Sindhosp

Luisa Fogaça

Pesquisa SindHosp aponta aumento de 80% em internações por dengue em São Paulo

O Núcleo de Inteligência e Conteúdo (NIC) do SindHosp acaba de divulgar uma pesquisa inédita e exclusiva sobre o aumento de casos de dengue no estado de São Paulo. De acordo com o levantamento, 80% dos hospitais paulistas registraram aumento de internações por dengue. A pesquisa ouviu 91 hospitais privados do estado, sendo 64% da Capital e Grande São Paulo e 36% do Interior.

A nova pesquisa SindHosp repercutiu na grande imprensa. Publicações como O Globo e Valor Econômico deram a notícia. Clique aqui para ler. O estudo foi realizado no período de 29 de janeiro a 7 de fevereiro. A faixa etária mais frequente entre os pacientes com dengue atendidos nos hospitais é de 30 a 50 anos de idade, para 68% dos hospitais. A pesquisa também levantou informações sobre internação por covid-19, que também teve registro de alta nas internações.

Tipos de internação

Perguntados sobre o aumento de internações em leitos clínicos, 51% dos hospitais informaram crescimento de 11% a 20% nas internações em leitos clínicos e 33% registraram crescimento de até 5% nesse tipo de internação. No entanto, para 89% dos hospitais não houve aumento nas internações em UTI para dengue e para 11% deles houve crescimento de internações em UTI de até 5%. Apurou-se ainda que pacientes internados em UTI tem o tempo médio de internação de até quatro dias.

No setor de pronto-atendimento (PA), onde se atendem casos de urgência e emergência, 89% dos serviços de saúde registraram aumento de casos de pacientes com suspeita de dengue nos últimos 15 dias. Já 34% dos hospitais registraram aumento de 6% a 10% de pacientes que testaram positivo para dengue enquanto 27% dos serviços de saúde registraram 31% a 50% de aumento de pacientes que testaram positivo nos últimos 15 dias enquanto 20% dos hospitais registraram 51% a 70% de aumento de pacientes que testaram positivo.

Combate

Para o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, o aumento dos casos de dengue no país está trazendo reflexos no aumento de casos nos pronto-atendimentos e nas internações dos hospitais. “O surto cresce rapidamente e o único controle mais efetivo é o aumento das ações das autoridades sanitárias para orientar a população no controle da proliferação do mosquito transmissor e ações diretas de combate ao mosquito”, alerta.
Covid

A pesquisa também acompanhou a trajetória da covid nos hospitais paulistas. Um total de 60% dos serviços confirmou aumento de covid no percentual de até 5% nos seus pronto-atendimentos. E todos os hospitais informaram aumento de até 5% nas internações clínicas por covid. Para 84% dos hospitais, o tempo médio de internação em leitos clínicos é de cinco a dez dias. Porém, para 98% dos hospitais, não houve aumento de internações por covid em leitos de UTI, dado que leva a concluir a menor gravidade da doença. Para 100% dos hospitais, o tempo médio de permanência em leito de UTI para covid é de 4 dias.

Outras doenças

A pesquisa questionou os hospitais ainda sobre outras doenças prevalentes que levaram a internações. O resultado mostrou este quadro: 38% dos hospitais apontam doenças crônicas, 28% viroses em geral, 27% outras doenças respiratórias, 5% traumas e urgências cirúrgicas e 2% outras doenças.

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Secretário municipal da Saúde fala sobre os desafios da cidade São Paulo

O secretário municipal de Saúde de São Paulo participou do videocast Papo da Saúde, apresentado pelo presidente do SindHosp, Francisco Balestrin. Durante quase meia hora de entrevista, o médico Luiz Carlos Zamarco detalhou alguns dos projetos que vem desenvolvendo para a capital paulista e falou dos desafios de conciliar aspectos técnicos e políticos à frente de uma pasta estratégica para uma metrópole tão complexa e heterogênea, com 12 milhões de habitantes, que atrai pacientes de todos os cantos. A íntegra da entrevista pode ser vista aqui.
Segundo ele, diante do diagnóstico de uma doença mais complexa, as pessoas decidem viajar para São Paulo na primeira oportunidade. “Além disso, temos de planejar as ações levando em consideração as diferentes regiões da cidade. Para se ter uma ideia, temos médicos que falam tupi-guarani para atender a tribos indígenas presentes na cidade”, exemplificou Zamarco.

