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Josiane Mota

São Paulo ganha rede inédita de atendimento médico a distância

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo começa a implantar uma rede inédita no país de atendimento médico a distância que irá auxiliar no esclarecimento de diagnósticos e no monitoramento de pacientes que derem entrada em hospitais, prontos-socorros e unidades de pronto-atendimento por todo o Estado.
 
O sistema, operado pela equipe da Cross (Central de Regulação da Oferta de Serviços de Saúde), na capital paulista, servirá como apoio ao processo de regulação de leitos e transferência de pacientes entre unidades de saúde.
 
Com investimento de R$ 3,1 milhões pelo governo do Estado, o serviço auxiliará unidades de saúde que atendem à baixa e média complexidades, geridas pelo Estado, municípios e instituições filantrópicas, a definirem condutas terapêuticas de tratamento e até avaliarem a necessidade ou não de remoção de pacientes para unidades de maior complexidade hospitalar.
 
Em tempo real, equipes médicas da Cross e dos serviços hospitalares discutirão quadros clínicos de pacientes por meio da videoconferência, sistema de comunicação com transmissão de áudio e vídeo via internet.
 
Casos mais complexos ainda poderão ser discutidos com equipes médicas de três hospitais universitários considerados referências nacionais: Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e o Hospital São Paulo, ligado à Unifesp e à SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).
 
Somente após a avaliação dos casos e conclusão dos quadros de saúde é que será definida a necessidade, ou não, da transferência dos pacientes para hospitais de referência.
 
O objetivo do serviço é otimizar a assistência hospitalar e evitar complicações nos quadros clínicos dos pacientes, além de evitar transferências desnecessárias, de pessoas com casos mais simples e que podem ser resolvidos na própria unidade de origem.
 
O projeto-piloto começa a operar na região da Baixada Santista, local que sofre forte variação do fluxo de atendimento hospitalar em virtude do deslocamento de turistas em finais de semana, feriados e temporada de férias.
 
O Hospital de Bertioga é a primeira unidade a participar do sistema de regulação de leitos e pacientes por meio do projeto de telemedicina. Outras 31 unidades hospitalares, localizadas nas nove cidades da baixada santista, integrarão a rede até junho.
 
Para ofertar o serviço, a Cross irá dispor de seis postos de apoio, cada um equipado por um monitor de 21 polegadas Full HD, câmera Full HD 1080p, microfone e caixas acústicas profissionais. Essa mesma estrutura também fará parte das estações móveis de trabalho dentro dos hospitais universitários e unidades integrantes da rede.
 
Além disso, a Cross vai contar também com uma sala de telemedicina, formada por duas telas de 50 polegadas Full HD, câmera Full HD 1080p, microfone e caixas acústicas profissionais.
 
"O uso da telemedicina no processo de regulação é um grande exemplo da importância da tecnologia no serviço público de saúde, ao aproximar importantes centros de referência às reais necessidades dentro da discussão de casos de pacientes", afirma o secretário de Estado da Saúde de São Paulo, David Uip.

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Saúde libera R$ 1,4 milhão para inquérito sobre violência e acidentes

Portaria do Ministério da Saúde já publicada no Diário Oficial da União autoriza repasse financeiro no valor de R$ 1,4 milhão para a realização do Inquérito de Vigilância de Violências e Acidentes (VIVA Inquérito 2014). Ao todo, 39 municípios, incluindo todas as capitais e o Distrito Federal, serão contemplados.
 
De acordo com o texto, o recurso será repassado, em parcela única, do Fundo Nacional de Saúde ao fundo do Distrito Federal e aos fundos municipais de saúde, para a realização do inquérito nos serviços sentinelas de urgência e emergência definidos em articulação com as secretarias estaduais e municipais de Saúde.
 
O Sistema de Vigilância de Violências e Acidentes (Viva) foi implantado em 2006 com o objetivo de coletar dados e gerar informações para subsidiar políticas em saúde pública direcionadas a esses agravos, buscando preveni-los.
 
