FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE CAMPINAS E REGIÃO, COM VIGÊNCIA DE 1º DE JUNHO DE 2024 A 31 DE MAIO DE 2025, PARA ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE.
Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE CAMPINAS E REGIÃO, com vigência de 1º de junho de 2024 a 31 de maio de 2025.
FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE CAMPINAS E REGIÃO, COM VIGÊNCIA DE 1º DE JUNHO DE 2024 A 31 DE MAIO DE 2025, PARA CASAS DE REPOUSO E ILPI’s.
Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE CAMPINAS E REGIÃO, com vigência de 1º de junho de 2024 a 31 de maio de 2025. A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções Coletivas.
São Paulo, 5 de julho de 2024.
FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE PRESIDENTE
Base Territorial: Adolfo, Adamantina, Aguaí, Águas De Lindóia, Águas Da Prata, Águas De São Pedro, Agudos, Alto Alegre, Álvaro De Carvalho, Analândia, Andradina, Anhembi, Aparecida D’oeste, Araçatuba, Arco Íris, Arealva, Areiópolis, Auriflama, Avaí, Americana, Amparo, Araraquara, Araras, Artur Nogueira, Atibaia, Atlântida, Baby Bassit, Balbinos, Barbosa, Bariri, Barra Bonita, Boa Esperança Do Sul, Bocaina, Bofete, Boituva, Borborema, Borebi, Botucatu, Bastos, Braúna, Brejo Alegre, Buritama, Caieiras, Cajamar, Cafelândia, Campinas, Capivari, Castilho, Cerqueira César, Cerquilho, Cesário Lange, Charqueada, Conchal, Conchas, Coroados, Corumbataí, Cosmópolis, Cravinhos, Dourado, Dracena, Elias Fausto, Elisiário, Engenheiro Coelho, Estiva Gerbi, Espírito Santo Do Pinhal, Fernão, Floreal, Flórida Paulista, Francisco Morato, Gastão Vidigal, Gavião Peixoto, General Salgado, Gália, Garça, Getulina, Guaimbê, Guaracaí, Guarantã, Guzolândia, Herculândia, Holambra, Hortolândia, Iacre, Iabaté, Ibirá, Ibitinga, Indaiatuba, Ipeúna, Iracemápolis, Itajobi, Itápolis, Itapura, Inúbia Paulista, Irapuã, Irapuru, Itapevi, Itapira, Itatiba, Itú, Jafá, Jaguariuna, Jamaica, Joanópolis, José Bonifácio, Júlio Mesquita, Jumirim, Junqueiropólis, Lácio, Leme, Limeira, Lourdes, Luiziânia, Lúcelia, Marília, Macaubal, Magda, Marapoama, Mariápolis, Mendonça, Mirandópolis, Mombuca, Mogi-Guaçu, Mogi Mirim, Monte Castelo, Monte Mor, ,Morungaba, Murutinga Do Sul, Nhandeara, Nipoã, Nova Aliança, Nova Canaã Paulista, Novo Castilho, Nova Europa, Nova Guataporanga, Nova Independência, Nova Luzitânia, Novo Horizonte, Nova Odessa, Oswaldo Cruz, Pacaembú, Padre Nóbrega, Panorama, Pantana, Parapuã, Parnaso, Paulicéia, Paulínea, Paulópolis, Pedreira, Piracaia, Piraju, Planalto, Poloni, Pongaí, Presidente Alves, Promissão, Pirassununga, Pompéia, Porto Feliz, Pardinho, Rafard, Reginópolis, Ribeirão Bonito, Rinópolis, Rio Das Pedras, Rubiácea, Sabino, Salmorão, Saltinho, Salto, Santa Cruz Da Conceição, Santa Maria Da Serra, Santa Mercedes, Santana Da Ponte Pensa, Santo Antônio Do Aracanguá, Santo Antonio Do Jardim, São Francisco, São Manuel, São Pedro, Sebastianópolis Do Sul, Santo Antonio Da Posse, São João Da Boa Vista, São João Do Pau D’alho, São Roque Da Fartura, São Sebastião Da Grama, Serra Negra, Sud Mennucci, Suzanápolis, Sumaré, Tabatinga, Trabiju, Três Fronteiras Tapiratinga, Torre De Pedra, Tuiuti, Tupã, Tupi Paulista, Universo, Ubarana, União Paulista, Uru, Urupês, Vargem, Vera Cruz, Virgínia, Zacarias.
