Sindhosp

Ana Paula

Almoço marca o lançamento da ARCA

Um almoço na sala da presidência da Hospitalar, no dia 20 de maio, marcou oficialmente o lançamento da ARCA. “Diria que é o espaço do pensamento independente, plural e comprometido com a transformação da saúde no Brasil. A ARCA nasce como um ambiente colaborativo, pois acreditamos que um futuro sustentável para a saúde brasileira só será alcançado por meio da colaboração de todos os que pertencem ao segmento ou fazem interface com ele”, acredita o presidente dos Conselhos de Administração da FESAÚDE e do SindHosp, Francisco Balestrin, entidades idealizadoras da iniciativa.

Cerca de uma centena de convidados, entre autoridades, lideranças da saúde, empresários e profissionais do setor prestigiaram o lançamento, entre eles, a secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad. Na oportunidade, além de parabenizar por este novo núcleo estratégico da saúde, ela destacou os avanços da saúde digital no atual governo.

O deputado federal e presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, Pedro Westphalen, e o presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), Breno Monteiro, também ressaltaram o papel de destaque que a ARCA pode ter na busca de soluções coletivas para os grandes impasses da saúde.

“A ARCA é um espaço neutro para conectar quem já está fazendo a diferença: profissionais, instituições e projetos que, juntos, enfrentam os desafios mais urgentes do setor. Tudo isso com foco em políticas públicas, inovação e acesso. Acreditamos na inteligência coletiva, na força das conexões e na coragem de cocriar soluções com impacto real. O futuro da saúde é coletivo e se constrói em rede”, frisou a CEO da FESAÚDE e do SindHosp, Larissa Eloi.

A ARCA está com um estande na Hospitalar 2025, localizado no Pavilhão Verde, N10. Além de um local para os visitantes conhecerem melhor a ARCA e seus objetivos, será possível fazer um tour digital, em 3D, do novo espaço recém-lançado. Além disso, a nova edição da revista Saúde 360, lançada na feira, traz a ARCA como matéria de capa. Clique aqui e acesse a íntegra da publicação.

Acompanhe os projetos, objetivos e núcleos integrados da ARCA pelas redes sociais @arca_instituto, ou pelo site arca.org.br.

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Hospitalar 2025 tem início

Uma cerimônia que aconteceu na manhã da terça-feira, 20 de maio, e que reuniu autoridades, lideranças, empresários e profissionais do setor da saúde, abriu oficialmente os trabalhos da Hospitalar 2025. “A feira chega ao seu 32º ano consolidada como uma das maiores exposições da área no mundo. Além do contato com as novidades da indústria e do setor de serviços para a saúde, a Hospitalar também é aguardada por todos como importante fórum de debates. É o grande encontro anual da saúde brasileira e projeta o nosso setor para todos os cantos do mundo”, afirmou o presidente do Conselho de Administração da FESAÚDE e do SindHosp, Francisco Balestrin, durante o seu discurso.

A presidente e fundadora da Hospitalar, Waleska Santos, lembrou que, este ano, serão realizados, durante a feira, oito congressos, além das arenas temáticas e de conteúdo dos parceiros. “Somos um palco de debates e tendências, com geração de oportunidades de negócio”, acredita. O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Daniel Almeida, afirmou que, até 2033, o Brasil quer produzir a maioria dos produtos que o Sistema Único de Saúde (SUS) consome. “Atualmente, só produzimos cerca de 40% da nossa necessidade em saúde”.

Danitza Buvinich, diretora da Terceira Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), frisou que o órgão tem o compromisso de estimular novas tecnologias. “Regulação sanitária e inovação precisam andar juntas. A regulação não é um fim, mas um meio para alcançarmos o bem-estar e o desenvolvimento do setor da saúde”. O momento, no entanto, com a atual guerra tarifária, é de preocupação, segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO), Jamir Dagir Jr. “A indústria nacional precisa reagir com estratégias de longo prazo. Não podemos ser destino de excedentes. Temos que lutar pelo fortalecimento do complexo econômico-industrial da saúde”, defendeu.

