Informamos que em 21 de setembro de 2022 foi publicada a Lei 14.442/22, que altera diversos aspectos da legislação trabalhista, possibilitando flexibilização dos contratos de trabalho para incentivo e apoio à inserção e manutenção de mulheres no mercado de trabalho.
Destaca-se que a nova legislação traz várias hipóteses de utilização de regras diversificadas sobre horários, teletrabalho, férias, banco de horas, auxílio-creche e outras circunstâncias em que tais regras devem ser utilizadas com prioridade para incentivo à parentalidade e apoio à primeira infância. A íntegra da lei pode ser consultada aqui.
Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas no Estado de São Paulo – SINDHOSP.
Esclarecemos que a decisão proferida em 12 de julho de 2022 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, nos autos do Dissídio Coletivo 1004589 – 07.2021.5.02.0000, suscitado pelo Sindicato dos Fisioterapeutas no Estado de São Paulo (SINFITO), somente se tornará obrigatória se houver trânsito em julgado, ou seja, quando não couber mais nenhum recurso, e, mesmo assim, se forem mantidos os pedidos deferidos pelo Tribunal na sentença normativa, conforme consta no próprio acórdão.
Considerando que o SINDHOSP interpôs Recurso Ordinário, buscando a reforma da decisão no Tribunal Superior do Trabalho, orientamos que a categoria aguarde a definição.
A eventual aplicação dos termos deferidos pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região será obrigatória somente se a decisão for mantida, após esgotadas as possibilidades de recurso.
Por fim, as empresas que optarem por antecipações de reajuste, devem sempre fazer a devida identificação nos comprovantes de pagamento, com a rubrica adequada, para possibilitar a compensação posterior, caso seja mantida a decisão que deferiu reajuste em favor dos empregados.
Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde, Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas no Estado de São Paulo – SINDHOSP.
O Sindhosp participou da quarta edição do Global Summit Telemedicine & Digital Health (GS), que acontece de 4 a 6 de outubro, com o macrotema “Saúde Digital para Todos”.
O evento é uma realização da Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com o Transamerica Expo Center e, este ano, retornou à modalidade presencial com três arenas simultâneas e palestrantes internacionais e nacionais. Uma disseminação de conhecimentos e experiências, em conferências, painéis e palestras.
O diretor científico do SindHosp, Dirceu Barbano, integrou o painel “Saúde Digital: Uma Proposta para o Acesso Sustentável à Saúde”, quando apresentou as propostas do Projeto Saúde São Paulo, desenvolvido colaborativamente pelo SindHosp.
Um trabalho de 18 meses, que articulou com grandes nomes do setor, promovendo diálogos, workshops e entrevistas, com vistas a enriquecer e respaldar o projeto.
Palestra SindHosp
Em oportunidade, Dirceu contou aos presentes que a pandemia de Covid-19 nos ensinou duas coisas importantes. A primeira é a possibilidade de organizar as ações de saúde em um ambiente mais flexível, em referência às “defesas” erguidas entre o setor público e privado. E a segunda, que depois da onda de demandas geradas por uma pandemia, em que os casos agudos da crise inviabilizavam o atendimento das outras doenças, vem a onda de demandas reprimidas.
Ele explica que é nesse contexto que a Proposta Saúde São Paulo 2022 se encaixa, apontando a Saúde Digital como ferramenta-chave para a sustentabilidade do sistema de saúde.
“A concepção de saúde digital com a qual as propostas de saúde foram estruturadas busca ir além da oferta de ferramentas digitais para o atendimento de pacientes. Se baseiam numa perspectiva do digital como ferramenta integradora, por meio da estruturação de redes assistenciais capazes de dar respostas mais efetivas e da ampliação da capacidade e da qualidade da gestão do sistema”, relatou.
O diretor disse também que não é preciso começar do zero, afirmando que, mesmo na esfera pública, há experiências acumuladas nos últimos 10 anos. E então recordou alguns programas que ensaiaram o digital na saúde, ao longo dos anos, como o de fortalecimento da gestão estadual de saúde em 2012, que previa suporte à distância para decisões e análise remota de exames; o Programa Saúde para São Paulo (SPSP), com participação do InCOR e da PRODESP, que permitiu 37 hospitais estaduais operarem com registros de 7 milhões de pacientes em nuvem, em 2018, e permitiu iniciar em 2014 o serviço de telemedicina.
