Na última quinta-feira, 29 de setembro, foi publicada a Portaria nº 3.633/2022, que altera a Portaria de Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, para dispor sobre o valor do incentivo às instituições hospitalares que dispuserem de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto e Pediátrico tipos II e III, aos serviços hospitalares que compõem a Rede de Atenção às Urgências.
O IV FÓRUM Brasil de LONGEVIDADE acontece de 29 de setembro a 01 de outubro, no Centro de Convenções Rebouças. Esta sexta-feira, o SindHosp teve a oportunidade de integrar a programação com o painel “Convivendo com a necessidade de uso racional de medicamentos”, que contou com a ilustre participação de Luiz Antonio Gil Junior, diretor do Instituto Benvita, e Hágabo Mathyell Silva, head da Farmácia Clínica na Far.me, moderados por Dirceu Barbano, diretor científico do sindicato.
O diálogo, para uma plateia engajada, trouxe um leque de possibilidades em conceitos e iniciativas que prezam pelo bem-estar e facilitação da vida do idoso, em uma relação amistosa com a rotina de medicamentos.
Ações necessárias
As empresas participantes acreditam que o caminho para melhoria dessa rotina e eficácia do tratamento é um acompanhamento constante e personalizado.
O que engloba a revisão de remédios a fim de reduzir o máximo possível a quantidade, utilizando de forma racional.“Um em cada cinco idosos toma medicamentos que podem ser inapropriados e 50% recebem alguma medicação desnecessária. Além disso, 15% têm reação adversa, enfatizou Gil Junior, diretor do Instituto Benvita.”
Segundo os especialistas, uma terceira idade mais saudável solicita a reavaliação de medicamentos, objetivando desprescrições.
“Atualmente, cerca de 30% dos idosos têm um procedimento de polifarmácia, com cinco ou mais medicamentos e um em cada três é hospitalizado por problemas relacionados com medicações. Isso tem que ser uma preocupação imediata, pois no futuro, 25% das crianças de hoje chegarão aos 100 anos”.
A tecnologia a favor da longevidade
A tecnologia vem sendo uma grande aliada para solucionar a problemática. A exemplo, existem os softwares para realização de revisão da farmacoterapia, que utilizam inteligencia artificial para suporte à tomada de decisões clínicas sobre os medicamentos em uso; considerando aspectos como alergias, doses, duplicidades terapêuticas e medicamentosas, exames laboratoriais e tempo de uso.
Além da preocupação com o uso racional de medicamentos, é preciso ajudar as pessoas a superar os desafios da idade para se medicar. Como os problemas visuais que podem prejudicar a identificação dos remédios diários e até mesmo de mobilidade, impactando o manuseio dos fármacos.
É a chamada senescência, modificações que podem provocar mudanças no funcionamento dos órgãos do idoso. Como a diminuição do tamanho dos rins, reduzindo o fluxo renal e da filtração glomerular, além dos danos auditivos e visuais.
Outro ponto importante discutido foi a primazia do paciente, “ele deve estar no centro do cuidado”. Orientar, reorientar e rechecar a orientação são palavras-chave para garantir que o indivíduo, de fato, tenha entendido o seu tratamento e o porquê de cada medicação.
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Nesta terça-feira (27), na Avenida Paulista, o SindHosp promoveu um diálogo com assessores dos presidenciáveis, em parceria com as instituições Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) e a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo).
Com a proximidade das eleições, o evento objetivou fazer conhecidas as estratégias do futuro governo para solucionar os principais problemas da saúde brasileira.
Para isso, foram ouvidos os assessores de saúde dos candidatos à presidência da República mais bem posicionados nas intenções de voto, com base nas pesquisas recentes do Instituto Datafolha: senador Humberto Costa, representando a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT); Dr.João Gabbardo, assessor da candidatura de Simone Tebet (MDB) e Nelson Marconi, por Ciro Gomes (PDT). Embora o convite tenha sido enviado, o representante do candidato Jair Bolsonaro não respondeu ao contato.
Estiveram presentes o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin; o superintendente da Abimo, Paulo Henrique Fraccaro; o presidente da Abramed, Wilson Scholnik; e o presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes.
Planos de governo
Cada representante fez uma explanação inicial, na qual apresentaram suas principais estratégias e linhas de atuação para o setor saúde, caso seus candidatos sejam eleitos.
Ciro Gomes
Nelson Marconi, coordenador do plano de governo de Ciro Gomes, iniciou a rodada defendendo a intensificação da promoção de políticas de saúde e o fortalecimento do SUS. “O nosso sistema de saúde é reconhecido mundialmente e precisa ser fortalecido”.
Nelson observa que, nos últimos dois anos, o atendimento médico foi fortemente direcionado ao enfrentamento da pandemia de Covid-19, o que criou uma demanda reprimida, “precisamos zerar a fila do SUS”.
Outro pondo destacado por Marconi foi a queda da cobertura vacinal no Brasil. “O PNI vem caindo há tempos, os programas de vacinação vinham perdendo amplitude e depois da pandemia a situação piorou, disse”.