Além de Francisco Balestrin, a solenidade contou com a participação das seguintes autoridades e lideranças:

– Waleska Santos, presidente e fundadora da Hospitalar

– Juliana Vicente, head do Portfólio de Saúde da Informa Markets Latam

– Eleuses Paiva, secretário de Estado da Saúde de São Paulo

– Pedro Westphalen, deputado federal e presidente da Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados

– Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde

– Daniel Almeida, secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)

– Luiz Carlos Zamarco, secretário municipal da Saúde de São Paulo

– Carla Soares, diretora-presidente interina da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

– Daniel Meirelles, diretor da Segunda Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

– Danitza Buvinich, diretora da Terceira Diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

– Breno Monteiro, presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) e da Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde (FENAESS)

– Antônio Britto Filho, diretor Executivo da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp)

– Mirocles Véras, presidente da Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB)

– Reginaldo Teófanes F. de Araújo, presidente da Federação Brasileira de Hospitais (FBH)

– Fábio Gastal, presidente do Conselho e diretor geral da Organização Nacional de Acreditação (ONA)

– Patricia Frossard, presidente do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (ABIMED)

– Jamir Dagir Jr, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO)

– Sérgio Rocha, presidente do Conselho da Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Implantes (ABRAIDI)

– Mário Jorge da Cruz Vital, presidente da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (UNIDAS)

– Vanessa Silva, presidente da Associação Nacional de Empresas de Biotecnologia e Ciências da Vida (ANBIOTEC)

– Vitor Ferreira, Presidente da Associação Brasileira CIO Saúde (ABCIS)

– Marcos Novais, Diretor-Executivo da Associação Brasileira de Planos de Saúde (ABRAMGE)

Cerca de 1.200 empresas expositoras de 30 países estão participando desta edição da feira, que espera receber aproximadamente 90 mil visitantes. A Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), a FESAÚDE e o SindHosp dividem um estande, localizado no corredor I, nº 76. No local, nos quatro dias de feira, serão realizadas gravações do Papo da Saúde, com personalidades, lideranças e empreendedores. Os videocasts poderão ser acompanhados ao vivo pelos visitantes. Clique aqui, conheça a programação e visite o estande!

 

Serviço Hospitalar 2025

Data: 20 a 23 de maio, das 11h às 20h

Local: São Paulo Expo (1,5 Km, Rodovia dos Imigrantes – Água Funda, São Paulo, Brasil)

Como chegar: Conheça e escolha o melhor meio de transporte para chegar à feira. Clique aqui

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Conheça a programação do estande do SindHosp na Hospitalar

O SindHosp está com um estande na Hospitalar 2025, localizado no corredor I, nº 76. O espaço, dividido com a FESAÚDE e a Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), é um espaço para relacionamento com os demais sindicatos paulistas, instituições, empresas parceiras e representados. O visitante poderá conhecer e tirar dúvidas sobre os novos produtos e ações desenvolvidos pelo SindHosp e pela FESAÚDE. Entre eles, o Boletim Infográficos Saúde (BIS) Hospitais, o BIS SADT – Serviços de Apoio Diagnóstico e Terapêutico, a nova edição da Revista Saúde 360, entre outros.  Além disso, o estande será palco, nos quatro dias de exposição, de gravações do Papo da Saúde, com personalidades, lideranças e empreendedores. Os videocasts poderão ser acompanhados pelos visitantes, ao vivo. Conheça, a seguir, a programação dos Papos da Saúde e agende-se:

 

Dia 20

16hComo os Painéis de LED Transformam Experiência. Apresentadora: Larissa Eloi, CEO da FESAÚDE e do SindHosp. Convidados: Ismael Tocafundo e Ranieri Barreto Sales, fundador/CEO e diretor Comercial da Voltz Profissional Led, respectivamente.

16h50A Importância da Governança Clínica na Gestão Hospitalar. Apresentador: Francisco Balestrin, presidente dos Conselhos de Administração da FESAÚDE e do SindHosp. Convidado: José Antônio Maluf de Carvalho, diretor Técnico-Científico da FESAÚDE.

17h40Instituição Financeira Cooperativa: Parceria que Você Pode Contar. Apresentador: Daniel Machado, diretor de Operações da FESAÚDE e do SindHosp. Convidado: Diego Alexandre Schanoski, superintendente de Desenvolvimento do Sicredi.

18h30Os Desafios de Facilities na Gestão Hospitalar. Apresentadora: Bia Gadia, coordenadora Grupo Técnico de Facilities da FESAÚDE. Convidado: Marcelo Boeger, sócio consultor da Hospitalidade Consultoria.

