam de outro modelo, de cuidado e prevenção”, explicou.

São muitos os caminhos para reverter o quadro, de acordo com ela. Um dos mais imediatos é não ter a certeza de que sabe de tudo e dar atenção para a dinâmica da internet, que tem forte apelo com o público idoso. “O idoso quando entra no mundo digital passa mais tempo nesse ambiente que os demais públicos e, quando se fideliza, ele confia em um site e vai sempre acessá-lo”, exemplificou. Segundo ela, exemplos de sucesso como na Holanda, de atenção primária são os que mais atendem e compreendem as necessidades desse público.

 

Por Eleni Trindade

 

Gestão de planos: discussão necessária

Ter um plano de saúde hoje é mais que uma escolha, é um sonho para muitos brasileiros. Na atual conjuntura, oferecer esse benefício para funcionários deixou de ser apenas a oferta de um benefício por parte das empresas. Trata-se de responsabilidade social.

Por tudo isso, fazer a gestão adequada de convênio nas organizações e atuar para equilibrar os preços, é um grande desafio para gestores, pois só assim o setor pode se manter. A razão é forte: as empresas respondem pela maior parte dos contratos, conforma explica Luiz Feitosa, diretor da consultoria Arquitetos da Saúde, durante o workshop “Conhecendo e Construindo conjuntamente novos modelos de Gestão de Saúde Corporativa”, realizado no Hospital Summit 2019 da Anahp.

“O plano de saúde é o único seguro que não tem teto, diferentemente de um seguro de casa ou de carro, que tem um limite preestabelecido. Essa batata quente fica na mão da empresa e da operadora e muitas vezes o preço define a escolha”, explicou.

O problema precisa ser enfrentado porque a sinistralidade ronda os 80% no Brasil e o lucro das operadoras cai. Segundo ele, algumas formas de enfrentamento é que as empresas conheçam seus custos e sua própria inflação, calculem seu passivo atuarial com cuidado e façam gestão com prevenção, além de ficar de olho em tendências como produtos customizados e cartões pré-pagos, que são produtos acessórios à cobertura do rol. “É preciso fazer e pensar programas que sejam bom para as pessoas.”  

 

Por Eleni Trindade

Líderes destacam papel da política para vencer desafios

A política permeou os discursos dos players da Saúde na abertura da Hospitalar 2019. Para as autoridades, o Brasil precisa crescer e o cenário atual tem papel decisivo no futuro. “A pauta do governo atual está focada na Reforma da Previdência e o mundo está vivendo muitas incertezas, como a crise comercial EUA e China, o Brexit e a questão dos refugiados. Nesse contexto, precisamos apoiar essa reforma para que o Brasil retome o caminho do desenvolvimento e a retomada do emprego. Além da previdenciária, precisamos da reforma tributária”, destacou Franco Pallamolla, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos (Abimo), ressaltando que somente com a construção de uma agenda positiva e entendendo as dificuldades de um governo de transição, como o de Bolsonaro, é que será possível atravessar a crise para que o ano no Brasil realmente comece. “Precisamos que o parlamento ouça a sociedade e coloque o país em movimento com propostas inovadoras, mas pautadas na realidade”.

De acordo com José Henrique Germann Ferreira, secretário estadual de Saúde, a Feira Hospitalar é uma boa oportunidade para discutir esses novos caminhos. “É um local de discussão, conhecimento e aplicação de inovação, onde é possível fazer negócios e obter resultados. Uma semana para pensar em uma série de medidas também com foco no paciente”, afirmou.  

Na visão de Breno Monteiro, presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), a sociedade cresce quando os gestores de hoje atuam para implantar projetos que darão frutos somente no futuro. “Deposito fé nos nossos legisladores e nas nossas instituições, esperando que façam valer seus espaços e aprovem as reformas básicas em benefício do país”, destacou.

O crescimento econômico é a meta esperada por todos ao destacarem a necessidade dessas reformas. Para que esse desenvolvimento ocorra, segundo Leandro Fonseca da Silva, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a palavra-chave é a produtividade. “O setor da saúde contribui enormemente para a retomada esperada porque gera empregos relevantes economicamente e alavanca resultados em saúde, além de ter importância no processo de desenvolvimento social”, afirmou.

De acordo com o representante do Ministério da Saúde, Francisco Figueiredo, secretário de Atenção à Saúde da pasta, há muitos desafios para o setor, como trazer a tecnologia para perto do dia a dia, como melhorar a efetividade dos processos e o envelhecimento da população. “A maneira de enfrentarmos isso é fazer parcerias. Por exemplo: assinamos acordo com representantes da Arábia Saudita para troca de experiências, estamos melhorando a performance das emergências com introdução do Lean, além de parcerias com hospitais particulares para melhorar segurança do paciente”, destacou, informando que as ações se estruturam em três pilares: regionalização, construção em rede e regulação. “Para a sustentabilidade do segmento da saúde também estamos com prioridade para atenção primária e atentos às votações do Supremo Tribunal Federal (STF), já que judicialização é um gargalo para o país e consome R$ 7 bilhões em recursos ao ano. Não podemos esquecer que temos um teto para a saúde. Precisamos construir o futuro”, concluiu.

