30% dos recursos da saúde são desperdiçados

Afirmação foi feita durante mesa-redonda do QualiHosp 2015

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Aconteceu na terça-feira 28/04 o primeiro dia dos debates da QualiHosp 2015 Congresso Internacional de Qualidade em Serviços e Sistemas de Saúde, no Centro de Convenções Rebouças. O tema central do evento é “Quanto custa a (falta de) Qualidade?”.
 
No período da manhã, Ana Maria Malik, coordenadora do Centro de Estudos em Planejamento e Gestão de Saúde da Fundação Getúlio Vargas da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP), que realizou o evento, teve o papel de mediadora da mesa-redonda “Custos, Qualidade e Eficiência: Visão Internacional”. A palestrante Jean D. Moody-Williams, representante do Quality Improvement Group (QIG) do Departamento de Saúde e Serviços Humanos do governo federal dos Estados Unidos, apresentou as principais mudanças que estão acontecendo no sistema de saúde do país – chamado de ObamaCare. Segundo ela, são três as metas a serem alcançadas: melhor atendimento; pessoas mais saudáveis e menos custos.
 
Narottam Puri, do Fortis Healthcare Limited, falou sobre os desafios de ter um sistema de saúde em seu país, a Índia, que tem mais de 1,2 bilhão de habitantes. Para ele, os desafios da saúde são os mesmos em todo o mundo: custos crescentes da assistência; mudança nos padrões de morbidade; pandemias; mais expectativas dos consumidores, visto que estes têm mais acesso a informação; carência de profissionais e; principalmente, envelhecimento populacional. “Em média, 25% do total dos gastos de saúde de uma pessoa são realizados em seu último ano de vida”, afirmou.
 
Para Maureen Lewis, da Georgetown University (EUA), a palavra-chave é mudança. “Há uma forte pressão para mudarmos o modelo dos serviços de assistência. Antes, a ênfase do serviço era no cuidado a episódios agudos de doença. Hoje, a ênfase deve ser no cuidado contínuo”, afirmou a pesquisadora.
 
Na tarde do dia 28, a mesa redonda do QualiHosp teve como tema “Eficiência na Atenção à Saúde”. O moderador Álvaro Escrivão Junior, professor da FGV-EAESP, passou a fala a Michelle Mello, diretora-adjunta de desenvolvimento setorial da Agência Nacional de Saúde (ANS). Michelle apresentou as principais ações da ANS, e apontou a natureza “hospitalocêntrica” do sistema de saúde brasileiro. “Cerca de 30% dos pacientes internados poderiam ser atendidos em outro perfil de serviço”, afirmou.
 
Adriano Massuda, secretário de saúde de Curitiba, discorreu sobre as mudanças realizadas na cidade durante o mandato do atual prefeito, Gustavo Fruet. Massuda afirmou que o modelo de atenção à saúde foi organizado com “foco no acesso, humanização, integralidade e resolutividade, tendo a atenção primária à saúde como principal porta de entrada e ordenadora do sistema”. 
 
Ary Ribeiro, superintendente de serviços ambulatoriais e comercial do Hospital do Coração, afirmou “o hospital deve deixar de ser o centro do sistema de saúde, o local onde todo o cuidado ao paciente é prestado, e passar a ser o ‘coração’ do sistema, responsável por prover a assistência em situações que demandam tecnologia e cuidados intensivos”.
 
O SINDHOSP apoiou a realização do evento e seu presidente, Yussif Ali Mere Jr., compôs a mesa que celebrou a abertura dos congressos. A reportagem completa sobre o evento poderá ser lida na edição de maio do “Jornal do SINDHOSP”.
 

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