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‘O foco agora é em saúde digital e gestão da inovação’, diz Luiz Messina

O videocast Papo da Saúde recebeu o engenheiro eletrônico Luiz Ary Messina, referência nacional em inovação na saúde, que falou sobre os rumos da telessaúde e da telemedicina no Brasil e no mundo. Em entrevista a Francisco Balestrin, presidente da FESAÚDE e do SindHosp, o coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE), iniciativa vinculada à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), deu mais detalhes sobre a infraestrutura de conectividade e colaboração para instituições de ensino e pesquisa voltada à área da saúde no país. Para assistir à íntegra do bate-papo, clique aqui.

 

Rede com 140 hospitais

 

Formado pela Universidade de Brasília, com mestrado em Engenharia da Computação na Unicamp e doutorado em Computação Gráfica na Technische Universitaet Darmstadt da Alemanha, onde permaneceu por dez anos como professor assistente, Luiz Messina começou o trabalho que culminaria na formação da RUTE em seu estado natal, o Espírito Santo. “Implantamos em clínicas e hospitais de lá um sistema de gestão hospitalar com foco no faturamento, um módulo preciso, o que nos permitiu conhecer bem as áreas hospitalares, incluindo farmácia, fracionamento de medicamentos, controle de estoque e o então incipiente prontuário eletrônico”, lembrou Messina.

 

 

O sucesso dessa experiência abriu caminho para o surgimento de uma iniciativa mais ambiciosa, criar um projeto de telemedicina no Brasil, ainda nos anos 2000, portanto, há mais de 20 anos. “Assim nasceu a RUTE, hoje uma rede que interliga 140 hospitais universitários e de ensino, onde existem espaços colaborativos voltados aos chamados Grupos de Interesse Especial (SIG, na sigla em inglês)”, revelou Messina, que coordena a RUTE. “Desde então, temos 40 a 50 grupos do tipo SIG todos os anos, com estrutura para discutir diariamente e de forma científica questões voltadas a áreas como Cardiologia, Urologia, Saúde de Criança e Adolescente, Saúde Indígena e assim por diante. Durante a pandemia, rapidamente, criamos um SIG Covid, que realizava sessões semanais com palestrantes do mundo todo”.

 

SUS Digital

 

O entrevistado do Papo da Saúde informou que seu objetivo atual é ampliar a atuação da RNP na área de saúde. “Temos o SUS Digital, com a inauguração do laboratório Inova SUS Digital, e a inteligência artificial. Essa área vai crescer com tantos avanços. Estamos trabalhando para mostrar a importância das aplicações digitais na área da saúde”, acrescentou Luiz Messina. “Depois da pandemia, houve um entendimento de que a prática da assistência remota é importante e vai acontecer cada vez mais. O momento agora é de todas as universidades, todos os institutos de pesquisa, aderirem mais à saúde digital, também na assistência, com enfoque na gestão e, em particular, na gestão da inovação que é um ponto fundamental na área da saúde”.

Luiz Messina também falou da expansão da conectividade da RUTE na América Latina, com a adesão de outros países. Também destacou o trabalho para o crescimento desse conectividade junto a demais países de língua portuguesa. “O Projeto Genoma, que faz parte da rede e-Ciência da RNP, já tem demandado capacidade de transmissão de dados de 100 a 200 gigabytes. Assim como temos um cabo de fibra ótica submarino ligando a África às Américas e anéis integrando redes metropolitanas no Brasil. Há um trabalho integrado para ampliar a conectividade entre instituições de ensino e pesquisa na área da saúde em todos os níveis”, disse Messina.

 

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Telemedicina agora é lei

A lei n.º 14.510, que regulamenta a telemedicina no Brasil, foi sancionada em dezembro pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Ela altera a lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para autorizar e disciplinar a prática da telessaúde em território nacional e abrange a prestação remota de serviços relacionados a todas as profissões da área da saúde, regulamentadas pelos órgãos competentes.