Dados do Ministério da Saúde indicam que lesões decorrentes de acidentes (referentes ao trânsito, a envenenamento, afogamento, quedas, queimaduras e outros) e violências (relacionadas a agressões, homicídios, suicídios ou tentativas, abusos físicos, sexuais, psicológicos, negligências e outras) representam a terceira causa de morte entre crianças até 9 anos, passando a ocupar a primeira posição na população de adultos jovens (de 10 a 39 anos).

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Workshop discute padrão Loinc para laboratórios brasileiros

A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), em parceria com o SINDHOSP, FEHOESP, o Instituto HL7 Brasil e a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), promoveu o workshop Loinc Brasil – “Uma Grande Conquista” , no último dia 30 de abril, no Hotel Hilton, na capital paulista. O evento marcou o lançamento da versão final em português do Loinc, um padrão internacional de terminologia (nome e códigos) para procedimentos de diagnóstico laboratorial, de imagem médica e de observações clínicas, totalizando 70 mil termos.
 
A realizado do projeto foi um trabalho voluntário e colaborativo realizado durante sete anos, por diversos grupos de trabalho de várias instituições públicas – Ministério da Saúde, Datasus, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo – e privadas (Dasa, Fleury, Hospital Albert Einstein), sociedades, associações, além de pesquisadores individuais. 
 
De acordo com o presidente do Instituto HL7, Marivan Santiago Abrahão,  que apresentou o projeto, a fim de estimular a interoperabilidade do Loinc-BR com os padrões nacionais – Terminologia Unificada  da Saúde Suplementar (TUSS), Sistema Único de Saúde (SUS) e tabela da Associação Médica Brasileira (AMB),  foi desenvolvido um sistema de mapeamento e referenciamento, o chamado Sistema Loinc-BR, que permite de forma ágil a obtenção do relacionamento dos termos afins, incluindo as sinonímias.  
 
Adicionalmente, este sistema permitirá a manutenção, a atualização e a evolução da terminologia em língua portuguesa para mantê-lo perene e ativo.
 
Para Luiz Fernando Ferrari Neto, diretor do SINDHOSP e da FEHOESP, “este vocabulário padrão pode ser um novo expoente a ser utilizado pelos associados das entidades, pois é de fundamental importância que todos falem a mesma língua dentro do setor saúde”.
 
Também estiverem presentes ao workshop as presidentes da Abramed, Cláudia Cohen, e da SPBC/ML, Paula Fernandes Távora; o 1º secretário-geral do Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR), Antonio Carlos Matteoni; o coordenador da Câmara Técnica da Abramed, Luis Gastão Rosenfeld; o coordenador de Gestão de Projeto do Ministério da Saúde/Datasus, Moacyr Perche; a gerente de Padronização e Interoperabilidade da diretoria de Desenvolvimento Setorial da ANS, Marizélia Leão Moreira; e os diretores do SINDHOSP e da FEHOESP José Carlos Barbério e Marcelo Gratão.
 

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Edmundo Vasconcelos investe R$ 20 mi em centro de especialidades

O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos anunciou esta semana o início d projeto de modernização do Centro Médico de Especialidades. Serão investidos R$ 20 milhões para uma área construída total de 7 mil m²: serão revistos o interior do edifício de três andares, com otimização do espaço e aumento de 15% no setor de recepção de pacientes.
 
Segundo Dario Ferreira Neto, diretor administrativo do hospital, as 50 especialidades serão distribuídas de acordo com a correlação entre as áreas. O objetivo é melhorar o fluxo de circulação no hospital, ganhando tempo para o paciente e para a equipe assistencial. 
 
A exceção é área de quimioterapia, que será ampliada, ganhando boxes individuais com mais conforto e iluminação personalizada. A modernização do local engloba ainda a revisão da comunicação interna do edifício, além da instalação de novos painéis e dispositivos eletrônicos. Cinco consultórios serão integrados aos 44 já existentes.
 
O Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos fica em São Paulo, na Vila Clementino, e ocupa um terreno de 25 mil m². O projeto arquitetônico da instituição é assinado por Oscar Niemeyer. Realiza aproximadamente 12 mil procedimentos cirúrgicos, 13 mil internações, 230 mil consultas ambulatoriais, 145 mil atendimentos de pronto-socorro e 1,4 milhão de exames por ano.
 

