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Breno Monteiro fala dos 30 anos da CNSaúde e dos desafios do setor

Dando sequência à série “Papo da Saúde – Especial Hospitalar”, o presidente da Fehoesp e do SindHosp, Francisco Balestrin, conversou com o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro, que falou sobre o papel de sindicatos patronais, federações e, no topo da cadeia, uma confederação para um setor tão vital para o país como o da saúde. Assista à integra da entrevista clicando aqui.

Entidade de terceiro grau do setor da saúde, a CNSaúde acaba de completar 30 anos de existência. Assim como outros segmentos têm seus entes representativos, como a Indústria (CNI), o Comércio (CNC), o Transporte (CNT) e o Agronegócio (CNA), a Saúde também constituiu o seu, nos anos 1990. “Temos um papel fundamental na geração de emprego, somos o terceiro maior empregador do país, e uma importante participação no PIB do Brasil”, destacou Monteiro. “Embaixo da CNSaúde temos oito federações, incluindo a Fehoesp, de São Paulo, que reponde por pelo menos 40% de leitos e empregos da saúde no país”.   

Representação constitucional

Segundo Breno Monteiro, a CNSaúde representa 430 mil empresas privadas de saúde. Ele explica que sindicatos patronais, federações e confederações têm um poder constitucional mais amplo do que associações. “Em assembleias, convenções coletivas e ações judiciais, representamos o conjunto de empresas que compõem o setor da saúde, indiscriminadamente, enquanto uma associação representa tão somente organizações a ela vinculadas. Por exemplo, quando entramos com um Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal, estamos advogando em nome de cada um dos estabelecimentos privados de saúde do país”, explica o presidente da CNSaúde.

Para o presidente da CNSaúde, o principal argumento para justificar contribuições para os sindicatos, tanto patronais como laborais, está no benefício em torno de acordos coletivos. “Cerca de 50% dos custos das empresas de saúde estão associados à folha de pagamento, ou seja, as negociações que antecedem convenções coletivas e dissídios fazem diferença para quem paga e para quem recebe”, enfatizou Monteiro.

“Nos últimos quatro anos, o setor privado de saúde gerou, em média, por ano, mais de 100 mil postos de trabalho no Brasil, sendo 70% de mulheres, com ampla inserção de jovens de 18 a 24 anos no mercado, e mais de 50% de pessoas com nível universitário”

Breno Monteiro, presidente da CNSaúde
Prioridades

Entre as prioridades de sua gestão à frente da CNSaúde, Breno Monteiro destacou a atuação em Brasília, mais especificamente no Congresso Nacional. “Temos uma Frente Nacional de Serviços de Saúde, que tem um papel importante na defesa dos interesses dos diversos agentes da saúde. Lutamos pela desoneração do setor da saúde pela sua importância, criticando algumas distorções da lei”, disse Monteiro.

Outra prioridade é a criação de um Sistema S para a Saúde. “As empresas de saúde já recolhem via INSS um percentual do que arrecadam para o Sistema S do Comércio. Mas Saúde não é Comércio. Pleiteamos um direcionamento desses recursos para uma estrutura de ensino que já existe na área da saúde”, acrescentou Breno Monteiro.

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SindHosp monta estúdio em seu estande e leva ‘Papo da Saúde’ para Hospitalar 2024

O SindHosp montou um estúdio em seu estande da Hospitalar e realizou a série “Papo da Saúde Especial Hospitalar 2024”. No primeiro episódio, a diretora-executiva do Sindicato, Larissa Eloi, entrevistou os sócios da Capitale Holding, Guilherme Beltrami e Sérgio Reiter. Os convidados discutiram diversos temas relevantes, incluindo parcerias estratégicas no setor da saúde, empreendedorismo médico e questões financeiras do setor. Clique aqui para assistir à íntegra da entrevista.

Para Sérgio Reiter, existem muitos gaps no mercado da saúde. “Pequenas mudanças podem ter um impacto significativo. Enxergamos a saúde como um ecossistema”, disse o empreendedor. “Os médicos e profissionais de saúde entendem de finança, mas são ocupados. Temos soluções financeiras para simplificar a vida do profissional de saúde, como o pagamento imediato, que antecipa recebíveis”, acrescentou Guilherme Beltrami.

A Capitale e o SindHosp vão trabalhar em parceria para estender soluções a hospitais, clínicas e laboratórios. “O SindHosp tem um mapeamento realmente completo das necessidades do setor. A gente vê diversas oportunidades em todo esse ecossistema”, revelou Sérgio Reiter. “Vamos plugar nossa plataforma nesse ecossistema e assumir fluxos de procedimentos de alta rentabilidade, como cirurgias, fazendo o pagamento imediato, ficando com todo o risco”.