No terceiro episódio da série “Papo da Saúde Especial Hospitalar 2024”, Thiago Constancio, CEO do MedPortal e coordenador do GT de Gestão de Pessoas do SindHosp, e Laura Schiesari, coordenadora CEAHS na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV, receberam Jose Henrique Dias Salvador, CEO da Rede Mater Dei de Saúde. Em pauta, tendências e inovações na gestão de pessoas no setor da saúde. A íntegra do videocast está disponível no canal oficial do SindHosp no YouTube. Clique aqui para assistir.
Com origem em Minas Gerais no início dos anos 1980, a Rede Mater Dei se tornou referência nacional na expansão de negócios na área da saúde. Depois da abertura de capital (IPO) em 2021, que levantou R$ 1,4 bilhão em investimentos, o grupo adquiriu cinco hospitais, sendo dois em Uberlândia (MG), um em Goiânia (GO), um em Belém do Pará (PA) e um em Feira de Santana (BA). Além disso, inaugurou mais um hospital próprio em Salvador e está construindo novas unidades, uma em Minas Gerais (a ser entregue em agosto) e outra em São Paulo, a primeira na capital paulista, que será erguida no bairro de Santana, na Zona Norte.
“Desde sempre, nossa ideia nunca foi ter um amontoado de hospitais, por isso identificamos ativos já alinhados a nossos valores, ou seja, que fossem referência no mercado, com corpo clínico de referência, que colocassem o paciente como foco, que tivessem bom relacionamento com parceiros e assim por diante”, destacou Salvador. “Investimos em integração cultural, adotando formalidades que respeitam as etapas do processo de integração. A cultura é catalisadora de resultados. Princípios e valores fazem a diferença, sempre respeitando as características regionais”.
“Precisarmos nos perguntar que elementos nos definem. Precisamos ter claro quem somos e como a gente faz para, então, buscarmos as sinergias”
Jose Henrique Dias Salvador, CEO da Rede Mater Dei de Saúde
Inovação tecnológica
Além da gestão do processo de expansão e integração cultural de novas unidades, a Rede Mater Dei também avança na área de inovação tecnológica, adquirindo uma healthtech. “Aquirimos uma empresa de processamento de dados e estamos investindo tanto em soluções para nossas necessidades específicas como também em produtos que podem servir ao mercado de saúde em geral, explorando conceitos como Big Data, Analytics e Inteligência Artificial”, pontuou José Henrique Salvador. “Nosso objetivo é preparar o negócio para o futuro, investindo em eficiência, mas com visão de futuro”.
De acordo com o convidado do Papo da Saúde Especial Hospitalar, as novas tecnologias e a inteligência artificial vão ajudar hospitais em duas frentes. “De um lado, teremos maior conectividade, desburocratizando as relações entre os diversos entes da cadeia, com instituições conversando mais e disponibilizando dados mais claros. Não haverá espaço para empresas fechadas, que trabalham sozinhas, sem colaboração”, explicou o CEO da Rede Mater Dei. “De outro lado, a interação com as pessoas vai ultrapassar o limite das paredes do hospital, estaremos mais próximos das pessoas, com foco em desfechos, transparência na forma como entregamos valor e qualidade assistencial”.
Dando sequência à série “Papo da Saúde – Especial Hospitalar”, o presidente da Fehoesp e do SindHosp, Francisco Balestrin, conversou com o presidente da CNSaúde, Breno Monteiro, que falou sobre o papel de sindicatos patronais, federações e, no topo da cadeia, uma confederação para um setor tão vital para o país como o da saúde. Assista à integra da entrevista clicando aqui.
Entidade de terceiro grau do setor da saúde, a CNSaúde acaba de completar 30 anos de existência. Assim como outros segmentos têm seus entes representativos, como a Indústria (CNI), o Comércio (CNC), o Transporte (CNT) e o Agronegócio (CNA), a Saúde também constituiu o seu, nos anos 1990. “Temos um papel fundamental na geração de emprego, somos o terceiro maior empregador do país, e uma importante participação no PIB do Brasil”, destacou Monteiro. “Embaixo da CNSaúde temos oito federações, incluindo a Fehoesp, de São Paulo, que reponde por pelo menos 40% de leitos e empregos da saúde no país”.