Quanto às providências para solucionar tais problemáticas, Nelson articula que ofluxo do atendimento deve ser melhor estruturado, com vinculação maior à atenção primária, informatização e ligação às policlínicas. Esse seria um dos passos iniciais do mandato de Ciro Gomes, um sistema regionalizado e estruturado em AP.
“É preciso digitalizar a saúde, ter um sistema de dados bem estruturado e histórico ao longo da vida de cada paciente”.
O complexo industrial da saúde foi outra esfera citada por Marconi como prioritária em um governo com Ciro Gomes. “Faltam medicamentos no país, pois perdemos a capacidade de produzir no setor”.
O assessor aponta ainda duas vertentes, a valorização do programa Farmácia Popular como ferramenta essencial para a saúde preventiva e controle da fila do SUS e a importância de criar mecanismo de atratividade para médicos de regiões mais distantes; a exemplo de avaliação de desempenho e estrutura de carreira, a fim de incentivar a permanência nessas regiões, que apresentam carência de profissionais capacitados.
Por fim, falou sobre as compras governamentais: “o governo precisa centralizar a compra de medicamentos para praticar preços melhores e reduzir a judicialização.”
Quanto ao financiamento do setor, o assessor de Ciro argumenta que é preciso respeitar o teto de gastos, porém sem relacionar os valores apenas à inflação. Indicando uma Reforma Tributária para levantar recursos e reduzir despesas, o que acredita que resultaria em mais verbas para a saúde e educação.
Simone Tebet
João Gabbardo foi o segundo a se pronunciar, o assessor da candidata Simone Tebet disse que é preciso resgatar a credibilidade do SUS e reestabelecer a governança.
Gabbardo vê o acesso como um grande desafio para a saúde. “Várias pesquisas mostram que quem não utiliza o SUS tem uma avaliação muito pior do que os que utilizam, as pessoas não conseguem marcar, a fila é extensa e não há transparência de processos; além dos procedimentos eletivos que são desmarcados com frequência. Essa é uma questão que merece ainda mais atenção nesse período pós-pandemia”, enfatizou.
Como Tebet pretende solucionar a problemática do acesso?
Em um cenário com Simone Tebet vencendo as eleições, a ampliação do acesso à saúde deve ser promovida com a manutenção dos recursos adicionais disponibilizados em período de pandemia, pelos próximos dois anos. A candidata considera que com o orçamento atual não será possível reestruturar o sistema. Incentivos financeiros devem ser criados para estimular a execução dos serviços.
Segundo o seu assessor, uma revisão da tabela de procedimentos está no radar da candidata. Gabbardo observa, porém, que essa revisão necessita ser de “item por item”, pois há tanto precificações inadequadas para menos, quanto para mais.
Luiz Inácio Lula da Silva
O senador Humberto Costa apontou o diálogo como peça-chave na construção das diretrizes do Partido dos Trabalhadores (PT). Porém, segundo o ex-ministro da saúde, o Ministério da Saúde é hoje uma estrutura fechada, onde não há diálogo entre o setor público nem entre o setor privado, o governo Lula almeja retomar esse canal.
Quanto ao tema financiamento, mencionado por todos os assessores, a linha de governo de Lula percebe o setor não como um gasto, mas sim como um investimento em qualidade de vida e crescimento econômico do país, devido ao forte impacto da saúde no PIB.
A ampliação da cobertura vacinal com o PNI; a assistência farmacêutica, tanto no SUS quanto nas farmácias populares, e a digitalização do sistema de saúde foram temas destacados por Costa, em concordância com os demais assessores.
Outro ponto de prioridade destacado pelo assessor é o enfrentamento às doenças crônicas não transmissíveis, como as oncológicas e cardiovasculares. “É necessário prevenir essas doenças e também garantir o acesso da população às consultas mais modernas. O sistema precisa se organizar, haverá investimento na estratégia de saúde da família”.
Por fim, o assessor falou também sobre uma ação intersetorial na promoção de atendimento especializado em um curto espaço de tempo, de forma integral e regional.
Pergunta do SindHosp
O presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, integrou a mesa de diálogos e questionou os assessores sobre as decisões judiciais, sem análise de impacto na saúde e previsibilidade de fontes de custeio, a exemplo do piso da enfermagem e demais em curso no Congresso Nacional. “Como os candidatos à presidência da República pretendem lidar com o financiamento, remuneração e alinhamento dessa questão?”
Nelson Marconi, assessor de Ciro Gomes, respondeu que é preciso olhar pro conjunto das despesas do governo, “não tem como discutir o financiamento da saúde sem passar pela discussão do teto. O governo precisa otimizar a política de juros, uma reforma tributária é necessária para aumentar a receita”.
Gabbardo respondeu em sequência, reforçando o que disse anteriormente, sobre seguir com os recursos emergenciais da pandemia para custear esse financiamento e a revisão da tabela de procedimentos. “Vários incentivos, além da tabela, devem ser mantidos e até ampliados”.
Humberto disse que, em 2023, haverá um trabalho para que os recursos das emendas de relator (RP9) passem a ser aplicados na saúde.