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Hospital ABC conquista acreditação ONA nível 3

O Hospital ABC, referência em atendimento médico na região do ABC Paulista, acaba de conquistar a Acreditação Nível 3 da Organização Nacional de Acreditação (ONA) — mais importante órgão certificador dos serviços de instituições de saúde no Brasil, que tem como objetivo promover a implantação de um processo permanente de avaliação e de certificação da qualidade dos serviços de saúde, permitindo o aprimoramento contínuo das instituições acreditadas. 
 
Na prática, a acreditação garante ainda mais qualidade e segurança no atendimento aos pacientes, graças à adoção de um conjunto de padrões e protocolos preconizados pela organização, como prevenção de infecções, broncoaspiração e protocolo de cirurgia, entre outros. O hospital deve estar em conformidade com um manual de aperfeiçoamento da segurança de pacientes, médicos e colaboradores. 
 
O instrumento para avaliação da ONA é composto por seções e subseções. Cada subseção é composta por padrões que devem ser integralmente atendidos. Estes padrões são definidos em três níveis de complexidade. O nível 1 é a segurança; o 2 é gestão integrada; o 3 é a excelência em gestão. Quando a instituição de saúde cumpre integralmente os requisitos, é qualificada na condição de Acreditada. Caso cumpra os níveis 1 e 2, conquista a Acreditação Plena. Caso cumpra todos os níveis, adquire a Acreditação com Excelência, caso do Hospital ABC. 
 
“O principal foco do Hospital ABC é a segurança na assistência e a satisfação de nossos pacientes. A conquista e a manutenção da certificação exige um trabalho árduo e de muito empenho e dedicação de toda a equipe multidisciplinar. O Nível 3 (excelência) que conseguimos alcançar atesta a qualidade e a eficiência garantidas no atendimento aos nossos pacientes”, afirma Masao Murata, diretor do Hospital ABC. 
 
O processo de certificação do Hospital ABC começou há cerca de três anos, quando foi criado um projeto específico para esta iniciativa. Foram implementados protocolos de segurança, novas definições dos processos estratégicos e de apoio, e a mudança da cultura organizacional do hospital. Além de um incremento no número de médicos e fisioterapeutas, também foi feita uma adequação na rotina dos técnicos de enfermagem e dos enfermeiros, com o objetivo de estabelecer a atuação em equipe multidisciplinar e o foco no cuidado ao paciente.
 

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Alvorada firma parceria com hospital americano de ortopedia

O Hospital Alvorada acaba de firmar uma parceria com o Hospital for Special Surgery (HSS), principal instituição de ortopedia dos Estados Unidos. A união visa promover a troca de boas práticas entre ambos, bem como um intercâmbio entre os profissionais de saúde (médicos, fisioterapeutas e enfermeiros). Trata-se do único hospital de São Paulo a estabelecer este modelo de parceria com o HSS. Com isso, as duas instituições terão a oportunidade de trocar informações técnico-científicas, como modelo de aprendizado constante.
 
Especializado em ortopedia, o Alvorada realiza cerca de 30 artroplastias (implante de próteses) de quadril por mês e mais de 30 cirurgias de osteossínteses de fêmur proximal em idosos com mais de 65 anos de idade. O hospital possui um andar dedicado exclusivamente a pacientes ortopédicos, que conta com equipe de fisioterapia atuando todos os dias da semana.
 
“Para nós é motivo de muito orgulho poder trocar experiências com os profissionais do HSS. Esta aproximação nos permitirá ter acesso às melhores e mais modernas práticas aplicadas nos cuidados em ortopedia. Além disso, eles possuem uma expertise no tratamento cirúrgico e na reabilitação de pacientes com próteses de quadril e joelho, que certamente poderá ser aplicada aqui em nosso hospital”, explica Fernando Moisés José Pedro, diretor técnico do Hospital Alvorada.
 