Representação constitucional
Segundo Breno Monteiro, a CNSaúde representa 430 mil empresas privadas de saúde. Ele explica que sindicatos patronais, federações e confederações têm um poder constitucional mais amplo do que associações. “Em assembleias, convenções coletivas e ações judiciais, representamos o conjunto de empresas que compõem o setor da saúde, indiscriminadamente, enquanto uma associação representa tão somente organizações a ela vinculadas. Por exemplo, quando entramos com um Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal, estamos advogando em nome de cada um dos estabelecimentos privados de saúde do país”, explica o presidente da CNSaúde.
Para o presidente da CNSaúde, o principal argumento para justificar contribuições para os sindicatos, tanto patronais como laborais, está no benefício em torno de acordos coletivos. “Cerca de 50% dos custos das empresas de saúde estão associados à folha de pagamento, ou seja, as negociações que antecedem convenções coletivas e dissídios fazem diferença para quem paga e para quem recebe”, enfatizou Monteiro.
“Nos últimos quatro anos, o setor privado de saúde gerou, em média, por ano, mais de 100 mil postos de trabalho no Brasil, sendo 70% de mulheres, com ampla inserção de jovens de 18 a 24 anos no mercado, e mais de 50% de pessoas com nível universitário”
Breno Monteiro, presidente da CNSaúde
Prioridades
Entre as prioridades de sua gestão à frente da CNSaúde, Breno Monteiro destacou a atuação em Brasília, mais especificamente no Congresso Nacional. “Temos uma Frente Nacional de Serviços de Saúde, que tem um papel importante na defesa dos interesses dos diversos agentes da saúde. Lutamos pela desoneração do setor da saúde pela sua importância, criticando algumas distorções da lei”, disse Monteiro.
Outra prioridade é a criação de um Sistema S para a Saúde. “As empresas de saúde já recolhem via INSS um percentual do que arrecadam para o Sistema S do Comércio. Mas Saúde não é Comércio. Pleiteamos um direcionamento desses recursos para uma estrutura de ensino que já existe na área da saúde”, acrescentou Breno Monteiro.
FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO ÚNICO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE SOROCABA E REGIÃO, VIGÊNCIA DE 1º DE MAIO DE 2024 A 30 DE ABRIL DE 2025.
Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO ÚNICO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE SOROCABA E REGIÃO, com vigência de 1º de maio de 2024 a 30 de abril de 2025. A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções Coletivas.
São Paulo, 25 de junho de 2024.
FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE PRESIDENTE
Base Territorial: Alambari, Alumínio, Angatuba, Assis, Avaré, Bernardino De Campos, Buri, Cândido Mota, Capela Do Alto, Cerqueira César, Eldorado, Guareí, Ibirarema, Ibiúna, Ipaussu, Itaí, Itapetininga, Itatinga, Jacupiranga, Juquiá, Juquitiba, Mairinque, Manduri, Óleo, Palmital, Paraguaçu Paulista, Paranapanema, Piedade, Pilar Do Sul, Piraju, Quatá, Registro, Salto De Pirapora, Santa Cruz Do Rio Pardo, São Miguel Arcanjo, São Roque, Sarapuí, Sarutaiá, Sete Barras, Sorocaba, Tapiraí, Tatuí, Tejupá E Votorantim
O SindHosp montou um estúdio em seu estande da Hospitalar e realizou a série “Papo da Saúde Especial Hospitalar 2024”. No primeiro episódio, a diretora-executiva do Sindicato, Larissa Eloi, entrevistou os sócios da Capitale Holding, Guilherme Beltrami e Sérgio Reiter. Os convidados discutiram diversos temas relevantes, incluindo parcerias estratégicas no setor da saúde, empreendedorismo médico e questões financeiras do setor. Clique aqui para assistir à íntegra da entrevista.
Para Sérgio Reiter, existem muitos gaps no mercado da saúde. “Pequenas mudanças podem ter um impacto significativo. Enxergamos a saúde como um ecossistema”, disse o empreendedor. “Os médicos e profissionais de saúde entendem de finança, mas são ocupados. Temos soluções financeiras para simplificar a vida do profissional de saúde, como o pagamento imediato, que antecipa recebíveis”, acrescentou Guilherme Beltrami.