Entre as disposições, está a autonomia tanto do profissional de saúde quanto do paciente para optarem pelo atendimento virtual ou não, bem como a confidencialidade dos dados fornecidos.

Além disso, agora está “dispensada a inscrição secundária ou complementar do profissional de saúde que exercer a profissão em outra jurisdição”, o que flexibiliza e amplia a prestação dos serviços de saúde no país, entretanto, para os atendimentos presenciais, a inscrição secundária permanece obrigatória.

Princípios da telemedicina

A prestação de serviços de saúde à distância, por meio da utilização das tecnologias da informação e da comunicação, ocorrerá sob as seguintes condições:

  • Autonomia do profissional de saúde 
  • Consentimento livre e informado do paciente 
  • Direito de recusa ao atendimento na modalidade telessaúde, com a garantia do atendimento presencial sempre que solicitado
  • Dignidade e valorização do profissional de saúde
  • Assistência segura e com qualidade ao paciente
  • Confidencialidade dos dados 
  • Promoção da universalização do acesso dos brasileiros às ações e aos serviços de saúde 
  • Estrita observância das atribuições legais de cada profissão 
  • Responsabilidade digital

Com a tecnologia cada vez mais presente e indispensável no dia a dia das empresas de saúde, agilizando processos e proporcionando uma assistência mais segura para pacientes e profissionais, a regulamentação era aguardada por todos da categoria e simboliza uma vitória para o setor.

Atentos a essa tendência e às carências da saúde, em 2022, o SindHosp lançou o projeto Proposta Saúde São Paulo, no qual reúne as principais problemáticas, soluções e previsões para a saúde paulista. O Saúde São Paulo discute, especialmente, sobre o impacto e poder da saúde digital no ecossistema. Conheça agora a versão virtual, já ampliada, e as fases de construção da obra, documentadas em uma página exclusiva aqui no site.

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Estudo inédito de telemonitoramento acompanhou 110 pacientes por 24h: confira os principais resultados

Rumo a segunda fase, estudo pioneiro de telemonitoramento acompanhou 110 pacientes durante um ano.

Para entender mais sobre o levantamento, o SindHosp conversou com um dos autores do projeto, João Paulo Silveira, membro do Conselho Fiscal Efetivo da Fehoesp e diretor do SindJundiaí.

“Escolhemos realizar esse trabalho porque, em home care, a regulagem dos respiradores é feita por profissionais que estão na casa dos pacientes. Muitas vezes esses profissionais quando vão numa longa distância ou uma região de difícil acesso, afastada dos grandes centros de tecnologia e informação médica, tem dificuldade na regulagem desses equipamentos”, explica João

Dessa forma, pensando em solucionar esse impasse, o estudo uniu o telemonitoramento 24h à Internet das Coisas Médicas. Assim, o objetivo foi proporcionar que os profissionais regulassem esses equipamentos à distância.

“E não só isso, também era nossa intenção que esse profissional pudesse acompanhar os resultados dessa regulagem e adaptação remotamente”, complementa.

Como foi composta a amostra?

As 110 pessoas acompanhadas no estudo são residentes no estado de São Paulo e pacientes da Plural Care, holding de serviços de home care.

Os pacientes têm em comum a necessidade de suporte respiratório por aparelhos em decorrência de variadas enfermidades.

Dos 110 pacientes, 75% necessitavam de ventilação mecânica invasiva (pacientes traqueostomizados) e 25% utilizam algum tipo de interface (máscara) oronasal.

Em parceria com a ResMed, empresa global fabricante de equipamentos de suporte respiratório e dispositivos médicos conectados à nuvem, a Plural Care se uniu para desenvolver o levantamento.

Ao lado, exemplos de aparelhos de ventilação mecânica usados no estudo

Resultados indicam melhora clínica e economia de gastos

Com a finalização da primeira fase do estudo, foram observados os seguintes resultados:

  • Melhora dos casos clínicos;
  • Conforto do paciente;
  • Diminuição da reinternação hospitalar.