Fundado em 1863, o Hospital for Special Surgery é o hospital ortopédico mais antigo dos Estados Unidos. O HSS realizou mais de 29 mil cirurgias ortopédicas no ano passado e mais do que qualquer outra instituição no país. Os médicos do hospital são responsáveis pelo tratamento de atletas profissionais de todo o Estados Unidos e é a instituição oficial  de times como New York Giants (NFL), New York Knicks (NBA) e New York Red Bulls (MLS). 
Em 2013, o HSS foi nomeado o primeiro Centro Médico do Comitê Olímpico dos Estados Unidos. Médicos e fisioterapeutas da instituição também trabalham com a Associação dos Tenistas Profissionais, entre muitas outras organizações.
 
“Por meio desta parceria, nós iremos compartilhar nossa experiência na qualidade e cuidados de saúde oferecidos mundialmente e também nossos resultados notáveis em cirurgias ortopédicas” afirma Louis A. Shapiro, presidente e CEO do HSS. “Esta parceria reflete o compromisso dos dois hospitais em disponibilizar cuidados excepcionais aos nossos pacientes, bem como excelência acadêmica e pesquisas de inovação na área ortopédica”. 
 
“Parcerias internacionais como essa refletem os esforços que estão sendo feitos para oferecer sempre o melhor e mais eficiente tratamento disponível a nossos pacientes. Consideramos mais uma conquista do Alvorada, que reforça sua credencial como referência e fonte de consulta para outras instituições nas especialidades citadas”, finaliza o diretor.  
 

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São Camilo Pompeia retoma serviço de ginecologia no Pronto-Socorro

O Hospital São Camilo Pompeia retomou o atendimento em Ginecologia no Pronto-Socorro e voltou a oferecer às mulheres da zona oeste da capital paulista um serviço de urgência e emergência especializado.
 
“Ter a especialidade de Ginecologia disponível no Pronto-Socorro gera à paciente um melhor atendimento às queixas ginecológicas, com mais agilidade e assertividade no tratamento”, explica Lúcia Eid, gerente médica da Unidade Pompeia.
 
O atendimento especializado em Ginecologia é realizado na Unidade Pompeia, de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h e, nos fins de semana e feriados, das 10h às 16h. Nos demais horários, a paciente é atendida pelo plantonista. Havendo necessidade, o ginecologista é chamado para atendimento no local. 
 

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Planos de saúde já têm mais de 71 milhões de beneficiários

Os dados são da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde). O percentual de brasileiros com mais de 80 anos cobertos por planos ou seguros de saúde é 31,9%, atrás apenas da faixa etária de 30 a 39 anos (32,7%).
 
A análise faz parte do 5º Boletim de Indicadores Econômico-Financeiro lançado No dia 29 de abril pela FenaSaúde com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar de setembro de 2013.
 
O levantamento mostra ainda que 97,1% dos beneficiários das associadas à FenaSaúde possuem planos de saúde completos (com segmentação ambulatorial e hospitalar). Na saúde suplementar como um todo, os produtos respondem por 93,1% dos vínculos.
 
A maior concentração de beneficiários fica na Região Sudeste, com 10,9 milhões de consumidores de planos médicos e 7,5 milhões de planos exclusivamente odontológicos.
 
A FenaSaúde representa 31 operadoras que respondem por 25,4 milhões de usuários de planos de saúde – 37,1% do total de beneficiários de saúde suplementar no Brasil.
 

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Perda de visão pode ser tumor na hipófise, alerta especialista

O Hospital de Transplantes do Estado de São Paulo, unidade da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo administrada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), na capital paulista, faz um alerta aos pacientes com perda de visão progressiva, sem diagnóstico oftalmológico definido. A causa pode estar ligada a um tumor na glândula hipófise. O tumor comprime os nervos ópticos, podendo levar à cegueira.
 
Somente entre os anos de 2009 a 2014, foram atendidos 322 pacientes com tumores na hipófise no Hospital de Transplantes. Cerca de 70% apresentavam risco de comprometimento da visão. Destes pacientes, 76% já chegaram com alteração da visão estabelecida, sendo que em 17% constatou-se perda irreversível da visão de pelo menos um olho.
 