A Capitale e o SindHosp vão trabalhar em parceria para estender soluções a hospitais, clínicas e laboratórios. “O SindHosp tem um mapeamento realmente completo das necessidades do setor. A gente vê diversas oportunidades em todo esse ecossistema”, revelou Sérgio Reiter. “Vamos plugar nossa plataforma nesse ecossistema e assumir fluxos de procedimentos de alta rentabilidade, como cirurgias, fazendo o pagamento imediato, ficando com todo o risco”.
INFORMA-SE A CELEBRAÇÃO DE TERMO DE ADITAMENTO À CONVENÇÃO FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM, TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E DEMAIS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS PRIVADOS E FILANTRÓPICOS DE SAÚDE E EMPRESAS QUE PRESTAM SERVIÇOS DE SAÚDE, OSCIPS (ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO) DA ÁREA DA SAÚDE, OSS (ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA ÁREA DA SAÚDE), FUNDAÇÕES PRIVADAS DA ÁREA DA SAÚDE E ATIVIDADES AFINS DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, SANTO ANDRÉ, SÃO CAETANO DO SUL, DIADEMA, MAUÁ, RIBEIRÃO PIRES E RIO GRANDE DA SERRA, VIGÊNCIA DE 1º DE MAIO DE 2024 A 30 DE ABRIL DE 2025.
Informamos que o SindHosp firmou Termo de Aditamento à Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS AUXILIARES DE ENFERMAGEM, TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E DEMAIS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS PRIVADOS E FILANTRÓPICOS DE SAÚDE E EMPRESAS QUE PRESTAM SERVIÇOS DE SAÚDE, OSCIPS (ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO) DA ÁREA DA SAÚDE, OSS (ORGANIZAÇÕES SOCIAIS DA ÁREA DA SAÚDE), FUNDAÇÕES PRIVADAS DA ÁREA DA SAÚDE E ATIVIDADES AFINS DE SÃO BERNARDO DO CAMPO, SANTO ANDRÉ, SÃO CAETANO DO SUL, DIADEMA, MAUÁ, RIBEIRÃO PIRES E RIO GRANDE DA SERRA, com vigência de 1º de maio de 2024 a 30 de abril de 2025.
Tratou-se de correção do prazo para compensação do feriado trabalhado em 12 de maio de 2024, conforme abaixo:
CLÁUSULA 61 – FERIADO PARA A CATEGORIA:
Será considerado feriado para a categoria o dia 12 de maio, data em que se comemorará o “Dia do Empregado em Estabelecimento de Serviços de Saúde”, na base territorial abrangida pelo Suscitante, resguardada a prestação de serviços, conforme escala prévia elaborada pela Administração da empresa, salvaguardando ao empregado que prestar serviço nesse dia o direito de compensação, ou de receber as horas trabalhadas como extras. As empresas que não concederem o feriado no dia 12 de maio deverão fazê-lo até 30.11.2024.
A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho e respectivo aditamento se encontram à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções Coletivas.
São Paulo, 18 de junho de 2024
FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE PRESIDENTE
Base Territorial: Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande Da Serra, Santo André, São Bernardo Do Campo E São Caetano Do Sul
O assunto inteligência artificial voltou a ser pauta em um evento do SindHosp. Desta vez, em um debate realizado em parceria com os grupos UpFlux e Vivhas. Moderado pela diretora executiva do Sindicato, Larissa Eloi, o workcafé UpFlux Health Care Day reuniu grandes personalidades da área da saúde para discutir o tema “Maximizando Resultados com a Inteligência Artificial” e apontar as aplicações de IA na gestão da saúde. Clique aqui para assistir à íntegra do evento, realizado na sede do SindHosp, com audiência híbrida.