“Consequentemente, esses fatores geram melhor atendimento e desfecho clínico, o que resulta numa economia importante para as fontes pagadoras, sejam elas os planos ou seguradoras de saúde”, avalia João.

Os resultados foram aceitos e apresentados por João em setembro deste ano no European Respiratory Society (ERS) Internacional Congress 2022, o maior e mais importante congresso mundial sobre doenças respiratórias, realizado em Barcelona, na Espanha.

Próximos passos

Agora, a Plural Care e a ResMed estão desenvolvendo a segunda etapa do estudo.

De acordo com João, que também é sócio e diretor da Plural Care, o grande desafio dessa nova fase é ampliar o estudo ao nível nacional, para os 300 pacientes em ventilação mecânica da holding.

Dessa forma, os resultados serão importantes para conhecer o perfil do telemonitoramento domiciliar no Brasil.

A princípio, as novas conclusões estão previstas para serem divulgadas em Milão, novamente no ERS, que está programado para setembro de 2023.

O SindHosp está sempre atento aos estudos, pesquisas e projetos em desenvolvimento que se relacionam ao setor da saúde. Para se manter antenado nas últimas novidades, acompanhe a aba ‘Notícias‘.

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benefícios da telemedicina

10 benefícios da telemedicina para clínicas de saúde ocupacional

Conteúdo sobre os benefícios da Telemedicina de autoria da Portal Telemedicina

Um dos maiores desafios enfrentados por diretores de clínicas de saúde ocupacional é obter os laudos dos exames com rapidez e sem perda de qualidade. Exames admissionais e demissionais são solicitados para entrega rápida pelas empresas.

Empregadores e empregados têm pressa, tanto para encerrar ou iniciar o contrato trabalhista e, neste aspecto, a clínica de saúde ocupacional torna-se um parceiro fundamental, que entende esse trâmite e ajuda profissionais e empresários na otimização do tempo e no fluxo trabalhista. É fundamental, dessa forma, trabalhar com rapidez e eficácia para acompanhar o ritmo do mercado e fornecer laudos ocupacionais precisos.

Em amplo crescimento por todo o mundo, a telemedicina tem sido uma importante ferramenta tecnológica para ampliar o acesso à saúde. Com ela é possível obter laudos à distância de vários tipos de exames frequentes na área de saúde ocupacional. Ela oferece ainda diversas vantagens para clínicas e sua implementação não requer um grande investimento financeiro.

Os benefícios da telemedicina para otimizar o serviço de laudos da clínica de saúde ocupacional são muitos, mas neste artigo procuramos elencar alguns aspectos fundamentais na hora de optar ou não por um fornecedor.

A telemedicina em clínicas de saúde ocupacional

Uma clínica ou empresa de saúde ocupacional e segurança do trabalho pode atender a diversos setores do mercado: Indústria, Varejo, Construção Civil. Cada um deles possui necessidades específicas quando o assunto é realização de exames.

Bancos e empresas que não apresentam grandes riscos e periculosidade para os trabalhadores, por exemplo, pedem apenas exames clínicos. Já empresas que trabalham com distribuição de produtos químicos podem necessitar até 20 exames diferentes para um único laudo demissional ou admissional.

Com tantas demandas diferentes e a constante preocupação em entregar um trabalho ágil e eficiente, as clínicas de saúde ocupacional devem buscar maneiras de otimizar a produção. Nesse contexto, a telemedicina surge como uma ferramenta importante para agilizar os laudos de exames como eletrocardiogramas, eletroencefalogramas, espirometrias, radiografias, tomografias, mamografias, acuidade visual e ressonâncias magnéticas. Otimizando esses exames, a gestão da clínica pode direcionar esforços e recursos em outros procedimentos que demandam mais atenção.