Como vimos, as carências evidenciadas ou desencadeadas durante a pandemia de Covid-19 que solicitam atenção do governo, especialmente nos próximos 2 anos; período que o país deve alargar os passos para a reestruturação e recuperação da crise, foram destacadas no encontro. Além das causas da indústria de dispositivos médicos, demandas reprimidas, baixa cobertura vacinal e financiamento da saúde, também mencionadas pelos assessores.
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Na edição desta quinta-feira (29), o Estadão publicou uma entrevista com o professor da FEA-USP, membro da Academia Paulista de Letras e presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da FECOMERCIO-SP, José Pastore, que apresentou seu posicionamento quanto à lei do piso da enfermagem.
Já nas primeiras linhas da matéria, o professor reconhece que a categoria da enfermagem merece o mais alto respeito da sociedade, pela dedicação e assistência à vida. “Nada mais justo do que uma remuneração condigna, a começar por um bom piso salarial.”
Entretanto, defende que isso seja feito sob luz da Constituição, que diz que o piso salarial deve ser definido em função da extensão e complexidade do trabalho (artigo 7.º, inciso V), exigindo negociação coletiva entre os sindicatos e as instituições de saúde. O que não ocorreu no caso da Lei n.º 14.457/2022, que foi estabelecida pelo Congresso Nacional.
“Essa lei foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por infringir várias regras da Carta Magna. De fato, os artigos 167-A e 169 vedam explicitamente a criação de concessão, vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração que impliquem em despesa obrigatória sem a existência de recursos e dotação orçamentária.
Penso que, para aprovar o projeto de lei que deu origem àquela lei, a Comissão de Constituição e Justiça e os competentes assessores da Câmara e do Senado alertaram os deputados e senadores para as restrições constitucionais.
Mas a busca pela reeleição falou mais alto. Aprovaram a despesa sem indicar o recurso. Sou levado a concluir que essa conduta foi eleitoreira e enganosa para os enfermeiros”.
Pastore reforça ainda que a ideia de que os direitos não têm custos, apesar de muito difundida entre os políticos brasileiros, é falsa.
“Todos os direitos têm custos econômicos e também sociais. O imbróglio criado pela Lei 14.457/22 pode provocar demissões de enfermeiros e deterioração da qualidade dos serviços de saúde, sobrando para os mais pobres,” relatou.
Por fim, lembra que o STF deu, para os que usaram de precipitação para aprovar essa lei, 60 dias para encontrarem uma solução constitucional adequada para os enfermeiros e instituições de saúde, públicas e privadas, filantrópicas e lucrativas. “Se isso não for suficiente, que se prorrogue o prazo”.
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OHealthcare Innovation Show (HIS) de 2022 reuniu, na última quarta e quinta-feira, grandes players da saúde para acompanharem múltiplos painéis sobre tecnologia e inovação do setor, no São Paulo Expo.
Foram mais de 200 palestras e 50h de conteúdo com convidados de todo o Brasil, e também internacionais. A disseminação de conhecimentos ocorreu em simultâneo nos 10 palcos do evento, proporcionando uma atmosfera única e imersiva para os presentes. Dinâmica que garantiu grande engajamento do público com os experts.
Nesta 8ª edição, além do vasto leque de apresentações, o HIS investiu alto na promoção do networking. Fornecedores vieram de todo Brasil para apresentar soluções e produtos ao segmento de healthcare, o que aproximou profissionais da saúde e atualizações do mercado.
O SindHosp esteve presente no segundo dia de programação e integrou três palestras, confira a cobertura a seguir.
O uso de AI na otimização de protocolos clínicos
Cristian Rocha falou sobre Inteligencia Artificial (AI) e a otimização de protocolos clínicos, no palco CIO SUMMIT. O expert é CEO da Laura, empresa que tem como principal produto o Robô Laura; criado para identificar riscos de deterioração clínica antecipadamente, por meio de inteligência artificial e tecnologia cognitiva.
Cristian esclareceu a definição de Inteligência Artificial para os presentes, disse se tratar de um grande conjunto de tecnologias que ajudam a imitar as ações do ser humano de agir e pensar.
Segundo ele, o conceito de AI surgiu no século XV, quando a humanidade começou a pensar em criar máquinas pensantes, mas foi em 2011 e 2012 que aconteceu a ascensão, com a descoberta de algorítimos sofisticados para solucionar problemas complexos; como identificar imagens e vozes e dirigir veículos. “Essas tecnologias surgiram há apenas 10 anos”, reforçou.
No âmbito saúde, compartilhou sua visão: “O que a gente vê é que o mundo ainda não atingiu o pico da produtividade com a AI.
Um dos principais desafios é criar modelos responsáveis, ou seja, que mantenham a ética no que compete ao gênero, raça e situação social. Para isso, importa estar a par das motivações de cada ação dos algoritmos, elas precisam ser minuciosamente explicáveis.
Se sabe que existe uma grande lacuna quando se fala de Inteligencia Artificial na saúde, é como se estivéssemos engatinhando. Isso ocorre porque o ciclo de adoção à tecnologia é muito mais dilatado na saúde que no varejo, por exemplo, mas é certo que vamos avançar com o setor nos próximos anos, dizer que não é ingenuidade”, disse.