 

Dia 21

14h – Saúde Digital e as Dimensões da Qualidade. Apresentadora: Priscila Rosseto, coordenadora do Grupo Técnico de Qualidade Assistencial da FESAÚDE. Convidado: Sergio Ricardo Santos, VP de Estratégia da Galileu Saúde.

14h50 – Cuidado Centrado na Pessoa: Valor que se Reflete em Resultados. Apresentadora: Carla Behr, diretora de Expansão do Planetree Internacional e head de acesso da ARCA. Convidada: Luciana Berlofi, gerente de Experiência do Paciente da Rede Américas.

15h40 – Impacto da Reforma Tributária na Cadeia de Suprimentos na Saúde. Apresentador: Carlos Oyama, coordenador do Grupo Técnico de Suprimentos da FESAÚDE. Convidado: Renato Nunes, advogado sócio da Machado Nunes.

16h30 – Prestadores x Operadoras: Como Alinhar Expectativas e Garantir Resultados. Apresentador: Anderson Mendes, coordenador do Grupo Técnico de Saúde Suplementar da FESAÚDE. Convidado: Mario Jorge Vital, presidente da Unidas.

17h20Qualidade e Humanização no Cuidado à Gestante no Setor da Saúde. Apresentadora: Lucinéia Nucci, coordenadora do Grupo Técnico de Segurança e Saúde Ocupacional da FESAÚDE. Convidada: Natália Serpejante, supervisora de Enfermagem do Grupo Fleury.

 

Dia 22

14hAvanços na Experiência do Paciente no Brasil. Apresentadora: Carla Behr, diretora de Expansão do Planetree Internacional e head de acesso da ARCA. Convidada: Ana Merzel Kernkraut, coordenadora Planetree no Hospital Israelita Albert Einstein.

14h50Desmistificando People Analytics. Apresentador: Daniel Machado, diretor de Operações da FESAÚDE e do SindHosp. Convidado: Felipe Guimarães, executivo de Novos Negócios da MakeOne.

15h40Não é Sobre o Futuro. É Agora: IA que Gera Receita, Reduz Glosas e Cuida de Gente. Apresentador: Daniel Machado, diretor de Operações da FESAÚDE e do SindHosp. Convidado: Marcelo Otoni, CEO da Invisual.

16h30Hospitalar 2025: O que está Moldando o Futuro da Saúde? Apresentadora: Larissa Eloi, CEO da FESAÚDE e do SindHosp. Convidada: Juliana Salvático Vicente, head Portfólio de Saúde da Hospitalar.

18h10As Tecnologias que Estão Promovendo a Transformação Digital dos Hospitais Brasileiros. Apresentadora: Larissa Eloi, CEO da FESAÚDE e do SindHosp. Convidado: Wellington Cabra, CEO da Wtime.

 

Dia 23

14h – A Importância da Escolha do Mobiliário para a Humanização da Hotelaria e Acolhimento do Paciente. Apresentador: Daniel Machado, diretor de Operações da FESAÚDE e do SindHosp. Convidada: Livia Mendes, gestora de Novos Negócios da Cremmer.

14h50 A Gestão Especializada de Escalas gera Accountability? Apresentador: Daniel Machado, diretor de Operações da FESAÚDE e do SindHosp. Convidado: Hamilton Rocha Júnior, superintendente Médico do Grupo DOC.

15h40Ambientes que Falam: A Psicologia das Cores. Apresentadora: Carla Behr, diretora de Expansão do Planetree Internacional e head de acesso da ARCA. Convidada: Andrea Rosenberg, arquiteta especificadora da Forbo América Latina.

16h30Menos Impostos, Mais Saúde Financeira para sua Clínica. Apresentador: Inaldo Leitão, gerente de Relações Institucionais e Governamentais da FESAÚDE. Convidado: André Pinguer Kalonki, sócio da KR Law.

 

Após o término da Hospitalar, as gravações do Papo da Saúde serão disponibilizadas na programação do canal do SindHosp no Youtube – @sindhosp oficial.

Serviço Hospitalar 2025

Data: 20 a 23 de maio, das 11h às 20h

Local: São Paulo Expo (1,5 Km, Rodovia dos Imigrantes – Água Funda, São Paulo, Brasil)

Como chegar: Conheça e escolha o melhor meio de transporte para chegar à feira. Clique aqui

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Prorrogado prazo para aplicação dos riscos psicossociais

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou, em 16 de maio, a Portaria nº 765, prorrogando, até 25 de maio de 2026, o prazo de início da vigência da nova redação do capítulo “1.5 Gerenciamento de riscos ocupacionais”, da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1).