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Superintendente do IESS, José Cechin aponta rumos da saúde suplementar

O engenheiro eletrônico José Cechin teve uma participação decisiva nos rumos macroeconômicos do Brasil ao participar da formulação do Plano Real e da Reforma da Previdência, ainda nos anos 1990. Hoje, o ex-ministro da Previdência Social é superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Complementar (IESS), entidade que ajudou a criar em 2006 e se tornou referência para as operadoras de planos de saúde. Ele participou do videocast “Papo da Saúde” e falou sobre os desafios do setor em entrevista a Francisco Balestrin, presidente da Fehoesp e do SindHosp, e Luiz Fernando Ferrari Neto, presidente do Conselho Fiscal do SindHosp. Clique aqui para assistir à íntegra da conversa.

Estudos de Saúde Suplementar

Formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e com mestrado na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, Cechin explica que o IESS tem por objetivo promover e realizar estudos de aspectos conceituais e técnicos que sirvam de embasamento para implementação de políticas e introdução de melhores práticas voltadas para a saúde suplementar. “Nosso papel é ajudar a aperfeiçoar o sistema de saúde suplementar. O sistema tem de ser equilibrado, voltado não só para as pessoas, mas, também, permitindo os negócios. É preciso que haja sustentabilidade financeira”, opinou José Cechin.

O entrevistado do Papo da Saúde explicou que o IESS não é a linha de frente das operadoras de planos de saúde, como ocorre com outras entidades. “Na verdade, ficamos na retaguarda, fornecendo insumos, análises e avaliações. A ideia é que as operadoras tenham um diálogo mais fluido e aperfeiçoem sua atuação”, revelou Cechin. “Além disso, é difícil de se entender o funcionamento de um plano de saúde. Por isso também temos uma atuação na área da comunicação social, procurando explicar a lógica do mutualismo e as questões que envolvem as relações com os beneficiários”.   

Espectro autista e desperdício

Durante o bate-papo, José Cechin abordou a polêmica em torno de pessoas com espectro autista envolvendo os planos de saúde. Segundo ele, houve um mal-entendido ao se tratar do tema. “Muitos consideraram que o setor de saúde suplementar estaria buscando formas de não dar a atenção necessária para as pessoas com espectro autista. Mas não era essa a intenção, nem a discussão”, ponderou Cechin. “O que aconteceu é que houve uma explosão de casos de transtornos mentais, sobretudo durante a pandemia, incluindo os de pessoas com espectro autista, e identificamos um aumento expressivo de atendimentos de profissionais de nível superior não médicos. Para se ter uma ideia, o número de diagnósticos cresceu exponencialmente nos últimos anos e registramos casos em que uma criança permanecia em terapia 60 horas por semana, o que representa um custo alto para o sistema. A discussão sempre foi sobre a real necessidade terapêutica dos pacientes, procurando evitar abusos, fraudes e desperdícios”.

Para o executivo do IESS, o debate em torno de desperdícios é complexo, uma vez que as opiniões médicas podem variar diante de um mesmo caso e é bastante difícil predizer um desfecho com plena segurança. “É diferente das fraudes, que são condenáveis, mesmo que existam inúmeras modalidades. Como julgar se um exame não é necessário? É muito difícil tipificar desperdício. Sabe-se que existe, sabe-se que é volumoso, mas como resolver isso? Talvez a inteligência artificial ajude, não dando respostas, mas sendo um poderoso instrumento para os profissionais, formulando hipóteses, estabelecendo conexões ou sugerindo alternativas”, sustentou José Cechin.  

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O papel dos secretários municipais da Saúde para o ex-ministro Chioro

No quarto episódio da série “Especial – Legados na Saúde”, o videocast Papo da Saúde recebeu o médico sanitarista Arthur Chioro na sede do SindHosp, em São Paulo. Ministro da Saúde entre 2014 e 2015, durante o governo Dilma Rousseff, o convidado do programa foi entrevistado por Francisco Balestrin, presidente da Fehoesp e do SindHosp, e Ruy Baumer, vice-presidente da ComSaude FIESP. Arthur Chioro falou sobre sua trajetória profissional até se tornar Ministério da Saúde e destacou os desafios políticos ao lidar com a saúde pública no Brasil. A íntegra da entrevista pode ser vista no canal oficial do SindHosp no YouTub, clique aqui para assistir.