Larissa Eloi, do SindHosp, abriu o debate: “Há uma evolução do uso da IA, estudos mostram que mais de 70% das empresas consideram usar a tecnologia em seus processos”. Jean Gorinchteyn, diretor técnico-científico da Fehoesp, foi o segundo a falar. Para ele, o uso da inteligência artificial atingiu um ponto sem volta. “A tecnologia já faz parte da nossa realidade, esse é um fato”, destacou Gorinchteyn. “Na área da saúde, o desafio dos gestores é usar a IA para incrementar a qualidade assistencial levando em conta dois clientes, o paciente e o profissional da saúde. É preciso considerar que existem muitos profissionais de saúde que não saem da faculdade idealmente qualificados para exercer sua função”.
Mendel Sanger, diretor de Tecnologia do Grupo Vivhas, acrescentou que a mineração de processos no âmbito da saúde ganhou consistência com o uso de algoritmos de inteligência artificial. “O desafio é combinar tecnologia e gestão”, destacou o executivo.
IA como sistema de apoio
O engenheiro Luiz De Luca, da De Luca Consultoria e Gerenciamento, apresentou o painel “Inovação e Transformação”. Segundo ele, a IA vai suprir muito trabalho manual desnecessário. “Mas os gestores têm de saber qual será sua aplicação. Em minha opinião, a inteligência artificial pode ser um sistema de apoio de decisão clínica fantástico, mas como sistema de apoio”, disse De Luca.
O engenheiro acredita que as áreas de humanas, exatas e biológicas vão se fundir cada vez mais. “O profissional de saúde vai precisar ter conhecimento técnico e comportamental para enfrentar os desafios de um ambiente digital. Nesse contexto de mudança tecnológica, os principais agentes transformadores serão as pessoas”, enfatizou Luiz De Luca.
O urologista Carlos Sacomani, coordenador médico de Inovação e Tecnologia do A.C. Camargo Cancer Center, que apresentou o painel “Transformando dados em resultados com IA e Process Mining”, é um exemplo dessa mudança de escopo do profissional de saúde. “Pertenço a uma nova categoria de médicos, que unem saúde e biologia com exatas e humanas, um médico dentro da tecnologia. Assim como temos engenheiros na saúde. Essa é uma tendência, de profissionais híbridos, com papel de conectores”, opinou Sacomani.
Mineração de processos
Para ele, apesar da democratização da inteligência artificial com o ChatGPT, os rituais da ciência, que exigem muita pesquisa, validação e comprovação, devem retardar o uso da IA no ambiente médico propriamente dito, a não ser como ferramenta de apoio. “Em compensação, terá um uso estratégico em tarefas administrativas, definição de modelos de gestão e mapeamento de processos, tendo impacto significativo tanto na linha de cuidado como no fluxo de caixa. Vemos um grande potencial da IA no que chamamos ‘mineração de processos’, em que analisamos as conformidades e não conformidades de todo o processo. Nesse caso, não adianta ter a ferramenta se não tiver um bom gestor para entender o que está havendo e tomar as decisões para mudar”, acrescentou Sacomani.
O diretor executivo da UpFlux, Alex Meincheim, que apresentou o “UpFlux Showcase”, acredita que a IA é fruto de uma “tempestade perfeita”. Em seu painel, ele disse que o aumento da capacidade computacional, a evolução das técnicas de IA e a digitalização de processos da saúde criaram um ambiente propício para a disseminação da nova tecnologia de algoritmos. “A complexidade das organizações esconde ineficiências que drenam performance de negócio, e a IA pode ser útil justamente fazendo a mineração de processos e identificando desperdícios associados à jornada do paciente”, afirmou Meincheim.
De acordo com o executivo da Upflux, as empresas de saúde podem entender seus processos perguntando aos dados, não mais às pessoas. “Para tanto, é preciso ter indicadores de desempenho, conhecimento de processos e ações para melhorar e controlar esses processos”, defendeu Meincheim. “O mais importante é conseguir agir antes de os problemas aparecerem, utilizando a tecnologia de fato, e de forma automatizada”.
Durante o debate final, Luiz De Luca chamou a atenção para o papel da área técnica: “Somos todos gestores do negócio, e não adianta tecnologia se o gestor não sabe tomar decisões”. Já Carlos Sacomani destacou que muitos profissionais saem da residência médica sem treinamento em IA: “É preciso inseri-los nessa realidade. A IA tem potencial para dar mais tempo para que o médico volte a ser médico, sendo o protagonista que sempre foi”. Por fim, Alex Meicheim sustentou que a tecnologia não pode ser usada apenas para “apagar incêndios”. “As organizações têm de agir de forma proativa, sempre escoradas no tripé tecnologia, processos e pessoas”.