Além dos projetos mais recentes, como o Hora Marcada e Remédio Agora, aplicativos criados para agendamento de consultas, exames e procedimentos para retirada de medicamentos. O Teledermato e o Multisaúde, que aplicam plataformas de telemedicina, e o Núcleo Estadual de Telessaúde São Paulo UNIFESP, que conta com recursos públicos federais, também citados.
“Partindo desse contexto: nossa história e experiências, impactos da pandemia e oportunidades, que nasceram as propostas do Saúde São paulo, atribuindo valor ao digital”.
Conheça as 10 propostas apresentadas por Dirceu durante o evento, na página exclusiva do projeto.
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Na última quinta-feira, 29 de setembro, foi publicada a Portaria nº 3.633/2022, que altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre o valor do incentivo às instituições hospitalares que dispuserem de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto e Pediátrico tipos II e III, aos serviços hospitalares que compõem a Rede de Atenção às Urgências.
O IV FÓRUM Brasil de LONGEVIDADE acontece de 29 de setembro a 01 de outubro, no Centro de Convenções Rebouças. Esta sexta-feira, o SindHosp teve a oportunidade de integrar a programação com o painel “Convivendo com a necessidade de uso racional de medicamentos”, que contou com a ilustre participação de Luiz Antonio Gil Junior, diretor do Instituto Benvita, e Hágabo Mathyell Silva, head da Farmácia Clínica na Far.me, moderados por Dirceu Barbano, diretor científico do sindicato.
O diálogo, para uma plateia engajada, trouxe um leque de possibilidades em conceitos e iniciativas que prezam pelo bem-estar e facilitação da vida do idoso, em uma relação amistosa com a rotina de medicamentos.
Ações necessárias
As empresas participantes acreditam que o caminho para melhoria dessa rotina e eficácia do tratamento é um acompanhamento constante e personalizado.
O que engloba a revisão de remédios a fim de reduzir o máximo possível a quantidade, utilizando de forma racional.“Um em cada cinco idosos toma medicamentos que podem ser inapropriados e 50% recebem alguma medicação desnecessária. Além disso, 15% têm reação adversa, enfatizou Gil Junior, diretor do Instituto Benvita.”
Segundo os especialistas, uma terceira idade mais saudável solicita a reavaliação de medicamentos, objetivando desprescrições.
“Atualmente, cerca de 30% dos idosos têm um procedimento de polifarmácia, com cinco ou mais medicamentos e um em cada três é hospitalizado por problemas relacionados com medicações. Isso tem que ser uma preocupação imediata, pois no futuro, 25% das crianças de hoje chegarão aos 100 anos”.
A tecnologia a favor da longevidade
A tecnologia vem sendo uma grande aliada para solucionar a problemática. A exemplo, existem os softwares para realização de revisão da farmacoterapia, que utilizam inteligencia artificial para suporte à tomada de decisões clínicas sobre os medicamentos em uso; considerando aspectos como alergias, doses, duplicidades terapêuticas e medicamentosas, exames laboratoriais e tempo de uso.
Além da preocupação com o uso racional de medicamentos, é preciso ajudar as pessoas a superar os desafios da idade para se medicar. Como os problemas visuais que podem prejudicar a identificação dos remédios diários e até mesmo de mobilidade, impactando o manuseio dos fármacos.
É a chamada senescência, modificações que podem provocar mudanças no funcionamento dos órgãos do idoso. Como a diminuição do tamanho dos rins, reduzindo o fluxo renal e da filtração glomerular, além dos danos auditivos e visuais.
Outro ponto importante discutido foi a primazia do paciente, “ele deve estar no centro do cuidado”. Orientar, reorientar e rechecar a orientação são palavras-chave para garantir que o indivíduo, de fato, tenha entendido o seu tratamento e o porquê de cada medicação.
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Nesta terça-feira (27), na Avenida Paulista, o SindHosp promoveu um diálogo com assessores dos presidenciáveis, em parceria com as instituições Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo).
Com a proximidade das eleições, o evento objetivou fazer conhecidas as estratégias do futuro governo para solucionar os principais problemas da saúde brasileira.