 

A Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde) e outras entidades representativas pleitearam, junto ao MTE, a prorrogação do prazo da aplicação dos riscos psicossociais na NR 01, em razão da forma errônea como o mercado entendeu a aplicação das referidas normas.

 

O objetivo da Comissão Tripartite Paritária Permanente (CTPP/MTE), ao publicar a Portaria nº 1419 e dando nova redação do capítulo 1.5 Gerenciamento de riscos ocupacionais, sempre foi a vinculação dos riscos psicossociais à organização do trabalho e à ergonomia. Infelizmente, inúmeros consultores e alguns órgãos de classe passaram a divulgar informações erradas ao mercado, dando uma interpretação exageradamente ampliada em relação ao que deveria ser, de fato, as reais obrigações das empresas frente ao tratamento dos riscos psicossociais.

 

A CNSaúde acredita que, com essa importante prorrogação e com a criação da Comissão Nacional da NR 01, será possível  debater institucionalmente, de forma tripartite (governo, trabalhadores e empregadores), a criação de uma regulamentação mais precisa, que traga respostas às inúmeras indagações que surgiram, proporcionando menor insegurança jurídica para as empresas e que trate a questão dos riscos psicossociais dentro do escopo da organização do trabalho e da ergonomia.

 

Clique aqui e acesse a íntegra da Portaria nº 765.

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Dia Internacional da Enfermagem, 12 de maio

12 de maio é o Dia Internacional da Enfermagem e o Dia do Enfermeiro.  A data é uma homenagem à britânica Florence Nightingale, considerada a precursora da enfermagem moderna e que nasceu em 12 de maio de 1820. “Os profissionais de enfermagem tem papel importantíssimo nos cuidados da saúde em todas as suas complexidades, da promoção e prevenção aos cuidados paliativos. Pela experiência e por estarem mais próximos dos pacientes, também são peças-chave na formulação e implementação de políticas públicas voltadas ao setor”, afirma o presidente do Conselho de Administração do SindHosp, Francisco Balestrin.

Este ano, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) está propondo aos estados membros uma discussão sobre o uso de evidências e informações em ações estratégicas para fortalecer a enfermagem e assegurar uma força de trabalho sustentável para as Américas. Uma grande preocupação do órgão é a redução drástica de formandos de enfermagem, registrada entre 2018 e 2023 na região: o número caiu de 81 para 24 por 10 mil habitantes.

De acordo com dados da entidade, a região conta com aproximadamente 7,4 milhões de profissionais de enfermagem, que representam 63% da força de trabalho em saúde. As mulheres são 87% desse contingente profissional e continuam a enfrentar a desigualdade de gênero e a falta de reconhecimento profissional, segundo a OPAS.

Brasil

Este ano, o número de profissionais de enfermagem atingiu 3,2 milhões no Brasil, segundo o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). São mais de 784 mil enfermeiros, 474,5 mil auxiliares de enfermagem e 1,9 milhão de técnicos. No Estado de São Paulo estão concentrados mais de 826 mil profissionais.

Clique aqui e verifique o número de profissionais de enfermagem por Estado da Federação

“Esses profissionais são imprescindíveis para a melhoria do Sistema Único de Saúde e para a qualidade assistencial e a resolubilidade. Em nome do SindHosp e dos milhares de estabelecimentos que representa, queremos registrar nossas felicitações e nosso agradecimento”, finaliza Balestrin.

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O silêncio dos partidos sobre a saúde

Propostas contidas nos programas de governo, em sua maioria, são genéricas e, com frequência, inexequíveis

As mazelas do sistema de saúde costumam figurar entre as três maiores preocupações dos brasileiros nas pesquisas de opinião. A exemplo do que ocorre em tantas áreas de responsabilidade do poder público, a angústia da população não parece ser tratada com a urgência que o tamanho do problema sugere. No caso da saúde, pouco ou nada se sabe a respeito do que as principais Excelências e suas agremiações pensam sobre o assunto.

Os desafios se tornam cada vez mais complexos ano a ano. Como revelou O GLOBO, a fila de espera por uma cirurgia no Sistema Único de Saúde (SUS) dura em média um ano e sete meses; por uma consulta, dois meses. O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, em julho passado, relatório apontando que o déficit no SUS estava em R$ 31 bilhões em 2017, com projeções de aumento para R$ 57,5 bilhões em 2030. É preciso preparo político e conhecimento técnico para solucionar demandas superlativas como essas.

