Líderes destacam papel da política para vencer desafios

Na abertura da Hospitalar, players listaram medidas necessárias

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A política permeou os discursos dos players da Saúde na abertura da Hospitalar 2019. Para as autoridades, o Brasil precisa crescer e o cenário atual tem papel decisivo no futuro. “A pauta do governo atual está focada na Reforma da Previdência e o mundo está vivendo muitas incertezas, como a crise comercial EUA e China, o Brexit e a questão dos refugiados. Nesse contexto, precisamos apoiar essa reforma para que o Brasil retome o caminho do desenvolvimento e a retomada do emprego. Além da previdenciária, precisamos da reforma tributária”, destacou Franco Pallamolla, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos (Abimo), ressaltando que somente com a construção de uma agenda positiva e entendendo as dificuldades de um governo de transição, como o de Bolsonaro, é que será possível atravessar a crise para que o ano no Brasil realmente comece. “Precisamos que o parlamento ouça a sociedade e coloque o país em movimento com propostas inovadoras, mas pautadas na realidade”.

De acordo com José Henrique Germann Ferreira, secretário estadual de Saúde, a Feira Hospitalar é uma boa oportunidade para discutir esses novos caminhos. “É um local de discussão, conhecimento e aplicação de inovação, onde é possível fazer negócios e obter resultados. Uma semana para pensar em uma série de medidas também com foco no paciente”, afirmou.  

Na visão de Breno Monteiro, presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), a sociedade cresce quando os gestores de hoje atuam para implantar projetos que darão frutos somente no futuro. “Deposito fé nos nossos legisladores e nas nossas instituições, esperando que façam valer seus espaços e aprovem as reformas básicas em benefício do país”, destacou.

O crescimento econômico é a meta esperada por todos ao destacarem a necessidade dessas reformas. Para que esse desenvolvimento ocorra, segundo Leandro Fonseca da Silva, presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a palavra-chave é a produtividade. “O setor da saúde contribui enormemente para a retomada esperada porque gera empregos relevantes economicamente e alavanca resultados em saúde, além de ter importância no processo de desenvolvimento social”, afirmou.

De acordo com o representante do Ministério da Saúde, Francisco Figueiredo, secretário de Atenção à Saúde da pasta, há muitos desafios para o setor, como trazer a tecnologia para perto do dia a dia, como melhorar a efetividade dos processos e o envelhecimento da população. “A maneira de enfrentarmos isso é fazer parcerias. Por exemplo: assinamos acordo com representantes da Arábia Saudita para troca de experiências, estamos melhorando a performance das emergências com introdução do Lean, além de parcerias com hospitais particulares para melhorar segurança do paciente”, destacou, informando que as ações se estruturam em três pilares: regionalização, construção em rede e regulação. “Para a sustentabilidade do segmento da saúde também estamos com prioridade para atenção primária e atentos às votações do Supremo Tribunal Federal (STF), já que judicialização é um gargalo para o país e consome R$ 7 bilhões em recursos ao ano. Não podemos esquecer que temos um teto para a saúde. Precisamos construir o futuro”, concluiu.

 

Por Eleni Trindade

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