Natural de Santos, no Litoral Sul de São Paulo, Arthur Chioro se graduou em Medicina pela Fundação Educacional Serra dos Órgãos, em 1986, com Residência em Medicina Preventiva e Social pela Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), em 1988, antes de se tornar Mestre em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Doutor em Ciências pelo Programa de Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), ambos em 2011. Como político, ele foi secretário municipal de saúde de São Vicente (1993-1996) e São Bernardo do Campo (2009-2014), além de presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo (Cosems-SP) por três mandatos e diretor do Departamento de Atenção Especializada do Ministério da Saúde (2003-2005).

Saúde pública

“Sempre quis trabalhar com a saúde pública. Eu queria ser um sanitarista. Era uma decisão que foi amadurecendo ao longo da minha trajetória. Sempre gostei de clínica. Cheguei a dar plantão em terapia intensiva. Dei plantão minha vida inteira. Sou médico plantonista até hoje na área de controle de intoxicações e mantive sempre um pezinho para não perder a dimensão da clínica”, revelou o entrevistado. “Mas a minha paixão sempre foi a saúde pública e eu fiz uma opção de me especializar na área da saúde, da medicina preventiva, na área da saúde coletiva, na área de política, planejamento e gestão. Então, já no meu R2, queria trabalhar com administração em planejamento de saúde”.

Arthur Chioro teve experiências em secretarias de Saúde de Botucatu, Santos e São Vicente e explicou o que novos secretários terão de fazer para garantir uma boa gestão. “A primeira coisa é entender que ser gestor no município significa assumir uma função que tem uma dupla dimensão. A dimensão política. O secretário representa o prefeito, e representa um projeto político específico”, enfatizou o ex-ministro. “Mas tem uma dimensão indissociável, que é técnica. Ele representa aquele município nas instâncias do SUS, junto a outros secretários, ao Ministério da Saúde e à Câmara de Vereadores. E precisa colocar em prática os princípios constitucionais que o SUS defende. Ou seja, não basta ser um excelente vereador, um ótimo cirurgião, um enfermeiro muito querido na cidade… é preciso compreender toda complexa dinâmica de gestão do Sistema Único de Saúde”.

Regionalização

“Mais de 70% dos municípios têm menos de 20 mil habitantes, ou seja, não conseguem oferecer um cuidado integral a seus moradores”

Arthur Chioro

O médico Arthur Chioro chama a atenção para o fato de que mais de 70% dos municípios têm menos de 20 mil habitantes, ou seja, não conseguem oferecer um cuidado integral a seus moradores. “Então, ser secretário municipal é o tempo inteiro costurar, fazer política com as diferentes instâncias do poder, administrar o conjunto de trabalhadores e trabalhadoras, tanto aqueles que fazem parte da rede básica como os que pertencem à rede hospitalar, ao setor especializado e à vigilância, incluindo a gestão financeira e investimento em capacitação técnica”, ressalta Chioro.

Para o entrevistado do “Papo da Saúde”, o conceito de regionalização ganha força no Brasil, prevendo que o conjunto dos serviços de saúde possa ser expandido para uma área composta por vários municípios e, não, tudo em uma mesma cidade. “É um conceito da Constituição. Não há no mundo um sistema de saúde que garanta tudo num único local. Itália, Reino Unido, França, Portugal, Canadá, países escandinavos… todos estes países trabalham com a dimensão de regionalização, que nem é uma ideia nova”, sustenta Arthur Chioro.

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Ex-ministro Marcelo Queiroga defende saúde digital e fala sobre eleições municipais

No terceiro episódio da série “Especial – Legados na Saúde” do videocast Papo da Saúde, o SindHosp recebeu em sua sede o médico cardiologista Marcelo Queiroga, ministro da Saúde entre 2021 e 2022, durante o governo Jair Bolsonaro. Ele foi entrevistado por Francisco Balestrin, presidente da Fehoesp e do SindHosp, e Giovanni Cerri, presidente do Instituto Coalizão Saúde. Marcelo Queiroga falou sobre o período em que comandou a pasta da Saúde no país, ainda durante a pandemia, e pôde contribuir com suas impressões e opiniões para as discussões em torno das eleições municipais em 2024. Clique aqui e assista à íntegra da entrevista no canal oficial do SindHosp no YouTube.  

Médico formado em 1988 pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Marcelo Queiroga se tornou cardiologista depois de realizar residência no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro, nos anos 1990. Era presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) quando assumiu como ministro, em plena pandemia de Covid-19, ocupando o posto no lugar do general Eduardo Pazuello.