A Lei 9.096/95, que regulamenta os partidos políticos, prevê a criação de fundações vinculadas às siglas destinadas ao estudo, à pesquisa, à doutrinação e educação política. É de esperar que as legendas, mais precisamente essas instituições ligadas a elas, capitaneiem permanente elaboração de políticas públicas dirigidas à área que tem por fim garantir o direito à vida, o mais basilar dos previstos na Constituição.

Não faltam ou não deveriam faltar recursos. Dados do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) mostram que há 28 fundações ou institutos criados pelas legendas do país. Em 2024, o fundo partidário destinou R$ 1,1 bilhão aos partidos. Pela lei, cerca de R$ 220 milhões foram reservados a essas entidades.

A vasta quantidade de siglas, porém, não se traduz em fartura de propostas para a saúde. Quando muito, algumas legendas se dispõem a externar diretrizes a respeito do assunto, muitas vezes exclusivamente sob o viés econômico — fortalecimento do SUS 100% gratuito, ampliação de parcerias público-privadas ou, em outros casos, redução do papel do Estado na gestão da saúde pública. A apresentação de ideias e os debates mais concretos ficam restritos às curtas temporadas eleitorais, de dois em dois anos. E, mesmo assim, as propostas contidas nos programas de governo, em sua maioria, são genéricas e, com frequência, inexequíveis.

A qualificação do debate nasce na formação de gestores capazes de propor ações estruturalmente transformadoras. Não se pretende que as fundações partidárias formem especialistas prontos para atuar em questões essencialmente técnicas da saúde. Bom senso. Mas não apenas é esperado, como necessário, que essas instituições sejam capazes de desenvolver soluções, com o mínimo de embasamento, para problemas como filas para cirurgias e transplantes, judicialização da saúde, consequências do envelhecimento populacional, estimativa de explosão dos casos de câncer até 2050, entre outros. Por ora, sabe-se que sobram recursos, e faltam repertório e disposição para atacar o que a sociedade grita que considera mais urgente.

Francisco Balestrin

Presidente da FESAÚDE-SP e do SindHosp

Inaldo Leitão Filho

Gerente de Relações Institucionais e Governamentais da FESAÚDE-SP

 

Artigo publicado pelo jornal O Globo, de 08/04/2025. Clique aqui e acesse o pdf da publicação

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Saúde materna e neonatal marca Dia Mundial da Saúde

“Inícios saudáveis, futuros esperançosos”. Este é o tema da campanha do Dia Mundial da Saúde de 2025, comemorado em 7 de abril

 

Para o Dia Mundial da Saúde (7 de abril) de 2025, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elegeu como tema central “Inícios saudáveis, futuros esperançosos”. A campanha tem como objetivos garantir acesso universal a serviços de saúde de qualidade desde o nascimento, acabar com as mortes maternas e neonatais evitáveis, priorizar a saúde e o bem-estar das mulheres a longo prazo e sensibilizar para a necessidade de garantir que todas as mulheres e bebês sobrevivam e prosperem.

Segundo a entidade, cerca de 300 mil mulheres perdem a vida a cada ano por causas relacionadas à gravidez ou ao parto; mais de dois milhões de bebês morrem no primeiro mês de vida e milhões nascem mortos. Isso equivale a, aproximadamente, uma morte evitável a cada sete segundos. Com a campanha, a OMS espera sensibilizar governos e profissionais de saúde para que intensifiquem esforços e priorizem a saúde de mães e crianças.

Para acabar com a mortalidade materna e neonatal evitável, a OMS ressalta a necessidade de intensificar esforços governamentais visando garantir acesso a cuidados de qualidade para este público, especialmente nos países mais pobres, onde ocorre a maioria das mortes, e nas situações de emergência. A entidade lembra, ainda, que as necessidades de saúde das mulheres vão além da sobrevivência ao parto e considera fundamental o acesso delas a serviços de saúde sexual e reprodutiva.

Mortalidade no mundo

Dados da OMS e da Organização Panamericana da Saúde (OPAS) mostram que, todos os dias, aproximadamente 830 mulheres morrem, no mundo, de causas evitáveis relacionadas à gravidez e ao parto. 99% dessas mortes ocorrem em países em desenvolvimento, com taxas mais elevadas entre as que vivem em áreas rurais e comunidades mais pobres. Estudos mostram, ainda, que as adolescentes enfrentam maior risco de complicações e morte em decorrência da gravidez.