Dengue

O secretário reconheceu que a situação sanitária envolvendo a disparada dos casos de dengue preocupa, mas garante que o risco de contração da doença é menor em São Paulo. “Em 2023, tivemos 119 casos de dengue para cada 100 mil habitantes. No Brasil, essa taxa foi de 816 casos para cada 100 mil habitantes. Diante dessa baixa incidência, não fomos contemplados com a vacina da dengue. Ou seja, estamos sendo penalizados pela eficiência. Mas estamos pleiteando a vacina junto ao Ministério da Saúde, uma vez que temos uma completa estrutura para imunizar a população, com 471 salas e equipe muito bem treinadas. Paralelamente, temos 12 mil agentes percorrendo moradias conscientizando as pessoas de que 80% dos criadouros do mosquito da dengue estão dentro das casas, nos quintais, em locais com água parada”, revelou o médico.

Profissional de carreira

Luiz Zamarco é pediatra neonatologista. Ainda atua como médico, trabalhando em um berçário fora de São Paulo. “Sou médico há 37 anos e estou na gestão há 20. Conheço bem a estrutura da saúde. Fui chefe de plantão, chefe de equipe e chefe de pronto socorro antes de me tornar diretor clínico e diretor técnico. Com o tempo, migrei para a coordenação hospitalar, até me tornar superintendente de autarquia, secretário executivo, secretário ajunto e agora secretário. Conheci todas as fases e todas as dificuldades. Continuo na assistência, o que me ajuda na gestão, na hora de decidir. Tenho uma visão privilegiada do que deu certo e o que precisa mudar. Estar próximo do atendimento me coloca em conexão com as equipes que estão na ponta, seja do ponto de vista do colega de plantão ou do paciente que acabou de entrar na emergência”.

Atenção básica

O secretário diz que houve um investimento importante nas gestões de Covas e Nunes na atenção básica, com a oferta de 471 unidades básicas de saúde (UBS), com previsão de entrega de mais 39 até 2025. “Criamos o programa de estratégia da saúde da família de São Paulo que atende quase 60% da população municipal. São 1.680 equipes de estratégia com seis agendes de saúde, que visitam semanalmente sua população de referência, fazendo o acompanhamento e realizando um encaminhamento precoce às UBS caso encontrem alguma intercorrência, ou seja, uma ação preventiva”, disse Zamarco.

Urgência, emergência e internação

Segundo ele, também há um trabalho importante nas áreas de urgência e emergência, com ampliação de três para 26 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e expectativa de mais 10 até o meio deste ano de 2024. “Com uma estrutura robusta tanto na atenção básica como no atendimento de urgência e emergência, conseguimos ‘tirar’ os pacientes da frente dos hospitais, que podem se concentrar nos casos de maior complexidade. Ou seja, a UPA faz a triagem e, só em caso de real necessidade de internação ou cuidados especiais, encaminha para os hospitais de acordo com uma linha de cuidado já traçada”. Não por acaso, nos últimos três anos, a saúde foi considerada pela população de São Paulo o melhor serviço público prestado pela cidade, diz o secretário.

Cracolândia

Apesar dos avanços, Zamarco conhece os desafios. A começar pelas cerca de 50 mil pessoas que moram na rua e representam uma preocupação para a área da saúde. “Temos consultórios de rua com médico, assistente social, enfermeiro e agentes de saúde. São 26 equipes somente na região central de São Paulo. Também oferecemos moradias completas, são mais de quatro mil vagas nos nosso hotéis, com café da manhã, almoço e jantar, além de cursos profissionalizantes, mas nem todos querem sair de onde estão. Na Cracolândia, temos prontuário de todos os pacientes em situação de rua e um grupo de seis equipes que atuam lá dentro, em um trabalho constante de convencimento de pessoas muito debilitadas e vulneráveis, que precisam de cuidados preventivos”.