Segurança da informação e o dilema da privacidade
O painel Segurança da Informação e o Dilema da Privacidade também fez parte da programação do palco CIO SUMMIT e cotou com a participação de Danielle Florestano, diretora da Mastercard Cyber & Inteligence Solutions Mastercard Brasil; Hélio Matsumoto, diretor-executivo (TI, Digital e CAC) do Grupo Fleury; Renata Rothbarth, advogada especialista em Saúde Digital do escritório Mattos Filho; e Leandro Ribeiro, gerente de Segurança de Informação no Hospital Sírio Libanês.
Daniele Florestano iniciou o debate alertando a frequência crescente de ciberataques efetivos e tentativas pelo mundo, para ela o cenário apresenta a essencialidade da mitigação de riscos em todos os setores, especialmente na saúde, devido à manutenção de dados altamente sensíveis.
Um dos pontos destacados por Daniele foi a importância, sobretudo durante a pandemia e pós-pandemia, de investir em treinamento eficiente dos funcionários. “Eles são uma brecha de entrada, e um atacante sempre tenta entrar pelos caminhos mais fáceis”.
A diretora contou que a Mastercard realizou um parâmetro de segurança com o Datafolha em 5 segmentos diferentes, sendo saúde um deles, e apurou o seguinte:
81% dos entrevistados acha muito importante a cibersegurança na saúde;
58% das empresas sofrem ataques com média e alta frequência;
70% das empresas não fizeram simulação de ataque nos seus sistemas, nos últimos 3 meses;
e apenas 23% das empresas de saúde têm uma área de cibersegurança realmente estruturada.
Para ela, os dados levantados só comprovam a carência do mercado.
Hélio Matsumoto, falou em seguida sobre os desafios para prevenção dos ciberataques. “A educação em cibersegurança é um desafio, não adianta contratar as melhores ferramentas e plataformas do mercado, as melhores empresas e monitorar tudo, se alguém da sua operação, lá na ponta, anotar a senha do servidor em um post-it e colar no monitor’, enfatizou.
Indo além, Hélio destaca a importância de uma gestão estratégica e ágil. O profissional observa um comportamento comum das empresas após sofrer um ciberataque, de contratar pacotes de segurança e consultorias especializadas. Ações que causam uma falsa sensação de segurança, visto que tais ferramentas apenas emitem alerta de que algo está errado, “mas se nada for feito com esse dado e o erro não for corrigido, é provável que ele se torne o ponto de partida para um novo ataque”.
O diretor-executivo diz ainda que é preciso fazer um balanço entre a quantidade de informações de segurança versus a capacidade da empresa de responder a eles. Apontando as tecnologias como grandes ferramentas para auxiliar nesse processo de identificação e definição, se o aspecto levantado solicita uma ação ou não.
Por fim, ressalta a alta probabilidade de que um ataque aconteça, dai a necessidade de ter capacidade de resposta, o que engloba os investimentos em automação de ambientes. “Se destruírem tudo, quanto tempo você vai demorar para colocar a casa no lugar? É importante focar também na resposta caso haja o ataque e não apenas na prevenção”, conclui.
O gerente de Segurança de Informação, Leandro Ribeiro, complementa destacando que empresas podem deixar de existir após ataques, reforçando a importância da conscientização entre as pessoas, de que segurança de informação é crucial. “Ações simples como trocar as senhas e usar fator de autenticação fazem a diferença.”
Leandro também falou sobre a primazia da visibilidade, “Saiba tudo o que ocorre na empresa, tenha ideia do perímetro, quais são os dispositivos médicos, quantos são, quais as vulnerabilidades, se estão atualizados e tenha certeza que não há brechas.
A gestão de riscos, o envolvimento das pessoas e a visibilidade do negócio são fatores essenciais para estratégia de informação” disse.
Para leandro, o mais urgente é cuidar do backup, criptografar os dados e se certificar que tudo será recuperado em tempo hábil. Além disso, o fator humano também é fundamental, todos precisam estar treinados e prontos para reagir. “Como cada time atua? Como o time de marketing vai comunicar o mercado de que houve um ataque, por exemplo?”
No mais, quando se trata de inteligência cibernética, é importante ter por perto especialistas antenados e a capacidade de aprender com a dor dos outros.
Atenção Primária na Saúde Suplementar torna mesmo o setor mais sustentável?
Por fim, o SindHosp presenciou o debate sobre atenção primária e sustentabilidade, que reuniu Luis Fernando Rolim Sampaio, superintendente de Provimentos Saúde na Unimed Seguros; Vitor Asseituno Morais, presidente da Sami; Ícaro Vilar, CEO da AmorSaúde; e Luciane Oliveira da Silva Infanti, sócia EY para América Latina, moderadora do encontro no palco Estratégia de Negócios.
A atenção primaria pode ser o principal instrumento de sustentabilidade e qualificação de cada indivíduo que demanda algum nível de assistência, introduziu Luciane e passou a palavra a Rolim Sampaio.