Uma das metas dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 é reduzir, até 2030, a taxa global de mortalidade materna para menos de 70 por 100 mil nascidos vivos, além da diminuição da mortalidade neonatal e a mortalidade prematura por doenças não transmissíveis por meio da prevenção e tratamento.

Dia Mundial da Saúde

O Dia Mundial da Saúde acontece todo dia 7 de abril desde 1950, por iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS). Ele marca a criação da própria OMS e tem um objetivo claro: promover a conscientização sobre questões urgentes ligadas à saúde pública global.

 

 

 

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O sentimento dos trabalhadores brasileiros

William Shakespeare dizia que “a alegria evita mil males e prolonga a vida”. Infelizmente, os resultados da pesquisa State of the Global Workplace, realizada pela consultoria Gallup, especializada em análise comportamental no trabalho, acendem um sinal de alerta para as organizações do país, ao mostrar que grande parte dos trabalhadores não está feliz em suas ocupações. O levantamento ouviu 128 mil funcionários em 160 países, para verificar o que eles sentem em relação a suas vidas e aos seus empregos.

Perguntados se vivenciaram situações de estresse no trabalho no dia anterior, 46% dos brasileiros responderam que sim, o que coloca o Brasil na sétima posição na América Latina nesse quesito. Os seis países mais estressados do continente são: Bolívia (55%), República Dominicana (51%), Costa Rica (51%), Equador (50%), El Salvador (50%) e Peru (48%). Quando analisadas a raiva e a tristeza diárias, o Brasil sobe para a quarta posição em ambos os quesitos, com 25% dos trabalhadores afirmando estar tristes (Bolívia, El Salvador e Jamaica ocupam as três primeiras posições) e, 18%, com raiva (novamente a Bolívia ocupa o primeiro lugar, seguida da Jamaica e do Peru).

Para a saúde, que depende de mão de obra especializada e qualificada, os resultados são preocupantes. Cuidar de pessoas em situações de fragilidade, muitas vezes com risco de morte, é uma arte que exige foco e equilíbrio. Saber que quase metade dos trabalhadores do país estão estressados e boa parte encontra-se triste ou com raiva, demanda atenção redobrada por parte dos gestores do setor. Para evitar situações estressantes, algumas ações podem e devem ser adotadas, como manter os colaboradores treinados, um bom clima organizacional, estar atento às relações entre as equipes multidisciplinares, oferecer um canal aberto para diálogo, ter uma comunicação transparente, entre outras.

Mas não são apenas as empresas que devem fazer a sua parte. É sabido que fatores externos, como o contexto econômico e os altos índices de violência, têm impacto direto nas emoções. Em 2022, a pesquisa Índice de Saúde Financeira do Brasileiro, feita pela Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) com apoio do Banco Central (BC), relatou que 56,1% dos respondentes percebiam as finanças como motivo de estresse na família. Paralelamente, a violência é porta de entrada para uma série de problemas mentais, como depressão, ansiedade e transtorno de estresse pós-traumático.

Além de oferecer cursos de capacitação para o setor, a FESAÚDE-SP e o SindHosp, como entidades da sociedade civil, estão sempre abertas ao diálogo com o poder público das três esferas para colaborar na discussão e formulação de políticas públicas capazes de assegurar ambientes de trabalho mais produtivos e uma melhor qualidade de vida à população. Com a união da sociedade, dos setores produtivos e do governo é possível introduzir saúde ao dia a dia dos trabalhadores, pensando nela como um estado de completo bem-estar físico, mental, emocional e espiritual, segundo definição da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Francisco Balestrin

Presidente do SindHosp e da FESAÚDE-SP

Artigo publicado na edição de dezembeo de 2024 da revista LaborNews. Clique aqui e acesse a íntegra da publicação

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Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais têm CCT firmada

O SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com o Sindicato dos Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Auxiliares em Fisioterapia e Auxiliares de Terapia Ocupacional no Estado de São Paulo (SINFITO-SP), com vigência de 1º de maio de 2024 a 30 de abril 2025.

A íntegra da CCCT encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes neste site, ícone Jurídico/Convenções Coletivas. Acesse aqui

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