Saúde pede mais ética no setor

Brasil Health Compliance reúne players para debater o tema

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Os recentes escândalos de corrupção no Brasil reacenderam o debate pela ética. A defasagem na Tabela SUS, os altos custos para importação de órteses e próteses, além da competição da indústria farmacêutica, são assuntos que fazem com que a saúde também se mobilize por mais ética no setor. Por uma iniciativa da revista Diagnóstico Web, em parceria com a Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp), foi realizado em 27 de novembro o Brasil Health Compliance, evento que reuniu os principais players do saúde.
 
Paineis de debate construíram análises, críticas e debates para a construção de uma agenda positiva para o setor. O presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr, além do vice-presidente das entidades, Luiz Fernando Ferrari Neto, e o gestor do IEPAS, Marcelo Gratão, estiveram presentes. “O cenário atual do Brasil faz com que acendamos o alerta em busca de um mercado mais ético na saúde. Buscamos a excelência na prestação de serviços e qualidade no atendimento à população”, explicou Yussif. “Tudo isso só é possível se utilizarmos o sistema de compliance, com soluções que garantam a sustentabilidade do setor”.
 
Para Gonzalo Vecina Neto, superintendente do Hospital Sírio Libanês, algumas das principais deficiências encontradas atualmente é a falta de diálogo e transparência. “Na prestação de serviços é onde ocorrem os principais vícios de corrupção. Devemos discutir com a sociedade como construir caminhos para amanhã sem deixar de pensar em como oferecer uma saúde medica de qualidade”, afirmou. “Falta transparência até mesmo para os órgãos reguladores que atualmente estão preocupados em achar os culpados pelo desperdício de recursos sem ter preocupação se os recursos públicos cumpriram os objetivos pelos quais eles foram destinados”.
 
De acordo com Luiz Fernando Ract Camps, diretor de compliance da Amil, o impacto para as operadoras de saúde está mais focado na mudança de cultura. “O principal impacto é criar a cultura no DNA da empresa, passando pela avaliação de compliance com todos os mecanismos e controles estabelecidos para avaliar os riscos operacionais. A capacidade de trabalhar em um ambiente compliance faz com que exista uma capacidade competitiva”.
 
Anahp lança código de conduta
 
No evento também foi realizado o lançamento do “Código de Conduta da Anap”, manual que visa orientar gestores e instituições a como lidar com os problemas de governança corporativa na busca pelo compliance e ética na saúde. “Uma empresa com estrutura de conduta bem definida tem vantagem competitiva perante o mercado”, explicou Francisco Balestrin, presidente do conselho da Anahp. “No Brasil hoje se fecha um hospital por semana e isso vai aumentar devido a falta de sustentabilidade do setor”.
 

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