Para isso, foram ouvidos os assessores de saúde dos candidatos à presidência da República mais bem posicionados nas intenções de voto, com base nas pesquisas recentes do Instituto Datafolha: senador Humberto Costa, representando a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT); Dr.João Gabbardo, assessor da candidatura de Simone Tebet (MDB) e Nelson Marconi, por Ciro Gomes (PDT). Embora o convite tenha sido enviado, o representante do candidato Jair Bolsonaro não respondeu ao contato.
Estiveram presentes o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin; o superintendente da Abimo, Paulo Henrique Fraccaro; o presidente da Abramed, Wilson Scholnik; e o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes.
Planos de governo
Cada representante fez uma explanação inicial, na qual apresentaram suas principais estratégias e linhas de atuação para o setor saúde, caso seus candidatos sejam eleitos.
Ciro Gomes
Nelson Marconi, coordenador do plano de governo de Ciro Gomes, iniciou a rodada defendendo a intensificação da promoção de políticas de saúde e o fortalecimento do SUS. “O nosso sistema de saúde é reconhecido mundialmente e precisa ser fortalecido”.
Nelson observa que, nos últimos dois anos, o atendimento médico foi fortemente direcionado ao enfrentamento da pandemia de Covid-19, o que criou uma demanda reprimida, “precisamos zerar a fila do SUS”.
Outro pondo destacado por Marconi foi a queda da cobertura vacinal no Brasil. “O PNI vem caindo há tempos, os programas de vacinação vinham perdendo amplitude e depois da pandemia a situação piorou, disse”.
Quanto às providências para solucionar tais problemáticas, Nelson articula que ofluxo do atendimento deve ser melhor estruturado, com vinculação maior à atenção primária, informatização e ligação às policlínicas. Esse seria um dos passos iniciais do mandato de Ciro Gomes, um sistema regionalizado e estruturado em AP.
“É preciso digitalizar a saúde, ter um sistema de dados bem estruturado e histórico ao longo da vida de cada paciente”.
O complexo industrial da saúde foi outra esfera citada por Marconi como prioritária em um governo com Ciro Gomes. “Faltam medicamentos no país, pois perdemos a capacidade de produzir no setor”.
O assessor aponta ainda duas vertentes, a valorização do programa Farmácia Popular como ferramenta essencial para a saúde preventiva e controle da fila do SUS e a importância de criar mecanismo de atratividade para médicos de regiões mais distantes; a exemplo de avaliação de desempenho e estrutura de carreira, a fim de incentivar a permanência nessas regiões, que apresentam carência de profissionais capacitados.
Por fim, falou sobre as compras governamentais: “o governo precisa centralizar a compra de medicamentos para praticar preços melhores e reduzir a judicialização.”
Quanto ao financiamento do setor, o assessor de Ciro argumenta que é preciso respeitar o teto de gastos, porém sem relacionar os valores apenas à inflação. Indicando uma Reforma Tributária para levantar recursos e reduzir despesas, o que acredita que resultaria em mais verbas para a saúde e educação.
Simone Tebet
João Gabbardo foi o segundo a se pronunciar, o assessor da candidata Simone Tebet disse que é preciso resgatar a credibilidade do SUS e reestabelecer a governança.
Gabbardo vê o acesso como um grande desafio para a saúde. “Várias pesquisas mostram que quem não utiliza o SUS tem uma avaliação muito pior do que os que utilizam, as pessoas não conseguem marcar, a fila é extensa e não há transparência de processos; além dos procedimentos eletivos que são desmarcados com frequência. Essa é uma questão que merece ainda mais atenção nesse período pós-pandemia”, enfatizou.
Como Tebet pretende solucionar a problemática do acesso?
Em um cenário com Simone Tebet vencendo as eleições, a ampliação do acesso à saúde deve ser promovida com a manutenção dos recursos adicionais disponibilizados em período de pandemia, pelos próximos dois anos. A candidata considera que com o orçamento atual não será possível reestruturar o sistema. Incentivos financeiros devem ser criados para estimular a execução dos serviços.
Segundo o seu assessor, uma revisão da tabela de procedimentos está no radar da candidata. Gabbardo observa, porém, que essa revisão necessita ser de “item por item”, pois há tanto precificações inadequadas para menos, quanto para mais.
