7 de julho de 2014

Prêmio incentiva pesquisas focadas em saúde pública

As inscrições para o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o Sistema Único de Saúde (SUS) estão abertas até o dia 17 de julho. O evento, que ocorre desde o ano de 2002 e é promovido pelo Ministério da Saúde, incentiva a produção de pesquisas científicas que contribuem para o desenvolvimento das políticas públicas de saúde no Brasil. 
 
Poderão participar, segundo informações do Blog da Saúde do portal do ministério, pesquisadores, estudiosos e profissionais de saúde ou de qualquer área do conhecimento, em nível de pós-graduação concluída, com temática voltada para a área de Ciência e Tecnologia em Saúde, e potencial de incorporação pelo Sistema Único de Saúde e serviços de saúde.
 
Os candidatos ao prêmio poderão concorrer em quatro diferentes categorias, informa o Blog: tese de doutorado (com premiação no valor de R$ 50 mil); dissertação de mestrado (R$ 30 mil); trabalho científico publicado (R$ 50 mil) e monografia de especialização ou residência (R$ 15 mil).

Pesquisadores criam substância que repele e mata mosquito da dengue

Pesquisadores da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro criaram uma substância capaz não só de repelir o mosquito da dengue como matá-lo durante uma pesquisa que buscava princípios ativos para a criação de um detergente. A eficácia do produto foi confirmada em testes laboratoriais e o próximo passo é baratear o processo de criação para a produção comercial que pode funcionar sendo passado na pele ou espirrado contra mosquitos. Não há prazo, no entanto, para que o produto chegue ao mercado.
 
A substância foi produzida a partir de uma bactéria encontrada em solo contaminado por derivados de petróleo. Os cientistas já estudavam há 17 anos a bactéria Pseudomonas aeruginosa LBI em uma pesquisa para a produção de detergente biológico, até perceberem que ela tinha a capacidade de destruir as larvas do Aedes aegypti, mosquito causador da dengue, no estágio de larva e na fase adulta, além de funcionar como repelente.
 
O grupo, comandado pelo professor Jonas Contiero, decidiu, então, testar a aplicação da substância contra as larvas. "A substância atua basicamente na diminuição da tensão da água. Como as larvas do mosquito da dengue precisam se manter na superfície para respirar, resolvemos testar essa situação e, com a queda nessa tensão, a larva não consegue se manter à flor da água, afunda, não consegue respirar e morre", informou a biólogo Roberta Barros Lovaglio, que participa da pesquisa. O biólogo Vinicius Luiz da Silva e o parasitologista Cláudio José von Zuben também integram o grupo.
 
Testes
A mudança de foco na pesquisa ocorreu há um ano. Depois de perceberem a eficácia da substância contra as larvas, o grupo testou a ação do produto contra mosquitos adultos e percebeu que eles também era afetado.
 
"No caso deles, a substância quebra a cutícula do mosquito. Com isso, ele fica suscetível à ação do meio ambiente e morre. Apenas como comparação, seria o mesmo que retirar a pele de um ser humano", informa Silva.
 
A eficácia do produto, segundo os pesquisadores, é de 100%, em teste realizado com dez larvas, em todas as concentrações testadas, sendo que as larvas morreram em ate 18h depois da aplicação. Com os mosquitos adultos, foram 20 exemplares, e todos morreram após a aplicação do produto.
 
A última parte da pesquisa, que é financiada pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) testou também a ação repelente da substância. Em testes realizados em ratos, um animal é borrifado com o composto, e outro não. Eles são expostos a mosquitos. O rato que não está com o produto é picado. No outro, que recebeu o repelente, os mosquitos nem se aproximam.
 
O foco do trabalho do grupo, agora, é baratear os custos de produção para um possível uso comercial da substância. Segundo os pesquisadores, a produção e purificação de dez mililitros do produto custa R$ 1,4 mil. "Nossa pesquisa, nesse momento, está dedicada a  tentar novas fórmulas de produção para uso comercial", disse Roberta, que informou, ainda, que o grupo está em contato com advogados da Unesp para requerer a patente do produto.
 
Para von Zuben, a substância é completa e pode ajudar a combater a dengue em todas as fases, ajudando, inclusive, a diminuir a circulação do vírus que causa a doença. "A partir do momento que conseguimos novas ferramentas para controlar esse mosquito, vamos diminuir a quantidade de adultos no ambiente e, com isso, diminuir as chances de transmissão do vírus para outras pessoas", disse.

Sírio abre inscrições para especialização de enfermagem em cardiologia

O Programa de Especialização de Enfermagem em Cardiologia, do Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa (IEP/HSL), que busca especializar profissionais para atuarem em diversas áreas do segmento no país, já está com suas inscrições abertas.  Destinado a enfermeiros recém-formados e com experiência na área da cardiologia, o curso possui programa voltado ao desenvolvimento do raciocínio clínico e habilidades técnicas dos profissionais que pretendem trabalhar ou já exercem a função junto à assistência de pacientes cardiopatas. 
 
A proposta do curso é trabalhar no aprofundamento do conhecimento em fisiopatologia, na avaliação clínica do enfermeiro, na interpretação de exames e na tomada de decisão.  Ao longo do ano, os estudantes vivenciarão diversas situações de atendimento dos pacientes, incluindo desde o atendimento das urgências e emergências cardiológicas, até a gestão de unidades coronarianas e unidade de insuficiência cardíaca. Para isso serão realizadas também diversas oficinas e atividades em pequenos grupos, fundamentadas na metodologia construtivista de ensino-aprendizagem.
 
Além das atividades obrigatórias o programa oferece duas optativas. Desse modo os alunos terão duas possibilidades de participação opcional. A primeira, em grupos de estudos específicos oferecidos mensalmente pelo Hospital Sírio-Libanês: enfermagem em cardiologia, atendimento a parada cardiorrespiratória, atendimento de urgências e emergências, paciente crítico, acessos vasculares, oncologia, pele e estomaterapia, dor e diabetes.  A segunda opção consiste no acompanhamento de enfermeiros especialistas atuantes no Hospital Sírio-Libanês nas áreas de passagem de cateter de PICC, nutrição enteral e parenteral, atenção à pele e ostomias, diabetes e dor.
 
Todos os alunos também serão submetidos a um estágio observacional obrigatório nas unidades cardiológicas do Hospital Sírio-Libanês: UTI Cardiológica, Unidade Coronariana, Unidade Avançada de Insuficiência Cardíaca e Radiologia Intervencionista.
 
“O estágio em observação nos ajuda a identificar os avanços e possíveis aprimoramentos necessários para cada profissional”, explica uma das coordenadoras do curso e gerente do Centro de Cardiologia do HSL, Maria Auxiliadora Ferraz.
 
Com 40 vagas divididas para os horários vespertino e noturno, o curso tem coordenação das enfermeiras Cassia Guerra, Luana Llagostera Sillano Gentil, Maria Auxiliadora Ferraz  e dos professores Roberto Kalil Filho e  Luiz Francisco Cardoso.
 
A escolha dos participantes será realizada por meio de entrevistas com os membros da Comissão de Seleção que deverão acontecer no fim de julho.
 
Mais informações pelo telefone 3155-8800 e no site www.iep.hsl.org.br.
 
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