Confira o Papo da Saúde completo:

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convenção coletiva médicos

Firmada Convenção Coletiva de Trabalho com SINTRASAÚDE

Informe SindHosp Jurídico nº 171-A/2023

FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E DOS TRABALHADORES EM
ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE SANTOS, SÃO VICENTE, GUARUJÁ, CUBATÃO, PRAIA GRANDE, MONGAGUÁ, ITANHAÉM, PERUÍBE,
ITARIRI, PEDRO DE TOLEDO, MIRACATU, IGUAPE, CANANÉIA, PARIQUERA-AÇU, BERTIOGA, SÃO SEBASTIÃO E ILHABELA – SINTRASAÚDE, VIGÊNCIA DE 1º DE OUTUBRO DE 2023 A 30 DE SETEMBRO DE 2024.

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM E DOS TRABALHADORES EM ESTABELECIMENTOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE DE SANTOS, SÃO VICENTE, GUARUJÁ, CUBATÃO, PRAIA GRANDE, MONGAGUÁ, ITANHAÉM, PERUÍBE, ITARIRI, PEDRO DE TOLEDO, MIRACATU, IGUAPE, CANANÉIA, PARIQUERA-AÇU, BERTIOGA, SÃO SEBASTIÃO E ILHABELA – SINTRASAÚDE, com vigência de 1º de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2024.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções Coletivas.


São Paulo, 11 de dezembro de 2023.
FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE
PRESIDENTE


Base Territorial: Bertioga, Cananéia, Cubatão, Guarujá, Iguape, Ilhabela, Itanhaém,
Itariri, Miracatu, Mongaguá, Pariquera-Açu, Pedro De Toledo, Peruíbe, Praia Grande,
Santos, São Sebastião, São Vicente, Sete Barras, Vicente de Carvalho.

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Firmada Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato dos Médicos de Santo André e Região – SINDMED-GABC

Informe SindHosp Jurídico nº 169-A/2023


FIRMADA CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO COM O SINDICATO DOS MÉDICOS DE SANTO ANDRÉ E REGIÃO – SINDMED-GABC, VIGÊNCIA DE 1º DE
SETEMBRO DE 2023 A 31 DE AGOSTO DE 2024.

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS MÉDICOS DE SANTO ANDRÉ E REGIÃO – SINDMED-GABC, com vigência de 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções Coletivas.


São Paulo, 14 de dezembro de 2023.
FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE
PRESIDENTE


Base Territorial: Diadema, Mauá, Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra, Santo André, São
Bernardo do Campo e São Caetano do Sul.

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cct médicos sorocaba

Firmada Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato dos Técnicos em Nutrição e Dietética do Estado de SP

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS TÉCNICOS EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, com vigência de 1º de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2024.


A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções Coletivas.


São Paulo, 5 de dezembro de 2023.


FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE
PRESIDENTE
Base Territorial: Todo o Estado de São Paulo

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Informativo SindHosp: Lei 14.740/2023 – Autorregularização Incentivada de Tributos

Ref.: Lei 14.740/2023 – Autorregularização Incentivada de Tributos

Prezados Representados,

No dia 30 de novembro de 2023, foi publicada a Lei 14.740/2023, que trata da autorregularização incentivada de tributos administrados pela Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil, vinculada ao Ministério da Fazenda.

Destacamos que a adesão a esse programa estará sujeita à regulamentação posterior. Estaremos atentos ao desenvolvimento desse processo, comprometendo-nos a fornecer as informações necessárias oportunamente.

Para consultar a íntegra da lei, recomendamos acessar a fonte oficial: L14740 (planalto.gov.br).

Atenciosamente,

Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo – SindHosp.

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Informativo SindHosp: Lei 14.737/2023 – Acompanhamento de Mulheres em Procedimentos de Saúde

Informativo SindHosp 005/2023

Lei 14.737/2023 – Acompanhamento de Mulheres em Procedimentos de Saúde

Prezados Representados,

No dia 27 de novembro de 2023, foi publicada a Lei 14.737/2023, uma alteração significativa na Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.090/1990). Esta legislação estabelece a obrigatoriedade de garantir o acompanhamento de mulheres por pessoa maior de idade durante consultas, exames e procedimentos realizados em unidades de saúde públicas ou privadas.