O engenheiro eletrônico José Cechin teve uma participação decisiva nos rumos macroeconômicos do Brasil ao participar da formulação do Plano Real e da Reforma da Previdência, ainda nos anos 1990. Hoje, o ex-ministro da Previdência Social é superintendente executivo do Instituto de Estudos de Saúde Complementar (IESS), entidade que ajudou a criar em 2006 e se tornou referência para as operadoras de planos de saúde. Ele participou do videocast “Papo da Saúde” e falou sobre os desafios do setor em entrevista a Francisco Balestrin, presidente da Fehoesp e do SindHosp, e Luiz Fernando Ferrari Neto, presidente do Conselho Fiscal do SindHosp. Clique aqui para assistir à íntegra da conversa.
Estudos de Saúde Suplementar
Formado pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e com mestrado na Universidade de Cambridge, na Inglaterra, Cechin explica que o IESS tem por objetivo promover e realizar estudos de aspectos conceituais e técnicos que sirvam de embasamento para implementação de políticas e introdução de melhores práticas voltadas para a saúde suplementar. “Nosso papel é ajudar a aperfeiçoar o sistema de saúde suplementar. O sistema tem de ser equilibrado, voltado não só para as pessoas, mas, também, permitindo os negócios. É preciso que haja sustentabilidade financeira”, opinou José Cechin.
O entrevistado do Papo da Saúde explicou que o IESS não é a linha de frente das operadoras de planos de saúde, como ocorre com outras entidades. “Na verdade, ficamos na retaguarda, fornecendo insumos, análises e avaliações. A ideia é que as operadoras tenham um diálogo mais fluido e aperfeiçoem sua atuação”, revelou Cechin. “Além disso, é difícil de se entender o funcionamento de um plano de saúde. Por isso também temos uma atuação na área da comunicação social, procurando explicar a lógica do mutualismo e as questões que envolvem as relações com os beneficiários”.
Espectro autista e desperdício
Durante o bate-papo, José Cechin abordou a polêmica em torno de pessoas com espectro autista envolvendo os planos de saúde. Segundo ele, houve um mal-entendido ao se tratar do tema. “Muitos consideraram que o setor de saúde suplementar estaria buscando formas de não dar a atenção necessária para as pessoas com espectro autista. Mas não era essa a intenção, nem a discussão”, ponderou Cechin. “O que aconteceu é que houve uma explosão de casos de transtornos mentais, sobretudo durante a pandemia, incluindo os de pessoas com espectro autista, e identificamos um aumento expressivo de atendimentos de profissionais de nível superior não médicos. Para se ter uma ideia, o número de diagnósticos cresceu exponencialmente nos últimos anos e registramos casos em que uma criança permanecia em terapia 60 horas por semana, o que representa um custo alto para o sistema. A discussão sempre foi sobre a real necessidade terapêutica dos pacientes, procurando evitar abusos, fraudes e desperdícios”.
Para o executivo do IESS, o debate em torno de desperdícios é complexo, uma vez que as opiniões médicas podem variar diante de um mesmo caso e é bastante difícil predizer um desfecho com plena segurança. “É diferente das fraudes, que são condenáveis, mesmo que existam inúmeras modalidades. Como julgar se um exame não é necessário? É muito difícil tipificar desperdício. Sabe-se que existe, sabe-se que é volumoso, mas como resolver isso? Talvez a inteligência artificial ajude, não dando respostas, mas sendo um poderoso instrumento para os profissionais, formulando hipóteses, estabelecendo conexões ou sugerindo alternativas”, sustentou José Cechin.
Os debates em torno da inteligência artificial se intensificaram desde o lançamento do ChatGPT, uma IA do tipo generativa, ou seja, capaz de criar textos, imagens, áudios e vídeos. Embora as polêmicas remontem aos primórdios da computação, ainda nos anos 1940, como se vê no filme “O Jogo da Imitação”, que revela ao grande público uma máquina construída pelo britânico Alan Turing utilizada pelos aliados para decifrar mensagens alemãs durante a Segunda Guerra Mundial, o tema ganhou relevância com as transformações digitais em curso neste século, sobretudo na área da saúde.