Dando início ao bate-papo, o superintendente da Unimed Seguros, disse que visualiza a atenção primaria como uma questão crucial para organização e sustentabilidade do sistema, por otimizar os fluxos e a entrega de serviços e de resultados para a saúde suplementar. “As iniciativas, porém, precisam ser escaláveis para aumentar o número de prestadores, com vistas na redução dos preços”, disse.
Vitor Asseituno Morais, presidente da Sami, também reconhece o potencial da AP na construção de um sistema suplementar mais sustentável. “Se a gente focar só em cuidar da pessoa quando ela fica doente, estamos enxugando gelo na ponta do iceberg sem entender o todo”.
Segundo Vitor, é preciso focar no começo de tudo, trazer o indivíduo pro centro e entender o comportamento dele, como hábitos alimentares e estilo de vida.
“Há uma frase que diz: tudo que não está conectado tende a virar curiosidade ou desperdício. O problema é que na saúde nada está conectado, então tudo tende a virar exame repetido, diagnóstico menos assertivo, tratamento incorreto e visões parciais de um paciente que é único. E é isso que a gente tenta mudar com uma operação digital”, enfatizou.
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O SindHosp convida toda a categoria da saúde a participar do webinar gratuito Metodologia Ágil Scrum e LGPD: Acelerando a Implantação da Lei. O encontro acontece na primeira semana de outubro, em 06/10, das 15h às 16h30, via plataforma da Hospitalar Hub. Para integrar o diálogo, é necessário efetuar inscrição previamente.
Ágil Scrum é um método aplicado em gestão dinâmica de projetos que preza pela formação estratégica de equipes, definindo entregas para um curto espaço de tempo.
Ele permite controlar as atividades de modo eficaz e eficiente, o que potencializa times que atuam conjuntamente para alcançar um fim específico.
Neste próximo webinar, serão explanadas as experiências e resultados alcançados na implantação da LGPD nos serviços de saúde, fazendo uso dessa metodologia.
Palestrante
Fernannda Tedesco, gerente de TI e Qualidade | DPO – SMH Sociedade Médico Hospitalar, é a palestrante convidada a apresentar o tema.
Tedesco é enfermeira e pós-graduanda em LGPD pela Faculdade Legale; cursou Extensão em LGPD, Segurança de Dados e Responsabilidade Digital na PUCRS; é certificada em LGPD Foundation pela ITCERTS; membro ANPPD®️ e consultora em Gestão Hospitalar e LGPD pela FDFT Consultoria.
O evento conta com o apoio institucional do GRUPO IBESe será mediado por Paula Camargo, gerente de Inteligência e Conteúdo do SindHosp.
Roteiro
Segue roteiro do encontro:
15h às 15h05: breve resumo do objetivo e apresentação da palestrante;
15h05 às 16h: conteúdo;
16h: tempo destinado às perguntas;
16h30: encerramento.
Tópicos a discutir
O conteúdo está subdividido nos seguintes tópicos:
Definição de Scrum e LGPD;
Formação de equipe;
Agilidade na entrega;
Conscientização sobre a importância da LGPD;
Resultados alcançados com a utilização da metodologia Scrum.
Inscrições
As inscrições podem ser realizadas no site do SindHosp, aba eventos, até às 10h do dia 06 de outubro, entretanto, as vagas são limitadas.Acesse aqui e garanta a sua participação.
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Quais são as propostas do futuro governo brasileiro para a saúde?
É com vistas a encontrar respostas para tal questão que o SindHosp promove, no próximo dia 27 de setembro, um encontro presencial com os assessores de saúde dos candidatos à presidência, intitulado de Diálogo com Assessores de Saúde dos Presidenciáveis.
O diálogo terá início às 9h, no prédio sede da FIESP, localizado na Avenida Paulista, Nº 1313, 5º andar | Espaço nobre.
Uma iniciativa colaborativa, que conta com as parcerias da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Associação Médica Brasileira (AMB) e com Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo).
Participam da sabatina Nelson Marconi, pelo candidato Ciro Gomes (PDT); João Gabbardo, pela candidata Simone Tebet (MDB) e o senador Humberto Costa, representando o candidato Lula (PT).
O SindHosp apoia e integra com prazer quaisquer diálogos que promovam o conhecimento, esclarecimentos e a democracia em saúde.
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Em parceria com o jornal Folha de S. Paulo e apoio da Janssen Brasil, o SindHosp realizou, em 20 de setembro, no Museu da Imagem e do Som (MIS), na Capital paulista, o Seminário Proposta Saúde São Paulo.
O evento reuniu os responsáveis pela plataforma de saúde dos três principais candidatos ao Governo do Estado de São Paulo para debater as propostas apresentadas nessa iniciativa do SindHosp.
O seminário também marcou o lançamento da edição ampliada da Proposta Saúde São Paulo, que você pode ter acesso clicando aqui.
O ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha, participou representando o candidato Fernando Haddad (PT); o secretário de Estado de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento de São Paulo, Davi Uip, representou o candidato e atual governador Rodrigo Garcia (PSDB); e o deputado federal e ex-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Eleuses Paiva, foi o representante da candidatura de Tarcísio Freitas (Republicanos). O debate foi mediado pela jornalista da Folha de S. Paulo, Cláudia Collucci.