 

Por Eleni Trindade

Biomecânica celebra 30 anos com lançamento de livro

A Biomecânica Brasil, empresa especializada em produtos de reabilitação física e traumatologia, comemorou seus 30 anos de existência com o lançamento do livro “A Trajetória Exponencial da Biomecânica – Tecnologia Brasileira no Mercado Global de Saúde”.

A celebração, que aconteceu no lounge da Hospitalar em 21 de maio, contou com a participação do presidente da empresa, José Roberto Pengo e seus familiares, de gestores e administradores do setor da saúde.

Ao fim, um coquetel e a distribuição do livro foram oferecidos aos participantes.

 

Por Rebeca Salgado

 

Parceria entre ouvidoria e paciente dá certo

A ouvidoria constitui-se num instrumento para a melhoria dos serviços prestados, pois favorece a avaliação e o aprimoramento das atividades da organização. A sua característica principal é ser canal de comunicação entre o paciente, a família e a instituição de saúde. Estas afirmações são da gerente do Instituto da Criança do Hospitais das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), Christiane Aline Alves de Souza, que participou do Talk HC, realizado na Hospitalar, na tarde desta terça-feira (22).

A especialista falou sobre a importância da ouvidoria na segurança do paciente e como esta parceria dá certo e traz resultados positivos ao doente, à família e à instituição. “É preciso informar nossos clientes as tratativas realizadas pela ouvidoria do hospital, pois ela traz resultados e melhorar a qualidade dos serviços prestados. O paciente precisa saber que o gestor da unidade e a diretoria executiva estão comprometidas em solucionar seus problemas, preocupando-se com a experiência dele e de sua família dentro da instituição.”

O desafio, para Christiane, é ampliar a interlocução entre os profissionais da assistência, os usuários e os serviços de ouvidoria para qualificar o cuidado e os processos que promovem uma assistência mais segura para os pacientes. “É preciso ouvir os pacientes, traduzir as suas manifestações e aproveitar o efeito multiplicador de boas práticas”, concluiu.

 

Por Fabiane de Sá

Para Yussif, todos devem chamar a responsabilidade

O presidente da FEHOESP e do SINDHOSP destacou, durante a abertura da Hospitalar 2019, a necessidade de a sociedade em geral e o setor da saúde acompanharem os debates políticos atuais de maneira criteriosa e dar atenção ao que realmente importa para a população.

“Todo o conteúdo e desafios que a Hospitalar traz evoluiu a olhos vistos nos últimos 26 anos e, como sempre, a feira traz toda a tecnologia e oportunidades de negócios que vamos desfrutar nesses quatro dias. Mas a questão é que estamos desde o início do ano envolvidos em um debate nacional completamente estéril e não estamos discutindo o que realmente precisa ser discutido: agir e ter uma visão mais otimista para entregar toda essa inovação que veremos na feira para a nossa população”, declarou.

Para Yussif, a responsabilidade deve ser partilhada por todos. “Como diz o ministro da Economia, Paulo Guedes, o momento é de agilizar as medidas para acabar com o abismo fiscal e para não perdermos os progressos obtidos até aqui”, concluiu.

 

 

 

Por Eleni Trindade

Lançado 11º Observatório Anahp

A Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) lançou a 11ª edição do seu Observatório durante a 26ª Hospitalar nesta terça-feira (22) em São Paulo. O estudo reúne os principais indicadores mercadológicos, econômico-financeiros e pesquisas sobre saúde privada. “É um trabalho constante e de muita transparência, que a Anahp busca trazer informações atuais que impactam a cadeia da saúde para que todos os elos possam juntos encontrar soluções para a sustentabilidade e melhorias contínuas do sistema”, explicou o vice-presidente do Conselho Administrativo da instituição, Ary Ribeiro.

A implementação da nova plataforma do Sistema Integrado de Indicadores Hospitalares Anahp (Sinha), as análises foram aprimoradas, sendo a segunda edição do anuário a trazer dados sob óticas regionais. “Acompanhar o desempenho das instituições associadas nas diferentes regiões do país, ampliou as possibilidades de análise das informações”, destacou Ribeiro.

Alguns indicadores tiveram destaques: a receita líquida por saída hospitalar cresceu 1,10% em 2018, enquanto a dessa total por saída hospitalar caiu 4,86%; 90,97% da receita dos hospitais Anahp vieram e recursos administrados por operadoras de planos de saúde; a taxa de ocupação passou de 76,85%, em 2017, para 76,44, em 2018 e a média de permanência caiu de 4,27 dias, em 2017, para 4,13 no ano passado.

 

 

Por Fabiane de Sá

 

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