As discussões devem culminar em um marco regulatória da IA para a saúde. Diante do desafio, o SindHosp e a Fehoesp, em parceria com a CNSaúde, levaram o tema para a Hospitalar 2024. A arena Hospitalar Hub recebeu o “VI Brasil Saúde – Fórum Brasileiro de Gestão em Saúde”, que teve como tema macro “A Inteligência Artificial na Saúde”.
Tripé cultural
Os avanços ocorrem em velocidades diferentes considerando a tecnologia, a sociedade e as normas. Ou seja, o tema está escorado em um “tripé cultural” e depende de um equilíbrio entre tempos de cada ponto de apoio para se consolidar de maneira mais consistente. No campo da saúde, a IA é capaz de predizer um “no show” com extrema assertividade, mas há muito o que se discutir ainda, a começar pela dificuldade de se ter um prontuário padrão.
Francisco Balestrin, presidente da Fehoesp e do SindHosp, e Breno Monteiro, presidente da CNSaúde e FENAESS, abriram o evento, juntamente com Daiane Nogueira de Lira, integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “O tema IA, em que pese aspectos técnico-científico, tem o arcabouço jurídico. Ferramenta tão poderosa que, se não tomar cuidados, nós, profissionais, teremos ameaça à integridade de dados”, destacou Balestrin. “O tema tem sido tratado há algum tempo pelo setor. Mas é preciso cuidado com o que a tecnologia causará à vida humana e aos nossos negócios”, acrescentou Breno Monteiro, da CNSaúde.
Saúde, IA e Justiça
Segundo o CNJ, existem quase 84 milhões de processos em tramitação no Brasil, distribuídos por 92 tribunais (mais de 80% na Justiça Estadual), passando nas mãos de 18 mil juízes e 275 mil servidores públicos. Para Daiane Nogueira de Lira, essa estrutura tem de estar pronta para a IA. “Quando tiver de analisar questões legais, jurídicas e éticas, o poder judiciário vai estar aberto para esse desafio”, assegurou Daiana Lira. “A CNJ trabalha para realizar a integração da IA na saúde, garantindo acesso, com segurança e dentro de limites éticos. Estamos falando de celeridade, acesso, eficiência e transparência com segurança, ética e responsabilidade”.
Ela destacou a iniciativa do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), que lançou o NatJusGPT, a primeira ferramenta de inteligência artificial generativa aplicada no Judiciário para a saúde. Trata-se de uma ferramenta que proporciona, de forma bem mais prática, uma pesquisa direcionada em uma base de dados específica.
ChatGPT omini-modal
Em seguida, subiram ao palco Alexandre Ferreira da Rocha, da Microsoft Brasil, e Jean Gorinchteyn, diretor técnico-científico da Fehoesp, para complementar a abertura com conceitos, história e futuro sobre IA. O executivo da Microsoft destacou o ChatGPT-4o, omini-modal, incluindo vídeo e voz, com modelos neurais embutidos. “Para a saúde, a IA terá vasta aplicação, como indicar sinais de envelhecimento previamente, garantindo mais qualidade de vida para uma população cada vez mais longeva. Cerca de 60% dos dados que o setor da saúde produz não são aproveitados e a IA pode mudar isso”, destacou Alexandre da Rocha. “A IA será um copiloto para o médico e o paciente, uma segunda opinião, ajudando a evitar erros, que custam caro”.
Para Jean Gorinchteyn, a IA terá grande relevância como assistente de médicos, alunos e professores, sobretudo diante da crescente quantidade de profissionais despreparados no mercado. “Com a IA, será possível prestar atenção em algo que talvez tenha passado despercebido em uma primeira análise, ter uma visão melhor do paciente”, destacou o diretor técnico-científico da Fehoesp.
Revolução em curso
Moderado por João Guerra, vice-presidente do Conselho de Administração SindHosp, o painel “A Revolução da Inteligência Artificial na Saúde” do Fórum Brasileiro de Gestão de Saúde contou com a participação de personalidades de diferentes áreas da saúde.