Constituição de 1988

Durante a entrevista concedida ao SindHosp, o ex-ministro disse nunca ter imaginado que exerceria o maior cargo da saúde pública no Brasil, muito menos em uma época tão difícil. “No dia 14 de março de 2021, recebi essa honrosa missão. Eu estava em um plantão noturno, em uma urgência cardiológica”, lembrou Queiroga. “O SUS é a grande trincheira de luta da saúde pública brasileira. Eu me formei no ano em que foi promulgada a Constituição de 1988, a chamada Constituição Cidadã, colocando o cidadão e a dignidade humana como prioridades. Não há dignidade sem a saúde como um direito fundamental”.

Inteligência artificial

Para o convidado do Papo da Saúde, apesar dos avanços, o Brasil precisa mudar a política do sistema de saúde. “Não aplicamos da maneira correta os poucos recursos que temos. As Unidades Básicas de Saúde são o grande instrumento para mudar a saúde pública no Brasil. Temos de olhar para a saúde digital. Nós podemos ter unidades de saúde revolucionárias, com tecnologias disruptivas, que já começam a funcionar”, argumentou Queiroga.

Mesmo defendendo modelos de saúde digital, o ex-ministro sabe das dificuldade de lidar com novas tecnologias. “A tecnologia está superando nossa capacidade de entender suas implicações. Se considerarmos as capacidades de inteligência artificial e os dados massivos que estão sendo gerados, as implicações disso são verdadeiramente desafiadoras. Você tem que manter a humanidade, mesmo quando está tratando com tecnologia”, disse. “Quando se trata de inteligência artificial, não é o que a máquina sabe, é como ela aprende. A capacidade de aprender e se adaptar é o que realmente define a eficácia da inteligência artificial. Mas acho que a IA será extremamente útil em campos como a medicina, ajudando os médicos a diagnosticarem doenças mais rapidamente e com mais precisão acho”.

Eleições municipais

O médico cardiologista acredita que os futuros secretários de Saúde precisam ter conhecimento de saúde pública e o município tem de cuidar e dar atenção básica. Também defende a regionalização da saúde. “Não tem sentido municípios de médio porte querendo ter todos os equipamentos sofisticados da média e alta complexidade, quando podia haver na região um consórcio entre os municípios, de modo que cada um responda por uma ou mais especialidades”, sustentou Marcelo Queiroga. “O município tem de resolver a atenção básica, controlando a hipertensão arterial e o diabetes, estimulando a atividade física, o que nem sempre acontece”.

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Ex-ministro Mandetta conta bastidores do início da pandemia na série ‘Especial – Legados na Saúde’

Dando sequência à série “Especial – Legados na Saúde” do videocast Papo da Saúde, o SindHosp recebeu o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, que ocupou a pasta da Saúde durante o início do governo Jair Bolsonaro. Conversando com o presidente do SindHosp e da Fehoesp, Francisco Balestrin, e a diretora executiva do Colégio Brasileiro de Executivos em Saúde (CEBEX), Tacyra Valois, Mandetta contou como chegaram as primeiras informações sobre o que se transformaria na pandemia de Covid-19 e descreveu a escalada da crise sanitária no mundo até chegar ao Brasil. Também falou sobre o Sistema Único de Saúde (SUS) e o futuro dos medicamentos, “que serão produzidos de modo personalizado, de acordo com a genética de cada”. Sobre eleições, o ex-ministro traçou alguns dos principais desafios das cidades brasileiras. Para assistir à íntegra da entrevista, clique aqui.

Filho de pai médico e mãe professora, Mandetta se tornou ortopedista pediátrico e teve contato desde cedo com associações como APAE e Pestalozze: “Criança não nasceu para ter doença, nasceu para brincar”. Iniciou sua trajetória política como presidente da Confederação Nacional das Cooperativas Médicas (Unimed) em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde nasceu. Em 2005, foi convidado para ser secretário municipal da Saúde da capital sul-mato-grossense, permanecendo no cargo até 2010. De 2011 a 2019, foi deputado federal por dois mandatos, antes de ser convidado para ser ministro. “E eu só fiz uma pergunta: ‘Posso fazer montar uma equipe técnica? Pode. Não há restrições a nomes? Não. Então tá bom’. E montei uma equipe muito, muito boa, e muito unida”.

A pandemia

À frente da pasta da Saúde em 2019, Luiz Henrique Mandetta viu de perto o surgimento da pandemia de Covid-19. “Tudo começou com um ruído, de que havia uma pneumonia na China, causando algum tipo de patologia. Só que a China não havia dito nada, enquanto discussões já aconteciam ao redor do mundo entre epidemiologistas. Então, fomos os primeiros a questionar a Organização Mundial da Saúde via e-mail sobre o que estaria ocorrendo. Com o tempo, veio a confirmação de que havia um vírus novo causando uma pneumonia atípica, uma alerta para o mundo”, revelou Mandetta. “Logo em seguida, começamos a assistir a cenas de construção de hospitais e pessoal de roupa especial retendo pessoas dentro de casa na China”.