O evento contou, ainda, com a participação do presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, e da diretora de Assuntos Estratégicos da Janssen Brasil, Gabriela Almeida. Cerca de 150 lideranças, empresários, gestores, jornalistas e agentes políticos acompanharam presencialmente o debate, que ainda reuniu centenas de profissionais em transmissão ao vivo e on-line.
Objetivos
Na abertura do evento, o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, apresentou aos participantes os objetivos da Proposta Saúde São Paulo: construir uma agenda de curto, médio e longo prazo para saúde dos paulistas; aumentar o acesso à saúde e proporcionar uma rede assistencial mais qualificada e ampla; fortalecer a capacidade de respostas às demandas e garantir a sustentabilidade; e potencializar sinergias entre os setores público e privado.
“Importante ressaltar que essa não é uma proposta do SindHosp, mas o resultado de um trabalho de 15 meses e que envolveu cerca de 150 lideranças, agentes políticos, associações de pacientes, órgãos de classe, indústria e prestadores de serviços que atuam tanto no setor público quanto no privado”, frisou Balestrin.
A diretora de Assuntos Estratégicos da Janssen Brasil, Gabriela Almeida, afirmou que a empresa atua há 89 anos no país e investe pesado em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), algo em torno de US$ 12 bilhões por ano.
“Nosso compromisso com a saúde está na inovação. Acreditamos na Proposta Saúde São Paulo porque ela é colaborativa e aposta na inovação como caminho para acelerar processos”, adiantou Gabriela Almeida. A Janssen Brasil foi uma das apoiadoras do seminário.
Debate
Os representantes dos candidatos ao Governo de São Paulo tiveram cinco minutos iniciais para apresentar algumas iniciativas que, se eleitos, Fernando Haddad (PT), Rodrigo Garcia (PSDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretendem implementar.
O ex-ministro da Saúde e representante do candidato petista, Alexandre Padilha, ressaltou que um maior acesso do cidadão aos serviços exige forte integração da atenção primária com outros níveis assistenciais e que o papel da Secretaria de Estado da Saúde (SES) é fundamental para que isso ocorra. Padilha ainda destacou como prioridade de uma eventual gestão do PT o investimento em saúde digital e o fortalecimento do complexo industrial e econômico do setor. “A reindustrialização do Estado pode começar pela Saúde”, acredita.
Representando Tarcísio de Freitas, o deputado federal e ex-presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), Eleuses Paiva, disse que o programa do Republicanos para a Saúde paulista está centrado em dois objetivos: ampliação do acesso sustentável aos serviços e que isso ocorra com qualidade, resolutividade e eficiência.
Das 13 propostas principais trazidas pela candidatura de Tarcísio de Freitas para a Saúde, Eleuses Paiva destacou na sua fala inicial o investimento em saúde digital e inovação, a Atenção Primária à Saúde (APS) como porta de entrada do sistema e a necessidade de rever a tabela do SUS, que está defasada.
“A maioria das santas casas e hospitais filantrópicos está à beira da falência. Se não reajustarmos os valores do SUS em seis ou sete meses haverá um colapso na assistência”, defendeu.
O secretário de Ciência, Pesquisa e Desenvolvimento em Saúde do Estado de São Paulo, David Uip, representou o atual governador e candidato Rodrigo Garcia. Segundo ele, a revolução tecnológica e de inovação já começou em São Paulo.
“Temos 103 hospitais públicos estaduais, 62 AMES – Ambulatórios Médicos de Especialidades, 40 farmácias de alto custo e um orçamento estadual de R$ 30 bilhões por ano. Desse total, apena R$ 6 bi vêm do governo federal”, frisou Uip.
Sobre esse tema – financiamento da Saúde, a jornalista da Folha, Cláudia Collucci, lembrou que os Estados têm que investir pelo menos 12% da sua receita em Saúde e, os Municípios, 15%.
E questionou os participantes se esse percentual será cumprido, caso o candidato que representam seja eleito. Todos, sem exceção, afirmaram que cumprirão o que determina a lei em um eventual governo.
Collucci também perguntou como o próximo governo pretende, objetivamente, integrar a atenção básica com a média e alta complexidade, reduzindo as filas. David Uip defendeu revisão da tabela SUS para que o valor repassado pela União aumente.
Já Padilha e Paiva acreditam que a solução passa por uma gestão conjunta da atenção básica entre Estado e Municípios.
Os três debatedores concordaram em outros dois temas: que a lei 14.434, que instituiu piso salarial nacional para os profissionais de enfermagem, deve ser cumprida e que a saúde digital será uma das prioridades do governo eleito. Para fortalecer o complexo econômico industrial da saúde, Eleuses Paiva afirmou que Tarcísio de Freitas pretende transformar São Paulo no maior polo industrial da América Latina.