Luiz Inácio Lula da Silva
O senador Humberto Costa apontou o diálogo como peça-chave na construção das diretrizes do Partido dos Trabalhadores (PT). Porém, segundo o ex-ministro da saúde, o Ministério da Saúde é hoje uma estrutura fechada, onde não há diálogo entre o setor público nem entre o setor privado, o governo Lula almeja retomar esse canal.
Quanto ao tema financiamento, mencionado por todos os assessores, a linha de governo de Lula percebe o setor não como um gasto, mas sim como um investimento em qualidade de vida e crescimento econômico do país, devido ao forte impacto da saúde no PIB.
A ampliação da cobertura vacinal com o PNI; a assistência farmacêutica, tanto no SUS quanto nas farmácias populares, e a digitalização do sistema de saúde foram temas destacados por Costa, em concordância com os demais assessores.
Outro ponto de prioridade destacado pelo assessor é o enfrentamento às doenças crônicas não transmissíveis, como as oncológicas e cardiovasculares. “É necessário prevenir essas doenças e também garantir o acesso da população às consultas mais modernas. O sistema precisa se organizar, haverá investimento na estratégia de saúde da família”.
Por fim, o assessor falou também sobre uma ação intersetorial na promoção de atendimento especializado em um curto espaço de tempo, de forma integral e regional.
Pergunta do SindHosp
O presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, integrou a mesa de diálogos e questionou os assessores sobre as decisões judiciais, sem análise de impacto na saúde e previsibilidade de fontes de custeio, a exemplo do piso da enfermagem e demais em curso no Congresso Nacional. “Como os candidatos à presidência da República pretendem lidar com o financiamento, remuneração e alinhamento dessa questão?”
Nelson Marconi, assessor de Ciro Gomes, respondeu que é preciso olhar pro conjunto das despesas do governo, “não tem como discutir o financiamento da saúde sem passar pela discussão do teto. O governo precisa otimizar a política de juros, uma reforma tributária é necessária para aumentar a receita”.
Gabbardo respondeu em sequência, reforçando o que disse anteriormente, sobre seguir com os recursos emergenciais da pandemia para custear esse financiamento e a revisão da tabela de procedimentos. “Vários incentivos, além da tabela, devem ser mantidos e até ampliados”.
Humberto disse que, em 2023, haverá um trabalho para que os recursos das emendas de relator (RP9) passem a ser aplicados na saúde.
Como vimos, as carências evidenciadas ou desencadeadas durante a pandemia de Covid-19 que solicitam atenção do governo, especialmente nos próximos 2 anos; período que o país deve alargar os passos para a reestruturação e recuperação da crise, foram destacadas no encontro. Além das causas da indústria de dispositivos médicos, demandas reprimidas, baixa cobertura vacinal e financiamento da saúde, também mencionadas pelos assessores.
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Na edição desta quinta-feira (29), o Estadão publicou uma entrevista com o professor da FEA-USP, membro da Academia Paulista de Letras e presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da FECOMERCIO-SP, José Pastore, que apresentou seu posicionamento quanto à lei do piso da enfermagem.
Já nas primeiras linhas da matéria, o professor reconhece que a categoria da enfermagem merece o mais alto respeito da sociedade, pela dedicação e assistência à vida. “Nada mais justo do que uma remuneração condigna, a começar por um bom piso salarial.”
Entretanto, defende que isso seja feito sob luz da Constituição, que diz que o piso salarial deve ser definido em função da extensão e complexidade do trabalho (artigo 7.º, inciso V), exigindo negociação coletiva entre os sindicatos e as instituições de saúde. O que não ocorreu no caso da Lei n.º 14.457/2022, que foi estabelecida pelo Congresso Nacional.
“Essa lei foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por infringir várias regras da Carta Magna. De fato, os artigos 167-A e 169 vedam explicitamente a criação de concessão, vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração que impliquem em despesa obrigatória sem a existência de recursos e dotação orçamentária.
Penso que, para aprovar o projeto de lei que deu origem àquela lei, a Comissão de Constituição e Justiça e os competentes assessores da Câmara e do Senado alertaram os deputados e senadores para as restrições constitucionais.
Mas a busca pela reeleição falou mais alto. Aprovaram a despesa sem indicar o recurso. Sou levado a concluir que essa conduta foi eleitoreira e enganosa para os enfermeiros”.