Segundo o ex-ministro, o primeiro problema depois do agravamento da crise sanitária na China não era tanto o vírus, mas, sim, o material de atendimento hospitalar. “Nossa preocupação era com luvas, agulhas, escalpes e esparadrapos. Sem isso, não tínhamos como garantir as operações de centros cirúrgicos. Além disso, ainda havia os medicamentos. A produção estava concentrada em países como a China e a Índia, e isso foi uma grande lição para o mundo. Os sistemas de saúde foram caindo um por um. Primeiro o Irã, depois Itália, depois França, Inglaterra… Vi cenas de enfermeiras com saco de lixo na cabeça porque não havia touca nem máscaras, e pessoal de saúde se contaminando e morrendo aos borbotões”.

Mandetta diz que o Brasil enfrentou a pandemia se valendo muito do seu Sistema Único de Saúde. “Naquele momento, ficaram claras suas fortalezas e fragilidades. E o SUS mostrou ser importante para todo mundo, inclusive classe média e ricos”, destacou o ex-ministro. “Para os secretários de Saúde que vão assumir em 2025, vale a pena ficar atentos a um fenômeno que observamos durante a pandemia. Reduzimos o número de exames diagnóstico, por exemplo, mamografia. Ou seja, é de se imaginar que tenhamos aumento de casos de câncer em estágios mais adiantados, talvez já com metástase. Na prática, vale checar indicadores de próstata, risco cardiovascular e assim por diante”.

Promoção e personalização

Para além da pandemia, Mandetta falou da importância de indicadores de saúde para os futuros governos municipais. “O indicador determina onde se está e aonde se quer ir, saber o estado das coisas na tua cidade e depois trabalhar muito com a promoção da saúde, uma consciência coletiva em saúde. Por exemplo, uma cidade com aparelhos de atividade física ao ar livre pode investir em recursos humanos de saúde para orientar as pessoas, medir pressão arterial e ajudá-las a se manter ativas, longe do sedentarismo. Quando as pessoas se sentem cuidadas, elas respondem bem às políticas públicas”.

Para o futuro, Mandetta acredita que a medicina caminha para a personalização do diagnóstico. “Assim como a roupa de alfaiate, as doenças serão personalizadas. Então, vão ver sua genética e fazer o medicamento para você, a terapia gênica para você. O mundo acelera muito isso. São coisas que vão acontecer nos próximos anos. A pandemia acelerou muitos métodos, diagnósticos, exames de sangue e assim por diante”, revelou o ex-ministro.

SindHosp no YouTube

Clique aqui e acompanhe as entrevistas do podcast “Papo da Saúde” na página oficial do SindHosp do YouTube.

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Série especial do ‘Papo da Saúde’ estreia com ex-ministro José Gomes Temporão

O videocast “Papo da Saúde” produzido pelo SindHosp estreou uma série especial de entrevistas com ex-ministros da Saúde. A ideia é que os convidados compartilhem experiências e falem sobre os desafios políticos diante das eleições municipais de 2024. No primeiro episódio do “Especial – Legados na Saúde”, Francisco Balestin, presidente do SindHosp e da Fehoesp, e Ahmad Youssef, vice-presidente da Fehoesp, conversaram com o médico sanitarista e pesquisador José Gomes Temporão, que foi ministro da Saúde entre 2007 e 2011, durante os quatro anos do segundo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Clique aqui e assista à íntegra da entrevista.

Cebes

Temporão começou sua atuação política dentro do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), ainda nos anos 1970, “quando cerca de 40 milhões de indigentes morriam sem atenção básica de saúde”. Segundo ele, já havia ali um movimento nacional de debates em torno de um novo sistema de saúde, mais equânime, que daria origem ao Sistema Único de Saúde, o SUS. “A gente combatia a ditadura e discutia saúde”, lembrou o ex-ministro.

Eleições

As eleições municipais devem colocar até 645 novos secretários de Saúde em cidades com realidades variadas. Desde a metrópole São Paulo, com milhões de habitantes, até pequenas cidades com 10 a 15 mil moradores. Para Temporão, existem algumas características que ajudam na gestão pública da saúde. “Além de conhecimento, do gestor ou de sua equipe, é preciso sensibilidade política, precisa ser uma pessoa que cuide, que acolha, que se preocupe com o sofrimento, que tenha uma visão estratégica, que queira inovar, que queira transformar… tudo isso dentro de uma postura republicana, democrática e ética”, acredita o médico.