A nova lei assegura o direito das mulheres de serem acompanhadas durante todo o período do atendimento, independentemente de notificação prévia. Além disso, estabelece que, nos casos de sedação ou redução do nível de consciência, em situações em que a paciente não indique o acompanhante, os estabelecimentos são obrigados a providenciar acompanhamento, preferencialmente por pessoa do sexo feminino.

Diante dessa mudança, orientamos que os membros da categoria tomem as medidas necessárias para cumprir a lei, que entrou em vigor na data de sua publicação.

Para consultar a íntegra da lei, acesse a fonte oficial: L14737 (planalto.gov.br).

Atenciosamente,

Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo – SindHosp.

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biomédicos

Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato dos Farmacêuticos no Estado de São Paulo

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS FARMACÊUTICOS NO ESTADO DE SÃO PAULO, com vigência de 1º de outubro de 2023 a 30 de setembro de 2024.


A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções Coletivas.


São Paulo, 1º de dezembro de 2023.
FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE
PRESIDENTE


Base Territorial: Todo o Estado de São Paulo

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Convenção coletiva com enfermeiros sp

Firmada Convenção Coletiva de Trabalho com o Sindicato dos Médicos de Santos

Informamos que o SindHosp firmou Convenção Coletiva de Trabalho com o SINDICATO DOS MÉDICOS DE SANTOS, com vigência de 1º de setembro de 2023 a 31 de agosto de 2024.

A íntegra da Convenção Coletiva de Trabalho encontra-se à disposição dos sócios e contribuintes no site do SINDHOSP, www.sindhosp.org.br ícone Jurídico/Convenções Coletivas.


São Paulo, 24 de novembro de 2022.


FRANCISCO ROBERTO BALESTRIN DE ANDRADE
PRESIDENTE


Base Territorial: Cubatão, Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande.

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O futuro do setor de saúde passa por práticas ESG

Diálogos da Saúde em Parceria com a Johnson & Johnson Innovative Medicine Brasil

O SindHosp sediou um debate especial sobre os rumos da saúde no Brasil. Realizado em parceria com a Johnson & Johnson e moderado pelo presidente da entidade, Francisco Balestrin, o evento chamou a atenção para o tema “Diálogos e Parcerias para um Futuro mais Saudável”. Participaram do encontro, que aconteceu na manhã do dia 28 de novembro, em São Paulo, a presidente da J&J, Amanda Spina, a diretora executiva de Estratégia e ESG do Grupo Fleury, Andrea Marçon Bocabello, e o vice-presidente Médico e de Serviços Externos da Rede D’Or São Luiz, Leandro Reis Tavares, além da CEO do SindHosp e anfitriã, Larissa Eloi. A íntegra do debate, que faz parte da série “Diálogos da Saúde”, está disponível no canal do SindHosp no YouTube, aqui: https://www.youtube.com/watch?v=XjE_tiYVvkQ.

Ponto de inflexão

Francisco Balestrin abriu o evento, destacando os desafios dos tempos atuais no mercado da saúde. “O mundo, a sociedade e nós do setor da saúde estamos em um ‘turning point’. As novas sociedades têm de estar focadas nessa transição, atentas a questões como inovação, governança, responsabilidade social e cuidados ambientais”.  

Após a abertura, Amanda Spina fez uma apresentação institucional da Johnson. Ela foi anunciada pela diretora executiva do SindHosp, Larissa Eloi, que fez questão de enaltecer a presença de mulheres à frente dos grandes debates atuais. “Como CEO mulher, fico feliz de ver lideranças femininas fazendo a diferença na sociedade”, afirmou Eloi.

Mudanças na Johnson

A presidente da Johnson & Johnson enfatizou o compromisso da empresa com a agenda ESG, sigla em inglês para o conceito Ambiental, Social e Governança (ASG em português). “Acreditamos em inovação e competitividade para um futuro sustentável. Estamos há 90 anos no Brasil e precisamos avançar em agendas ESG sem deixar de inovar e ser competitivo”, disse Amanda Spina, que lembrou que a Janssen (farmacêutica) e a Meditec (aparelhos) viraram Johnson & Johnson Innovative Medicine e a Johnson & Johnson (consumo) se tornou uma empresa independente, a Kenvue.  