Pastore reforça ainda que a ideia de que os direitos não têm custos, apesar de muito difundida entre os políticos brasileiros, é falsa.
“Todos os direitos têm custos econômicos e também sociais. O imbróglio criado pela Lei 14.457/22 pode provocar demissões de enfermeiros e deterioração da qualidade dos serviços de saúde, sobrando para os mais pobres,” relatou.
Por fim, lembra que o STF deu, para os que usaram de precipitação para aprovar essa lei, 60 dias para encontrarem uma solução constitucional adequada para os enfermeiros e instituições de saúde, públicas e privadas, filantrópicas e lucrativas. “Se isso não for suficiente, que se prorrogue o prazo”.
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OHealthcare Innovation Show (HIS) de 2022 reuniu, na última quarta e quinta-feira, grandes players da saúde para acompanharem múltiplos painéis sobre tecnologia e inovação do setor, no São Paulo Expo.
Foram mais de 200 palestras e 50h de conteúdo com convidados de todo o Brasil, e também internacionais. A disseminação de conhecimentos ocorreu em simultâneo nos 10 palcos do evento, proporcionando uma atmosfera única e imersiva para os presentes. Dinâmica que garantiu grande engajamento do público com os experts.
Nesta 8ª edição, além do vasto leque de apresentações, o HIS investiu alto na promoção do networking. Fornecedores vieram de todo Brasil para apresentar soluções e produtos ao segmento de healthcare, o que aproximou profissionais da saúde e atualizações do mercado.
O SindHosp esteve presente no segundo dia de programação e integrou três palestras, confira a cobertura a seguir.
O uso de AI na otimização de protocolos clínicos
Cristian Rocha falou sobre Inteligencia Artificial (AI) e a otimização de protocolos clínicos, no palco CIO SUMMIT. O expert é CEO da Laura, empresa que tem como principal produto o Robô Laura; criado para identificar riscos de deterioração clínica antecipadamente, por meio de inteligência artificial e tecnologia cognitiva.
Cristian esclareceu a definição de Inteligência Artificial para os presentes, disse se tratar de um grande conjunto de tecnologias que ajudam a imitar as ações do ser humano de agir e pensar.
Segundo ele, o conceito de AI surgiu no século XV, quando a humanidade começou a pensar em criar máquinas pensantes, mas foi em 2011 e 2012 que aconteceu a ascensão, com a descoberta de algorítimos sofisticados para solucionar problemas complexos; como identificar imagens e vozes e dirigir veículos. “Essas tecnologias surgiram há apenas 10 anos”, reforçou.
No âmbito saúde, compartilhou sua visão: “O que a gente vê é que o mundo ainda não atingiu o pico da produtividade com a AI.
Um dos principais desafios é criar modelos responsáveis, ou seja, que mantenham a ética no que compete ao gênero, raça e situação social. Para isso, importa estar a par das motivações de cada ação dos algoritmos, elas precisam ser minuciosamente explicáveis.
Se sabe que existe uma grande lacuna quando se fala de Inteligencia Artificial na saúde, é como se estivéssemos engatinhando. Isso ocorre porque o ciclo de adoção à tecnologia é muito mais dilatado na saúde que no varejo, por exemplo, mas é certo que vamos avançar com o setor nos próximos anos, dizer que não é ingenuidade”, disse.
Segurança da informação e o dilema da privacidade
O painel Segurança da Informação e o Dilema da Privacidade também fez parte da programação do palco CIO SUMMIT e cotou com a participação de Danielle Florestano, diretora da Mastercard Cyber & Inteligence Solutions Mastercard Brasil; Hélio Matsumoto, diretor-executivo (TI, Digital e CAC) do Grupo Fleury; Renata Rothbarth, advogada especialista em Saúde Digital do escritório Mattos Filho; e Leandro Ribeiro, gerente de Segurança de Informação no Hospital Sírio Libanês.
Daniele Florestano iniciou o debate alertando a frequência crescente de ciberataques efetivos e tentativas pelo mundo, para ela o cenário apresenta a essencialidade da mitigação de riscos em todos os setores, especialmente na saúde, devido à manutenção de dados altamente sensíveis.