“Um sistema de saúde eficiente deve oferecer atenção básica de alta qualidade”
José Gomes Temporão

Inamps

José Gomes Temporão acredita que a extinção do Inamps (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência), em 1993, foi um erro. “Houve uma descentralização da estrutura e os secretários estaduais sofreram diante de distorções geradas pela municipalização da saúde”, destacou o ex-ministro. “O Inamps, mesmo dentro do SUS, com sua capacidade técnica e organizacional, poderia ter sido uma ferramenta para corrigir muitas distorções, algumas presentes ainda hoje no sistema”.

Municipalização

Segundo o convidado do “Especial – Legados na Saúde”, há debates em torno de mudanças. “Precisamos sair desse sistema muito pulverizado municipalista para um sistema regionalizado, com regiões que tenham autonomia de gestão, como tem acontecido em São Paulo”, sustentou Temporão. “A ideia é que tenhamos 420 regiões, que funcionariam como redes integradas de múltiplos municípios obedecendo a lógicas específicas de cada área e poderiam contratar, licitar, planejar e assim por diante. Isso ampliaria a capacidade de gestão dos Estados”.

Atenção básica

Para José Gomes Temporão, a base de um sistema de saúde eficiente é a atenção básica de alta qualidade, realizando testes rápidos e usando tecnologias novas como a inteligência artificial. “Não podemos confundir mais atenção básica com baixa complexidade. A atenção básica é alta complexidade também, e precisamos prover qualificação para a atenção básica. Além disso, atenção básica depende de vínculo, ou seja, é preciso reter as equipes de saúde no território onde atuam, evitando a alta rotatividade, eles precisam ter um plano de vida e de carreira ali. Por fim, atenção à saúde não é medicina, existem outras áreas que interferem na saúde, como transporte, saneamento, meio ambiente, economia, entre outras”.

Imposto do pecado

Temporão também defende que o gasto público com saúde, que hoje corresponde a 40%, seja maior, chegando a 60%, que é o percentual atual do gasto privado (incluindo 28% de gastos das famílias). Para ele, os recursos adicionais desse financiamento não devem vir de impostos tradicionais, mas da taxação de produtos e serviços que causam prejuízos à saúde das pessoas. “Estamos falando do ‘imposto do pecado’, sobre produtos e serviços que fazem mal. O cigarro vendido no Brasil é um dos mais baratos do mundo. O álcool é a droga que mais mata no país, e ela é legal e barata. Temos os pesticidas agrícolas, os acidentes fatais com motociclistas, a indústria poluidora, os fabricantes de alimentos ultraprocessados, como refrigerantes e bolachas. Temos de usar esse recurso para investir em bem-estar, cultura, saneamento básico, transporte, boa alimentação, enfim, ter um olhar para a determinação social da saúde”, defendeu Temporão.

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Presidente da J&J MedTech Brasil fala de acesso à saúde e inteligência artificial

O presidente da Johnson & Johnson MedTech Brasil participou do videocast “Papo da Saúde” na sede do SindHosp. Durante pouco mais de 35 minutos, o executivo Fabricio Campolina conversou com o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, falando sobre os rumos da saúde e apontando desafios para o setor. Reconheceu a responsabilidade da indústria não apenas com os pacientes e os profissionais de saúde, mas, também, com a sustentabilidade financeira do sistema. Discutiu modelos de remuneração e acesso à saúde e destacou uma revolução em curso: “A inteligência artificial já se tornou realidade no dia a dia de mercado, inclusive da saúde”. A íntegra da conversa pode ser assistida aqui, no canal oficial do SindHosp no YouTube.

Gestores visionários

Com formação também na área de Ciências da Computação, Fabricio Campolina reconhece na inteligência artificial, sobretudo a generativa (GenAI), uma oportunidade promissora para estabelecimentos de saúde. “O acesso à saúde tem tudo a ver com inteligência artificial, que pode contribuir para melhorar os padrões de cuidado dos pacientes”, destacou o presidente da J&J MedTech Brasil, citando resultados reveladores de uma projeção da consultoria de gestão McKinsey & Company. “Em 2023, experiências com IA ganhavam manchetes. Em 2024, escalar essas experiências ganhará mercados. Neste momento, precisamos de gestores visionários e transformadores, sem medo da mudança”.