Como funciona

O exame desejado, como um eletrocardiograma, por exemplo, é realizado normalmente na sua clínica. Em seguida, os dados coletados são enviados diretamente dos equipamentos via IoT (Internet das Coisas) para a plataforma de telemedicina. As informações são convertidas em arquivos DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) de padrão mundial e enviados, pelo sistema PACS homologado pela ANVISA, à unidade central do serviço de telemedicina. Todo o processo em conformidade com padrões de segurança estabelecidos pelo Conselho Federal de Medicina.

Sistemas mais modernos de telemedicina, que tem aplicação de inteligência artificial em sua plataforma, conseguem, por exemplo, realizar uma triagem automática e adiantar os casos mais urgentes para que eles sejam os primeiros na fila de análise do médico – agilizando o processo de laudos na sua clínica. Outras aplicações de inteligência artificial são especialmente benéficas para o segmento de saúde ocupacional, pois conseguem sinalizar evolução de doenças com bastante precisão.

Após a análise, os médicos disponibilizam os laudos pelo mesmo sistema. É possível entregar laudos no mesmo dia ou, em caso de urgência, apenas uma hora após a emissão do exame. O sistema é adaptado para a agilidade, fazendo com que o procedimento de envio e devolução dos laudos funcione rapidamente.

Benefícios da adoção

É possível laudar diversos tipos de exames frequentemente realizados em clínicas de saúde ocupacional com a telemedicina: radiografia, densitometria óssea, mamografia, tomografia e ressonância magnética, entre outros. Os benefícios da adoção de sistemas modernos de telemedicina nas clínicas de saúde ocupacional são diversos. Reunimos os dez mais relevantes:

  1. Agilidade na entrega dos laudos: em casos urgentes, são entregues em menos de uma hora, para os demais casos, em até 24 horas;
  2. Diminuição de custos com a folha de pagamento da clínica, uma vez que os especialistas são contratados pelas empresas de telemedicina;
  3. Evita reconvocação dos pacientes: a conexão via IoT permite o envio automático das informações dos exames, ou seja, elimina a etapa de envio manual dos exames evitando erros de digitação. Outro benefício é a sinalização pelo sistema em tempo real quando algum exame não foi captado corretamente;
  4. Modernização da clínica: o software da Portal Telemedicina permite, por exemplo, que mesmo aqueles aparelhos médicos antigos e sem conexão tornem-se aptos a transmitir informações online para a empresa de telemedicina;
  5. Armazenamento seguro: a empresa de telemedicina faz o armazenamento seguro dos exames em nuvem seguindo as leis da ANVISA;
  6. Padronização e personalização do laudo online: a clínica pode colocar seu logotipo no laudo ou optar por utilizar o logo da empresa de telemedicina;
  7. Organização e segurança dos exames: clínicas e hospitais não precisam se preocupar com o armazenamento físico na clínica, os exames ficam armazenados eletronicamente, com organização e segurança;
  8. Laudos de alta qualidade: mesmo as clínicas geograficamente distantes dos grandes centros, podem contar com alguns dos melhores especialistas de São Paulo com apenas um clique;
  9. Escalabilidade da realização de exames: com a telemedicina, é possível aumentar as especialidades médicas atendidas e atender a sazonalidade de demandas de exames, sem prejudicar a qualidade e o tempo de entrega;
  10. Ampliação das especialidades atendidas: caso a sua clínica não tenha alguns dos aparelhos médicos instalados, empresas como a Portal Telemedicina oferecem consultoria e assessoria na compra ou locação de equipamentos médicos.

Padronizando a entrega dos laudos

Agora que você já conhece os benefícios da qualidade dos laudos de saúde ocupacional gerados com telemedicina, vamos focar em mais uma questão importante: a padronização destes documentos.