Um dos pontos destacados por Daniele foi a importância, sobretudo durante a pandemia e pós-pandemia, de investir em treinamento eficiente dos funcionários. “Eles são uma brecha de entrada, e um atacante sempre tenta entrar pelos caminhos mais fáceis”.
A diretora contou que a Mastercard realizou um parâmetro de segurança com o Datafolha em 5 segmentos diferentes, sendo saúde um deles, e apurou o seguinte:
81% dos entrevistados acha muito importante a cibersegurança na saúde;
58% das empresas sofrem ataques com média e alta frequência;
70% das empresas não fizeram simulação de ataque nos seus sistemas, nos últimos 3 meses;
e apenas 23% das empresas de saúde têm uma área de cibersegurança realmente estruturada.
Para ela, os dados levantados só comprovam a carência do mercado.
Hélio Matsumoto, falou em seguida sobre os desafios para prevenção dos ciberataques. “A educação em cibersegurança é um desafio, não adianta contratar as melhores ferramentas e plataformas do mercado, as melhores empresas e monitorar tudo, se alguém da sua operação, lá na ponta, anotar a senha do servidor em um post-it e colar no monitor’, enfatizou.
Indo além, Hélio destaca a importância de uma gestão estratégica e ágil. O profissional observa um comportamento comum das empresas após sofrer um ciberataque, de contratar pacotes de segurança e consultorias especializadas. Ações que causam uma falsa sensação de segurança, visto que tais ferramentas apenas emitem alerta de que algo está errado, “mas se nada for feito com esse dado e o erro não for corrigido, é provável que ele se torne o ponto de partida para um novo ataque”.
O diretor-executivo diz ainda que é preciso fazer um balanço entre a quantidade de informações de segurança versus a capacidade da empresa de responder a eles. Apontando as tecnologias como grandes ferramentas para auxiliar nesse processo de identificação e definição, se o aspecto levantado solicita uma ação ou não.
Por fim, ressalta a alta probabilidade de que um ataque aconteça, dai a necessidade de ter capacidade de resposta, o que engloba os investimentos em automação de ambientes. “Se destruírem tudo, quanto tempo você vai demorar para colocar a casa no lugar? É importante focar também na resposta caso haja o ataque e não apenas na prevenção”, conclui.
O gerente de Segurança de Informação, Leandro Ribeiro, complementa destacando que empresas podem deixar de existir após ataques, reforçando a importância da conscientização entre as pessoas, de que segurança de informação é crucial. “Ações simples como trocar as senhas e usar fator de autenticação fazem a diferença.”
Leandro também falou sobre a primazia da visibilidade, “Saiba tudo o que ocorre na empresa, tenha ideia do perímetro, quais são os dispositivos médicos, quantos são, quais as vulnerabilidades, se estão atualizados e tenha certeza que não há brechas.
A gestão de riscos, o envolvimento das pessoas e a visibilidade do negócio são fatores essenciais para estratégia de informação” disse.
Para leandro, o mais urgente é cuidar do backup, criptografar os dados e se certificar que tudo será recuperado em tempo hábil. Além disso, o fator humano também é fundamental, todos precisam estar treinados e prontos para reagir. “Como cada time atua? Como o time de marketing vai comunicar o mercado de que houve um ataque, por exemplo?”
No mais, quando se trata de inteligência cibernética, é importante ter por perto especialistas antenados e a capacidade de aprender com a dor dos outros.
Atenção Primária na Saúde Suplementar torna mesmo o setor mais sustentável?
Por fim, o SindHosp presenciou o debate sobre atenção primária e sustentabilidade, que reuniu Luis Fernando Rolim Sampaio, superintendente de Provimentos Saúde na Unimed Seguros; Vitor Asseituno Morais, presidente da Sami; Ícaro Vilar, CEO da AmorSaúde; e Luciane Oliveira da Silva Infanti, sócia EY para América Latina, moderadora do encontro no palco Estratégia de Negócios.
A atenção primaria pode ser o principal instrumento de sustentabilidade e qualificação de cada indivíduo que demanda algum nível de assistência, introduziu Luciane e passou a palavra a Rolim Sampaio.
Dando início ao bate-papo, o superintendente da Unimed Seguros, disse que visualiza a atenção primaria como uma questão crucial para organização e sustentabilidade do sistema, por otimizar os fluxos e a entrega de serviços e de resultados para a saúde suplementar. “As iniciativas, porém, precisam ser escaláveis para aumentar o número de prestadores, com vistas na redução dos preços”, disse.