Para Campolina, a GenIA foi desenhada para ser democrática. Segundo ele, o mesmo motor de IA utilizado pela Microsoft para criar um “copilot” e empoderar programas como Word, Excel e Teams também está disponível para startups por um preço acessível – essa tecnologia pertence à OpenAi. “É uma tecnologia que está muito mais próxima do que imaginamos. Só no Brasil, existem centenas de startups trabalhando em aplicações de IA, é um ecossistema pujante”, revelou Fabricio Campolina.

De acordo com o executivo, exemplos de aplicação não faltam: “Imagine um hospital de porte médio no interior de São Paulo utilizando um aplicativo que automatiza tarefas administrativas dos médicos. Assim, após uma consulta, a IA geraria um relatório para ser inserido no prontuário eletrônico, já deixaria redigida a receita e faria os devidos agendamentos. Tudo isso com uma pequena equipe de Informática, que criaria uma face para o aplicativo e o conectaria ao motor de IA”.  

Acesso em tempo hábil

Diante das oportunidades oferecidas pela IA, Fabricio Campolina acredita em um caminho para mudanças mais significativas no acesso à saúde. “Ter acesso à saúde significa poder contar com uma equipe capacitada que consiga em tempo hábil encaminhar seu paciente para o tratamento. São três dimensões: informação, diagnóstico precoce, acesso a recursos de saúde em tempo hábil. Na Constituição está escrito que todos têm direito ao acesso, faltou colocar quando… principalmente no sistema público, com suas filas que duram anos, considerando que essa dinâmica é diferente em um sistema privado”.

Além das filas, o presidente da J&J MedTech Brasil apontou a falta de informação como gargalo associado a problemas de acesso à saúde. E citou o exemplo da fissura labial de palato, que afeta uma criança a cada 650 nascimentos no Brasil. “É uma doença tratável. Quando entra na linha de cuidado logo que nasce e mantém os cuidados até os 20 anos de idade, a pessoa consegue ter uma vida praticamente normal. Por outro lado, sem acesso ao tratamento, o bebê vai desenvolver dificuldade de fala, que nunca será superada, mesmo buscando tratando depois de adulto, além de todas as questões sociais, ligadas à reação das outras crianças diante de um amigo com malformação congênita. O problema é que há lugares no Brasil em que os pais não têm sequer consciência de que é possível tratar. Às vezes, nem os profissionais que estão fazendo o parto têm essa consciência. Ou seja, por falta de informação, não se busca o tratamento”, destacou Campolina.

Saúde como propósito de vida

O convidado do Papo da Saúde do SindHosp diz que seu interesse na saúde passa por transformar vidas. “Tive uma experiência que me fez entender o que estava fazendo. Havia um cateter que viabilizava cirurgia cardíaca para recém-nascidos. Um produto de preço baixo, mas indispensável para o tratamento. Num sábado de manhã, um cirurgião ligou para a Johnson e falou que precisava do cateter para uma cirurgia que faria naquele dia. Tivemos uma grande mobilização na empresa e conseguimos que a cirurgia fosse bem-sucedida. Ali, diante da satisfação de saber que o bebê estava bem, tive consciência de que somos parte disso, ou seja, temos um propósito”. Campolina acredita que grande parte das pessoas que escolhem a área de saúde toma essa decisão por paixão, porque sabe que pode ajudar pacientes, e isso é o que nos motiva na maioria das vezes. “Nossas ações fazem diferença, muitas vezes, uma diferença por toda a vida de uma criança. De diferentes formas, com novas tecnologias ou simplesmente melhorando o padrão de cuidado de um cirurgião com um treinamento que o permite realizar uma cirurgia minimamente invasiva em vez de abrir uma pessoa”.

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jornalismo na saúde

Jornalismo na Saúde é tema do Papo da Saúde – O videocast do SindHosp

Em poucos anos, importantes mudanças no setor da comunicação e da saúde aconteceram concomitantemente, todas com alto impacto na rotina e comportamento das pessoas. Na mídia, a informação compartilhada na internet ocupando o protagonismo dos veículos impressos. Na saúde, a pandemia fortalecendo a conscientização e o interesse da sociedade quanto o próprio bem-estar, a necessidade de ampliar o acesso aos serviços e o avanço da telemedicina, dentre tantos outros eventos. 

A discussão destas mudanças, bem como os temas empreendedorismo, trajetória, visão de futuro e networking foram pautas do 5º episódio do Papo da Saúde, com a jornalista especializada em saúde, Natalia Cuminale.

Natalia é criadora do Futuro da Saúde, startup de jornalismo que produz conteúdo digital em diversas plataformas, e realiza projetos customizados na área da saúde, atuando como palestrante e mediadora. Durante a conversa com o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, a jornalista contou que sentia falta de alguns debates sobre saúde e que isso serviu como combustível para empreender.