Trabalhar com saúde ocupacional envolve diversas questões legais com as quais os gestores de clínicas desta área devem sempre estar atentos, como os exames requeridos para cada área de trabalho e os prazos para a entrega dos resultados. Além de garantir laudos precisos, é fundamental estar atento a todas as informações presentes nos documentos gerados e entregues aos pacientes.

Ao utilizar laudos digitais realizados pela telemedicina, a clínica pode contar com facilidades que permitem aperfeiçoar seu fluxo interno de entrega do documento. A tecnologia possibilita padronizar os procedimentos e criar um modelo único para cada estabelecimento.

Os laudos podem ser personalizados. Ao receber o arquivo digital do serviço de telemedicina, a clínica pode inserir sua logomarca e outras informações que achar importante no documento. Após definir o modelo desejado, todos os novos laudos gerados estarão padronizados de acordo com ele.

O laudo digital ainda traz benefícios como melhor legibilidade e organização das informações. O documento é preenchido de forma digital, diretamente nos campos fornecidos pelo software de telemedicina. Lá, todas as informações do paciente estarão em um só lugar e armazenadas de forma segura. Caso a empresa que está contratando um colaborador precise novamente dos dados do exame, por exemplo, eles estarão facilmente disponíveis, organizados e a prova de contestação.

A telemedicina pode otimizar o trabalho de sua clínica e garantir muito mais qualidade ao atendimento!

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telemedicina é regulamentada

Conselho Federal de Medicina (CFM) regulamenta telemedicina no Brasil: saiba o que mudou

O debate sobre a modalidade médica Telemedicina, iniciado em 2018, teve seu desfecho traçado na última quinta-feira (05/05/2022), data em que o Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou a Resolução nº 2.314/2022, definindo e regulamentando a telemedicina no Brasil como forma de serviços médicos mediados por tecnologias de comunicação.

A norma entrou em vigor a partir do dia de sua publicação e foi constituída com o auxílio de representantes dos conselhos regionais e de associações médicas.

Modalidades regulamentadas

A telemedicina é a base da assistência de Saúde à distância, prática impulsionada pela crise sanitária de Covid-19, que teve como principal recomendação do Ministério da Saúde o distanciamento físico.

Com o modelo de atendimento, já enraizado em diversos países, atingindo o ápice de popularidade e aplicação, o CFM regulamentou 7 modalidades, confira: 

  • Teleinterconsulta (quando médicos consultam outros médicos);
  • Telediagnóstico (envio de laudos de exames aos médicos);
  • Telecirurgia (mediada por robôs);
  • Telemonitoramento (acompanhamento da evolução clínica do paciente);
  • Teletriagem (regulação do paciente para internação);
  • Teleconsultoria.

Telemedicina: o que mudou

Mas, afinal, em que a nova Resolução implicará no cotidiano dos profissionais e gestores da saúde, bem como, de seus pacientes?

O CFM esclarece que a norma confere aos médicos autonomia para avaliar e decidir qual tipo de consulta convém em cada caso clínico, podendo recomendar a modalidade presencial, se julgar necessário.

Os planos de saúde também poderão escolher entre disponibilizar teleconsultas para seus beneficiários ou não.

No documento, consta ainda a informação de que o atendimento deve ser autorizado pelo paciente ou responsável e que a consulta e todos os dados coletados precisam ser registrados em prontuário médico, preservando imagens e exames em sigilo e segurança, conforme prega as normas do conselho médico e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD

Um adendo importante é que o Projeto de Lei 1998/2020 de autoria da deputada federal Adriana Ventura (NOVO-SP), que prevê a telemedicina em todo país, foi aprovado recentemente pela Câmara Federal em 27/04/2022  e seguiu para o Senado Federal.

Benefícios

A regulamentação é benéfica não somente para a população, mas também para todo o ecossistema de Saúde. Contribuirá efetivamente para que o amparo à vida chegue aos municípios mais isolados e para que todo o trâmite das consultas de retorno ou de preparação para futuros exames possa ser agilizado.

