7 de abril de 2015

Na terça-feira 7 de abril, data em que é celebrado o Dia Mundial da Saúde, a Frente Democrática em Defesa do Sistema Único de Saúde, formada por diversos representantes da Saúde, organizou uma caminha cívica pela cidade de São Paulo em prol de uma saúde de qualidade . O presidente da FEHOESP e do SINDHOSP, Yussif Ali Mere Jr, esteve presente no evento.

 

O ato tem como objetivo retomar a luta da sociedade para aumentar o financiamento da saúde pública, iniciada com a Emenda Constitucional 29, de 2000, cuja regulamentação em janeiro de 2012 frustrou as expectativas de estabelecer o patamar de investimento de 10% das receitas correntes brutas da União para a Saúde.

 

”É de suma importância que paremos para refletir em como está a nossa saúde hoje e aonde podemos chegar caso aja mais vontade política para investimentos e melhorias do sistema de saúde público e privado”, afirmou Yussif. “Quem tem a ganhar com isso é a população que finalmente poderia ter uma saúde de qualidade”.

 

Para Florisval Meinão, presidente da APM, o Governo Federal diminuiu sua participação no repasse de recursos ao SUS e não propôs alternativas na saúde. “A participação do Governo já está definida em algo em torno de 13,2% da Receita Líquida para este ano, o que não acrescenta absolutamente nada”.

 

Caminhando com faixas, apitos e coros como “Brasil urgente, queremos SUS decente”, o grupo formado por médicos, enfermeiros, estudantes e gestores se reuniram na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), para então prosseguir até a Catedral da Sé, onde, após um minuto de silêncio, em reflexão pelo cenário atual, três mil balões com a inscrição SOS SUS foram soltos.

 

Foi inaugurada no dia 6 de abril a exposição "A Saúde no Brasil Colonial", no Museu da Saúde Pública Emílio Ribas, em São Paulo. Estiveram presentes na inauguração o presidente do SINDHOSP e da FEHOESP, Yussif Ali Mere Jr.; o vice-presidente do Sindicato e diretor da Federação, Luiz Fernando Ferrari Neto; o presidente do IEPAS, José Carlos Barbério; e o gestor do Instituto, Marcelo Gratão.

 

A mostra é baseada no livro A Saúde no Brasil, da historiadora Sônia Maria de Freitas, patrocinado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) e lançado no ano passado durante a Feira+Fórum Hospitalar 2014. Dividida em cinco módulos (Choque Entre Dois Mundos; O Novo Mundo; A Assistência por Fé: As Primeiras Instituições Hospitalares do Brasil; A Influência dos Jesuítas; e Contribuições Africanas), a exposição conta com paineis que, por meio de textos e imagens, mostram as práticas da saúde tratadas do ponto de vista institucional, bem como a forma como são praticadas pela sociedade.

 

Atualmente, o Musa também abriga a mostra "As Grandes Epidemias", realizada pelo Instituto Butantan e pela Fapesp. O museu é mantido pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano, em cooperação com o Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, vinculado ao Instituto Butantan da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. O SINDHOSP e a FEHOESP apoiaram a realização da mostra.

 

Sobre o Musa

O Museu da Saúde Pública Emílio Ribas fica instalado numa construção grandiosa do bairro do Bom Retiro, que por décadas abrigou o Desinfectório Central de São Paulo, prédio inaugurado em 1893 para realizar funções do serviço sanitário, tal como remoção de doentes para hospitais de isolamento, remoção de cadáveres de pessoas vitimadas por doenças infectocontagiosas e combate a epidemias.

 

A ideia do museu, surgido em 2013, é registrar fatos, coletar acervos, reunir bens culturais e preservar a história da Saúde brasileira. O Musa é uma iniciativa do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano e de parceiros, como a FEHOESP, que apoiou a realização da exposição.

Serviço

Museu de Saúde Pública Emílio Ribas