Alexandre Padilha defendeu que o Estado precisa ter um sistema tributário que estimule as indústrias a permanecerem aqui e David Uip lembrou que o Produto Interno Bruto paulista cresceu, nos últimos anos, cinco vezes mais que o PIB nacional, o que mostra a pujança do Estado, além de reforçar que a revolução tecnológica já está acontecendo.
No final do evento, Francisco Balestrin entregou aos participantes do debate um exemplar da versão ampliada da Proposta Saúde São Paulo, que você pode ter acesso na íntegra clicando aqui.
Neste mês de setembro, dedicado à promoção da saúde mental e prevenção ao suicídio, uma pesquisa do Instituto Datafolhaconstatou que metade dos brasileiros afirmam que eles mesmos ou alguém da família já passou por extremo esgotamento mental, o qual não cessava mesmo após um dia de descanso.
A pesquisa, intitulada de Saúde Mental dos Brasileiros 2022, ouviu pessoas em 130 municípios e contou com mais de 2 mil respondentes, entre 2 e 13 de agosto de 2022.
Cerca de 53% dos participantes disseram que passaram ou convivem com alguém que passou por um “período de cansaço e desequilíbrio emocional extremos, seguidos de uma sensação de desgaste físico e mental que perdurou por mais de um dia”.
Dentre os pontos destacados na apuração, está a predominância de jovens entre 16 e 24 anos (63%) e do gênero feminino (57%) em situação de estresse e cansaço recorrente e o impacto negativo do uso indiscriminado das redes sociais na saúde mental.
Essa pesquisa do Datafolha integra a Campanha “Bem Me Quer, Bem Me Quero: Cuidar da Saúde Mental é um Exercício Diário”, atinente ao Setembro Amarelo, realizada pela Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (Abrata).
Impactos da Covid-19 na saúde mental dos brasileiros
A pandemia de Covid-19 desponta como um dos principais gatilhos que justificam os altos índices, inclusive entre os profissionais da saúde. Em janeiro deste ano, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) divulgou um estudo liderado pela Universidade do Chile e Universidade da Columbia (nos Estados Unidos) apontando que cerca de 14,7% e 22% dos trabalhadores de saúde entrevistados em 2020 apresentaram sintomas que levaram à suspeita de um episódio depressivo.
Ainda segundo a pesquisa do Datafolha, hoje, 34% dos brasileiros declaram ter passado por problemas psicológicos durante a pandemia de Covid-19.
O número no ano passado chegou a 44%, e os motivos da queda estão certamente ligados à percepção de atenuação da pandemia e melhora na esfera econômica, entretanto, ainda estamos falando de um terço da população do país.
Sinais do sofrimento emocional
O SindHosp acredita que agir ao menor sinal de sofrimento emocional é uma postura necessária e eficaz para salvar vidas, por isso, convida a um exercício de percepção e ação contra a depressão.
OMinistério da Saúde está promovendo a campanha “Você importa. Escolha a vida!” na qual elenca os principais sinais e frases de alerta e orienta como iniciar uma conversa com pessoas em situação de risco.
São sinais listados pelo MS:
– Publicações das redes sociais com conteúdo negativista ou participação em grupos virtuais que incentivem o suicídio ou outros comportamentos associados;
– Isolamento e distanciamento da família, dos amigos e dos grupos sociais, particularmente importante se a pessoa apresentava uma vida social ativa;
– Atitudes perigosas que não necessariamente podem estar associadas ao desejo de morte e atitudes para-suicidas (dirigir perigosamente, beber descontroladamente, brigas constantes, agressividade, impulsividade, etc.);
– Forma desinteressada como a pessoa está lidando com algum evento estressor (acidente, desemprego, falência, separação dos pais, morte de alguém querido);
– Despedidas (“acho que no próximo natal não estarei aqui com vocês”, ligações com conotação de despedida, distribuir os bens pessoais);
– Colocar os assuntos em ordem, fazer um testamento, dar ou devolver os bens;
– Queixas contínuas de sintomas como desconforto, angustia, falta de prazer ou sentido de vida e, finalmente;
– Qualquer doença psiquiátrica não tratada (quadros psicóticos, transtornos alimentares e os transtornos afetivos de humor).
Frases de alerta
– “Tenho vontade de dormir e não acordar mais”;
– “Sou um peso para as outras pessoas”;
– “Estou cansado e sem razão de viver”;
– “Não há mais prazer em se viver”;
– “Tudo seria mais fácil se eu não existisse”;
– “Sou um fracasso”;
– “Essa é a última chance”;
– “Não sou amado ou querido por ninguém”;
– “Eu não estarei aqui no próximo ano”.
Clique aqui e fique a par das demais orientações da campanha.
Onde procurar ajuda
Se notar qualquer sinal de sofrimento mental entre colegas de trabalho, amigos ou familiares, não ignore! Inicie uma conversa e procure ajudar. Caso esteja passando por momentos difíceis, saiba que você não está sozinho, peça ajuda:
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde);
UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais;
Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita).
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Com o intuito de elucidar as entidades de saúde e auxiliar na comunicação interna e externa, o SindHosp convidou dois experts do mercado para um encontro virtual e gratuito, direcionado aos profissionais e gestores da saúde. A saber: Flávio Schmidt, consultor em Relações-públicas, Governamentais e Gestão de Riscos, e José Carlos Mattos, jornalista e consultor especializado em Comunicação Corporativa.