O que reduz significativamente os custos e o tempo de deslocamento dos pacientes e dos profissionais. 

Contudo, é importante ter em mente que a nova resolução em vigor de maneira alguma invalida a primazia do atendimento presencial. Na verdade, a telemedicina atua de modo complementar à assistência tradicional e deve ser vista como um recurso que proporciona maior conforto, otimização da hora clínica, agilidade de processos e segurança para médicos e pacientes.

É fundamental que os profissionais envolvidos se preocupem em manter a qualidade do atendimento em nível igualitário para todas as modalidades, esse cuidado é necessário para que possamos usufruir, com segurança, da ferramenta tão inovadora e dinâmica, chamada telemedicina.

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O que muda na Saúde com o 5G?

Internet móvel ultrarrápida, 5G deve tornar a Saúde mais conectada às pessoas, ajudar na prevenção e alçar novo padrão para procedimentos no estado de SP

 

          No início deste mês, em 5/11, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) concluiu o leilão de frequência de 5G às empresas interessadas em explorar a nova tecnologia no país. O leilão é o maior da história no setor, movimentou R$46,7 bilhões e introduziu seis novas operadoras no mercado de telecomunicações do Brasil.

          A nova tecnologia é uma revolução que já repercute nas principais economias do mundo. Segundo a PwC, o 5G resultará, até 2030, em um impacto de US$ 86 bilhões no PIB global de serviços financeiros. Já segundo levantamento da IHS Markit, 22,3 milhões de empregos serão gerados até 2035.

 

100x mais rápida para a Saúde

         Mais veloz que um piscar de olhos. Esta é a velocidade que o 5G leva para enviar um pacote de dados e receber resposta. Uma evolução de 40 milissegundos do atual 4G, para 1 milissegundo.

        Na Saúde, o 5G trará muito mais conectividade entre objetos, auxiliando na prevenção da população. É a chamada Internet das Coisas, em que utensílios são cada vez mais inteligentes e funcionais, mesmo remotamente.

         Segundo especialistas em computação, em um raio de 1 quilômetro será possível ter até 1 milhão de aparelhos conectados, como pulseiras inteligentes, que vão fornecer um volume inédito de dados no Brasil, permitindo que as informações sejam analisadas para identificar hábitos e criar ações mais assertivas para o setor.

       Outra grande promessa da nova tecnologia está na telemedicina. Com a alta velocidade de conexão e baixa latência, isto é, tempo menor para envio e recebimento do sinal, a comunicação entre profissionais à distância será facilitada. Assim, exames e procedimentos poderão ser acompanhados por equipes remotas, em tempo real, sem falhas e com uma rapidez nunca vista de resposta. O delay ficou para trás.

        Para o presidente do SindHosp, Francisco Balestrin, a telemedicina, que foi aperfeiçoada pelos serviços de Saúde durante a pandemia, possui um futuro promissor. “O recurso mostrou a sua eficiência durante esse período crítico e provou que é capaz de ampliar a assistência de maneira segura e eficiente”, defende Balestrin. 

 

Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, acredita que a telemedicina já faz parte do futuro da Saúde

 

        A área de diagnósticos também será impactada com a chegada do 5G. As novas possibilidades de armazenamento de dados e a agilidade nos downloads resultarão em um processamento mais rápido e sem fios. Consequentemente, devem surgir novos padrões de inteligência artificial que podem acelerar diagnósticos.

       A Anatel divulgou que a tecnologia deve começar a funcionar nas 26 capitais do Brasil e no Distrito Federal a partir de julho de 2022, pela Claro, Vivo e Tim. Para que esteja implementada em todo o país, a Anatel prevê um lapso de oito anos, com total funcionamento em julho de 2029.

       Até lá, o setor tem expectativas em melhores resoluções de imagem e vídeo, monitoramento contínuo e intervenções cirúrgicas à distância, principalmente em casos de atendimento emergencial.

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