Edgar Gil Rizzatti, presidente da Unidade de Negócios Médico, Técnico, de Hospitais e Novos Elos do Grupo Fleury, falou sobre o uso da IA na Medicina Diagnóstica. “Segurança, acurácia, rapidez, equidade, eficiência e paciente no centro… IA vai garantir excelência para todas e cada uma, será uma medicina mais preditiva e preventiva”, destacou. “No Fleury, estamos trabalhando com IA para evitar ‘recoletas’ e identificar maior risco de câncer de mama por exames de sangue”.
Leonardo A. Giusti, sócio e líder de C&Ops e IGH da KPMG no Brasil, tratou da IA na Assistência Operacional. Ele defendeu o uso da IA para auxiliar a melhoria da jornada, tornando-a mais eficaz e eficiente, reduzindo dispêndio de dinheiro. “Penso na IA como orquestradora de uma jornada, contribuindo para um ecossistema mais integrado. Acho que há uma resistência inicial, como aconteceu com a telemedicina, mas que deve diminuir com o tempo”, acredita Giusti.
Daniel Ferraz, chefe de Inteligência Artificial da Rede D’Or São Luiz – SulAmérica Seguros Saúde, falou sobre IA na Assistência Médica. Ele disse que a IA permitiu uma redução de faltas em exames e consultas, que era de 30%, com análise dos dados de uma década. “O sistema se mostrou capaz de identificar faltas com 72 horas de antecedência e até 93% de assertividade. Conseguimos preencher 75% dessas faltas, com um enorme impacto administrativo e financeiro”, destacou o executivo. “Mas existem desafios, como padronizar prontuários eletrônicos, são muitos e em diferentes versões”.
Os limites da IA
Ainda durante o Fórum Brasileiro de Gestão de Saúde Fórum, os participantes discutiram os limites da inteligência artificial, com moderação de Breno Monteiro, presidente da CNSaúde e FENAESS. Gustavo Cardoso Guimarães, coordenador-geral dos Departamentos Cirúrgicos Oncológicos e do programa de cirurgia robótica da Beneficência Portuguesa de São Paulo, abordou os aspectos técnicos. Para ele, a IA é boa em ver padrões, o que é interessante para analisar muitos dados ao mesmo tempo. “Mas essa é uma ‘inteligência fraca’. Há uma ‘superinteligência’ que vai muito além, só que não está acessível”, destacou.
Dora Kaufman, professora do Programa de Tecnologias Inteligentes e Design Digital (TIDD) da PUC de São Paulo, tratou dos aspectos éticos. “Os atuais modelos soluções de IA não podem ser indicados como soberanos. O médico deve ser a referência. Caso contrário, a chance de erro é grande, não só por viés, mas por assertividade do resultado. A FDA está construindo o que seria a regulamentação, com procedimentos para o uso de IA, que deve ser uma parceira do médico e dos gestores hospitalares. É tudo muito novo, e a generativa, ainda mais”, observou Dora Kaufman.
Rafael Vinhas, diretor-adjunto de Gestão da Agência Nacional de Saúde Suplementar, apresentou os aspectos regulatórios. “A saúde é o nosso bem mais importante, devemos ser cautelosos. Mas o rigor não pode comprometer o desenvolvimento das tecnologias, ou seja, temos de trabalhar para que a regulação não seja extrema a ponto de podar a tecnologia”.
O professor Giovanni Cerri, chairman do InRad e vice-presidente do Instituto Coalizão Saúde, disse que tudo o que é novo vira um pouco ameaçador. Também lembrou que, das ferramentas IA aprovadas pelo FDA, cerca de 70% são da área de radiologia. “A IA é um fator fundamental para o momento atual, garantindo sustentabilidade da saúde, eficiência e segurança do paciente. Mas os algoritmos precisam ser validados, o que leva tempo, assim como acontece com medicamentos. IA é uma ferramenta que vai ser utilizada para melhorar processos e garantir segurança maior para seus pacientes”.
Encerrando o Fórum Brasileiro de Gestão de Saúde, Marcos Ottoni, diretor Jurídico da CNSaúde, discutiu os Projetos de Lei que buscam regulamentar a IA, em painel moderado por Francisco Balestrin. “Em resumo, os poderes judiciário e legislativo têm muito trabalho, inclusive para evitar que as inseguranças da sociedade inviabilizem a tecnologia”, destacou Ottoni.