O Webinar Comunicação & Saúde: Estratégias de Sucesso para os Prestadores de Serviços aconteceu em 13 de setembro e contou com mais de 100 inscritos. As discussões foram fundamentadas em situações reais e corriqueiras nos hospitais, clínicas e maioria das empresas da saúde, explanadas em dois painéis:
A necessidade de uma estratégia de comunicação para os prestadores de serviço de saúde;
Como anda a comunicação da sua empresa após a pandemia?
Continue a leitura e saiba quais foram os pontos-chave apresentados pelos profissionais.
A necessidade de uma estratégia de comunicação para os prestadores de serviço de saúde
Comunicação é, por definição, o ato de emitir e receber mensagens, entretanto, a comunicação corporativa vai além, está relacionada à mensagem institucional da marca, dentro e fora da empresa, e envolve vários tipos de públicos; a exemplo de mercado, clientes, parceiros de clientes, investidores, analistas, etc.
Neste painel, José Carlos Mattos esclareceu que essa comunicação está presente em todas as empresas e tem caráter transversal, isso significa que seja qual for o segmento, a comunicação corporativa sempre será importante para o mercado que deseja avanço e relacionamento com os clientes.
Afinal, estamos vivendo uma era em que as relações são ferramentas indispensáveis para efetivação de vendas de produtos e serviços, especialmente os de assistência à saúde.
Antes de vender, a empresa precisa conquistar o respeito e a credibilidade da sociedade, e “é a comunicação estratégica que exerce esse papel”.
Sendo assim, fica claro o seu potencial decisivo para o sucesso das finanças de um negócio, visto que é um comportamento comum que os consumidores comprem ou contratem serviços das empresas que melhor apresentam seus conceitos, mesmo que custe mais caro.
Entretanto, os benefícios de se comunicar bem ultrapassa esse campo, uma boa comunicação pode proporcionar muito mais aos negócios, como a facilidade em realizar parcerias, atrair e reter talentos. Mas para isso, o mundo solicita mais que ser bom, é preciso parecer bom.
No caso das empresas de saúde, espera-se que a comunicação transmita confiabilidade, compromisso e segurança aos pacientes. Tão logo, é preciso que contem suas histórias, valores, visões e os métodos que fundamentam suas ações, nos diversos canais digitais com produção de conteúdo estratégica, estudo de público e endomarketing; cuidando para que os envolvidos com a empresa estejam alinhados aos conceitos.
O jornalista enfatiza ainda a importância de que membros da diretoria estejam mais próximos do setor de comunicação, tendo livre acesso e contato frequente com essa esfera para que a mensagem transmitida seja a mais fidedigna possível.
Isso vai assegurar a eficácia de cada ponto de contato e evitar discrepâncias ou distorção da mensagem a ser transmitida. Um cuidado valioso e que não deve ser menosprezado, afinal, “basta um descuido, equívoco ou erro para que o trabalho de reputação construído por décadas se perca em segundos, reduzindo a nada a credibilidade da instituição”.
Como anda a comunicação da sua empresa pós-pandemia?
Este foi o segundo e último painel do webinar, no qual se discutiu a importância de as empresas considerarem as mudanças de comportamento e modo de pensar da sociedade, após passar pela maior crise sanitária dos últimos 100 anos, a pandemia de Covid-19, e inovar na comunicação corporativa; além de estarem preparadas para os próximos desafios.
Fase para os gestores se dedicarem às estratégias tanto para a comunicação institucional quanto para a gestão de riscos, pois é imprescindível que ambas estejam associadas para evitar problemas. Isso engloba visão estratégica, análise dos públicos e a criação de planos de ação.
Segundo Flávio, as empresas que se limitam às estratégias de imprensa e de redes sociais, as quais não deixam de ser peças fundamentais, podem ter problemas de relacionamento. “Esse novo momento solicita um aprofundamento voltado para os públicos de modo individual e personalizado, a fim de construir uma unidade de percepção de qualidade, relevância e conceito”.
3 passos para elaborar um plano de comunicação eficaz
O consultor elenca três ações para criar um relacionamento mais aprofundado com as pessoas e se comunicar de modo eficaz, são eles:
análise do contexto e estudo de perfil de públicos;
posicionamento e mensagem estratégica;
planos de comunicação.
Para entender melhor como colocar em prática cada um dos passos, assista ao webinar, já disponível no YouTube do SindHosp:
Gestão de riscos: uma gestão estratégica
Quanto a gestão de crises, Flávio salienta: “a melhor estratégia de gestão de crise é a gestão de riscos”. E a primeira coisa a fazer para gerir esses riscos é conhecê-los, quando se conhece os riscos, é possível agir para reduzi-los ou mesmo eliminá-los, disse.
Schmidt destaca ainda que a gestão de riscos é parte inseparável do processo de planejamento da comunicação de instituições de saúde, devido à função social e propósitos dessas empresas, com atividades tão fundamentais para a sociedade.
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