Para o neurocirurgião do Hospital de Transplantes Pedro Paulo Mariani, especializado em cirurgia de hipófise, nestes casos é importante que o oftalmologista esteja atento à possibilidade da existência desse tipo de tumor nos pacientes. O médico explica que é comum atender pacientes que não encontraram a causa da perda da visão, mesmo depois de passarem por sucessivas avaliações oftalmológicas.
 
Em muitos casos, ainda, os pacientes são submetidos a tratamentos para doenças como catarata e glaucoma, sem melhora clínica. "A conscientização dos oftalmologistas para o diagnóstico e o encaminhamento direto a centros de referência especializados é a única forma de evitarmos a perda parcial e até total da visão de muitos pacientes", enfatiza o neurocirurgião do hospital estadual.
 
O diagnóstico para detecção do tumor é realizado por meio de exame de ressonância magnética. O tratamento é essencialmente cirúrgico. Trata-se de uma microcirurgia minimamente invasiva pelo nariz com uma microcâmera que alcança a região da hipófise e realiza a ressecção do tumor.
 
Em geral, os tumores na hipófise são benignos, mas não podem ser prevenidos. Especialistas explicam que não há características que consigam indicar seu aparecimento como pré-disposição, idade ou antecedentes entre familiares.
 
O tumor na hipófise acarreta alterações hormonais e sequelas neurológicas que reduzem a qualidade e a expectativa de vida dos pacientes. A principal disfunção neurológica causada pelo tumor é a perda da visão. A reversão da alteração visual depende diretamente do intervalo de tempo entre o início dos sintomas e o tratamento efetivo.

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Pesquisadores alertam para hepatite B resistente a tratamento

Um estudo feito por pesquisadores do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo (IMT) e da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) indica que a chance de ser infectado por um vírus da hepatite B resistente a remédios é pequena, mas existe. Em um grupo de 702 portadores de sete Estados brasileiros, foram encontrados 11 casos, ou seja, 1,6% da população estudada.
 
A hepatite B é considerada uma doença crônica possível de ser controlada com medicamentos. Ao longo do tempo, porém, a terapia tende a selecionar cepas de vírus resistentes às drogas usadas. O problema torna-se ainda mais grave quando o tratamento não é feito de forma regular e de acordo com os protocolos mais adequados.
 
Segundo a pesquisadora Michele Soares Gomes Gouvêa, cerca de 80% dos pacientes tratados com a droga lamivudina adquirem resistência em um período aproximado de cinco anos de terapia. Outros medicamentos levam um pouco mais de tempo, mas é um tratamento para a vida toda e o problema, eventualmente, acaba aparecendo.
 
Ela explica que mutações aumentam a capacidade de replicação do vírus e pode acontecer de o paciente ficar com uma supercarga viral resistente. 
 
O problema da resistência primária (adquirir um vírus já resistente) é grande em determinadas regiões da África. De acordo com a literatura científica, o problema afeta 20% dos portadores de hepatite B na África do Sul. O índice salta para 50% quando se consideram pacientes coinfectados com o vírus da Aids.
 
A médica do IMT Maria Cássia Jacintho Mendes Corrêa, coordenadora do projeto, diz que a situação brasileira é razoavelmente boa, de acordo com o estudo, mas que é preciso fazer um acompanhamento cuidadoso dos pacientes. 
 
De acordo com os pesquisadores, os medicamentos contra a hepatite B são oferecidos gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS), mas há lugares no Brasil em que são adotados esquemas inadequados de tratamento, seja por dificuldade de acesso a todas as drogas necessárias ou por falta de uma educação médica continuada.
 
Se não tratada adequadamente, a inflamação no fígado causada pelo vírus da hepatite B (HBV) pode evoluir para hepatite crônica, cirrose hepática e câncer de fígado. É possível prevenir a infecção – que ocorre por via sexual, contato com sangue e secreções contaminados, parto ou amamentação – por meio de uma vacina também disponível na rede pública de saúde.
 
A hepatite B afeta mais de 400 milhões de pessoas no mundo. No Brasil, de maneira geral, afeta menos de 1% da população, mas há regiões em que a prevalência pode chegar a 20%, como na Amazônia, no Espírito Santo e no Oeste do Paraná e Santa Catarina. 

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