“A pandemia, de alguma forma, com toda sua gravidade, comprovou que o tema saúde vinha para ficar e se tornou interesse geral das pessoas. Isso precisava muito de uma tradução e contexto, e foi nesse cenário que surgiu o ‘Futuro’. Foi uma aposta naquilo que eu acreditava”.

No início do Papo, a jornalista compartilhou também que, na adolescência, quis ser médica, mas reconsiderou e optou pelo jornalismo. O ingresso no nicho saúde, entretanto, aconteceu por acaso, com a proposta de uma gestora no período em que atuou na Revista Veja, um dos marcos de sua carreira.

Quando questionada como será o futuro da saúde, respondeu:

“Acho que o Futuro da Saúde será um futuro com mais diálogo, a gente sabe que o setor é muito fragmentado e que vivemos um pouco do ‘cada um por si’, cada um lutando por seus interesses, mas o sistema da saúde não vai funcionar se as pessoas não se unirem por uma agenda em comum, isso pensando em setor. Pensando em sociedade, eu espero que, no futuro, as pessoas tenham mais consciência da própria saúde”.

Qual o legado que a Natalia Cuminale deixará?

“Que o Futuro da Saúde consiga aproximar as pessoas da saúde, trazendo mais acessibilidade”.

Assista ao Papo completo no YouTube do SindHosp e opine nos comentários da plataforma.

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saúde digital

Comunicação e informatização: os principais avanços e desafios da saúde digital

 “Usar o digital não é cumprir uma obrigação, é ter uma ferramenta assistencial”. A frase é do diretor de Relações Institucionais da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Luis Gustavo Kiatake, que esteve na sede do SindHosp em participação no videocast Papo da Saúde, com o presidente do Sindicato, Francisco Balestrin.

Protagonizando o 4º episódio do Papo, o diretor compartilhou seu parecer sobre os principais avanços, benefícios e desafios da saúde digital, em tempos de informatização e com a tecnologia em ascensão no setor saúde.

Engenheiro por formação, Kiatake conta no início da conversa que escolheu o setor saúde para trabalhar, em busca de um propósito profissional e de vida. “Trabalhando na saúde a gente encontra propósito, e isso é gratificante!”

Quando questionado sobre os principais avanços da saúde digital, os quais promoveram o acesso à saúde ao longo dos anos, disse:

“A pandemia foi um divisor de águas. Já usávamos? Sim, fazíamos telediagnóstico, por exemplo, e a apropriação da tecnologia foi acontecendo de modo natural, mas não vejo a questão da informação nas discussões. As pessoas veem o registro como uma obrigação, acho que o profissional de saúde ainda não percebeu que usar a tecnologia não é uma obrigação e sim ter uma ferramenta assistencial”. 

Já nas discussões dos desafios, o especialista aponta a falta de disciplinas de tecnologia na graduação de medicina como um problema a ser avaliado.

“Não temos na graduação uma disciplina para isso, então, o médico aprende a como usar um bisturi, mas não aprende como usar um prontuário eletrônico, sua importância e como preenchê-lo corretamente. O prontuário é uma ferramenta clínica e não apenas um registro”.

Afirmando ainda que a saúde digital pode trazer muitos benefícios para a assistência.

“Para os gestores, por exemplo, a informatização é pré-requisito para sustentabilidade do setor saúde e para avançar com as mudanças almejadas nos modelos de pagamento. Esse objetivo não pode ser alcançado sem a informatização dos sistemas e, se está tão claro o que precisamos, por que não avançamos? Essa pauta é atual e emergente no setor, é importante que ela seja vista como uma necessidade para a sustentabilidade do próprio negócio de saúde

Padronização dos sistemas de informatização

Balestrin pergunta sobre a padronização dos sistemas de informatização. “Você acredita que as grandes mudanças e avanços da saúde digital exigem a movimentação pública para acontecer?”

“Não acho que as pautas tenham que vir exclusivamente do governo, mas infelizmente o setor de saúde não é articulado e coeso o suficiente para propor causas unificadas. É um trabalho possível a ser construído. Precisamos ouvir as visões das instituições que representam a saúde privada e criar uma proposta unificada”.

Sobre legados

Qual o legado que Luis Gustavo Kiatake deixará?

“O de que é possível construir uma saúde melhor utilizando a tecnologia de forma assertiva”.

Assista ao Papo da Saúde completo e demais vídeos publicados pelo SindHosp, acessando o canal do Sindicato no YouTube. Ao se inscrever no canal e ativar o lembrete, receba também uma notificação sempre que um novo vídeo for publicado ou evento transmitido.

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