Segundo Amanda Spina, na prática, o “credo” da empresa não muda. “Há conceitos que vamos sempre manter. Isso vale para o cuidado com pacientes, extensivo a familiares, cuidadores e profissionais de saúde, a responsabilidade com colaboradores, com inclusão, bem-estar e equidade, a atenção com comunidade, meio ambiente e recursos naturais e o compromisso com acionista, lembrando que investimos 12 bilhões de reais em inovação e temos 13 mil cientistas trabalhando conosco pelo mundo. No Brasil, estamos entre as cinco empresas que mais investem em pesquisa e desenvolvimento”.

ESG como negócio

Depois da apresentação da Johnson & Jonhson, teve início o painel “Impacto Positivos da Saúde – Diálogos e Ações para Sustentabilidade do Setor da Saúde, da Sociedade e do Planeta”. Andrea Bocabello, do Grupo Fleury, tratou do tema “inovação e competitividade a partir da cultura de diversidade e inclusão”.

Segundo ela, o ESG é parte da estratégia do grupo, especializado em medicina diagnóstica. “As iniciativas ESG geram receita, vão além de se ‘fazer o certo’. Existe um mercado em torno do conceito ESG e, se não o exploramos, não só perdemos oportunidades de negócio como deixamos de nos comunicar os clientes”, explica Bocabello.

A executiva diz que diversidade e inclusão são a base de toda a entrega ESG. “Tendo um público interno diverso e inclusivo, você identifica necessidades que os clientes têm e, assim, consegue falar em medicina personalizada e excelência operacional, o que inclui acolhimento e segurança. Além disso, inclusão e diversidade suscitam inovações, novos modelos, novos produtos, maneiras diferentes de entender uma determinada expressão e investimento de longo prazo, mais barato, a partir do engajamento de steakholders”, acrescentou Andrea Bocabello. “Antes, ninguém entendia a conexão entre estratégia, inovação e ESG. Hoje, as coisas mudaram”.  

Razão de existir

Por fim, foi a vez de Leandro Tavares, da Rede D’Or São Luiz, que falou sobre a “Importância de Ações ESG como Ferramenta de Diferenciação no Mercado de Saúde”. Ele destacou que o grupo tem 73 hospitais, 11 mil leitos hospitalares, 3.500 leitos de tratamento intensivo, o maior banco de sangue privado do país e segunda maior seguradora do país.

“As práticas ASG (ESG) têm de existir como as razões de existir das nossas empresas no setor da saúde. Não tem como dissociar. Senão soa meio falso, para inglês ver. Por isso nosso propósito é levar a melhor medicina nas áreas que atendemos, oferecendo as melhores condições de trabalho para o profissional de saúde, em um ambiente absolutamente seguro para o paciente”, revelou Tavares.

Leandro Tavares reconhece que o impacto ambiental dos serviços de saúde é muito grande. “O consumo de energia é enorme, o de água também… o de recursos naturais é gigantesco e a produção de lixo é uma enormidade. Para piora, produzimos um lixo que não se degrada rapidamente, permanece muito tempo sobre a face da Terra. Por isso fizemos um inventário de carbono para dimensionar o impacto total e neutralizar”, contou Tavares. “Há cinco anos não inauguramos um hospital sem que o prédio seja ambientalmente amigável, ou seja, receba todo um trabalho de eficiência energética e água, desde sua estrutura”.

 O executivo da Rede D’Or compara as práticas ESG com as práticas de qualidade hospitalar. “É um processo, um compromisso que a alta administração faz permear por toda a instituição até chegar às raízes”, conta Tavares. Entre as iniciativas do grupo estão a compra de roupas de cama de uma cooperativa de costureiras e a doação dos tecidos posteriormente para confecção de peças para famílias economicamente vulneráveis, além de leitos de pediatria para cirurgias de alta complexidade para comunidades do Rio.

“Também temos o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, totalmente custeado por capital privado. Temos um bilhão de reais para os próximos 10 anos. Os pesquisadores lá têm indicadores comparáveis ao de grandes instituições internacionais. Temos parcerias e publicações com cerca de 100 universidades ao redor do mundo e 104 Ph.D’s desenvolvendo em tempo integral pesquisa e ciência, e ciência básica”.

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