Vitor Asseituno Morais, presidente da Sami, também reconhece o potencial da AP na construção de um sistema suplementar mais sustentável. “Se a gente focar só em cuidar da pessoa quando ela fica doente, estamos enxugando gelo na ponta do iceberg sem entender o todo”.
Segundo Vitor, é preciso focar no começo de tudo, trazer o indivíduo pro centro e entender o comportamento dele, como hábitos alimentares e estilo de vida.
“Há uma frase que diz: tudo que não está conectado tende a virar curiosidade ou desperdício. O problema é que na saúde nada está conectado, então tudo tende a virar exame repetido, diagnóstico menos assertivo, tratamento incorreto e visões parciais de um paciente que é único. E é isso que a gente tenta mudar com uma operação digital”, enfatizou.
Para ficar a par dos eventos promovidos ou apoiados pelo SindHosp, convenções coletivas firmadas e atualizações sobre a Saúde, acesse a aba ‘Notícias’ e siga as nossas redes sociais.
O SindHosp convida toda a categoria da saúde a participar do webinar gratuito Metodologia Ágil Scrum e LGPD: Acelerando a Implantação da Lei. O encontro acontece na primeira semana de outubro, em 06/10, das 15h às 16h30, via plataforma da Hospitalar Hub. Para integrar o diálogo, é necessário efetuar inscrição previamente.
Ágil Scrum é um método aplicado em gestão dinâmica de projetos que preza pela formação estratégica de equipes, definindo entregas para um curto espaço de tempo.
Ele permite controlar as atividades de modo eficaz e eficiente, o que potencializa times que atuam conjuntamente para alcançar um fim específico.
Neste próximo webinar, serão explanadas as experiências e resultados alcançados na implantação da LGPD nos serviços de saúde, fazendo uso dessa metodologia.
Palestrante
Fernannda Tedesco, gerente de TI e Qualidade | DPO – SMH Sociedade Médico Hospitalar, é a palestrante convidada a apresentar o tema.
Tedesco é enfermeira e pós-graduanda em LGPD pela Faculdade Legale; cursou Extensão em LGPD, Segurança de Dados e Responsabilidade Digital na PUCRS; é certificada em LGPD Foundation pela ITCERTS; membro ANPPD®️ e consultora em Gestão Hospitalar e LGPD pela FDFT Consultoria.
O evento conta com o apoio institucional do GRUPO IBESe será mediado por Paula Camargo, gerente de Inteligência e Conteúdo do SindHosp.
Roteiro
Segue roteiro do encontro:
15h às 15h05: breve resumo do objetivo e apresentação da palestrante;
15h05 às 16h: conteúdo;
16h: tempo destinado às perguntas;
16h30: encerramento.
Tópicos a discutir
O conteúdo está subdividido nos seguintes tópicos:
Definição de Scrum e LGPD;
Formação de equipe;
Agilidade na entrega;
Conscientização sobre a importância da LGPD;
Resultados alcançados com a utilização da metodologia Scrum.
Inscrições
As inscrições podem ser realizadas no site do SindHosp, aba eventos, até às 10h do dia 06 de outubro, entretanto, as vagas são limitadas.Acesse aqui e garanta a sua participação.
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Quais são as propostas do futuro governo brasileiro para a saúde?
É com vistas a encontrar respostas para tal questão que o SindHosp promove, no próximo dia 27 de setembro, um encontro presencial com os assessores de saúde dos candidatos à presidência, intitulado de Diálogo com Assessores de Saúde dos Presidenciáveis.
O diálogo terá início às 9h, no prédio sede da FIESP, localizado na Avenida Paulista, Nº 1313, 5º andar | Espaço nobre.
Uma iniciativa colaborativa, que conta com as parcerias da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Associação Médica Brasileira (AMB) e com Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo).
Participam da sabatina Nelson Marconi, pelo candidato Ciro Gomes (PDT); João Gabbardo, pela candidata Simone Tebet (MDB) e o senador Humberto Costa, representando o candidato Lula (PT).
O SindHosp apoia e integra com prazer quaisquer diálogos que promovam o conhecimento, esclarecimentos e a democracia em saúde.
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